sexta-feira, dezembro 24, 2021
Confrangedor
segunda-feira, dezembro 20, 2021
Barriga cheia
sábado, dezembro 18, 2021
Na final four
sexta-feira, dezembro 17, 2021
Goleada em Famalicão
sexta-feira, dezembro 10, 2021
Nos oitavos
segunda-feira, dezembro 06, 2021
Banho de bola...
quinta-feira, dezembro 02, 2021
Benfica FM | Temporada 1990/91
segunda-feira, novembro 29, 2021
Uma vergonha que só em Portugal...
quarta-feira, novembro 24, 2021
Choque
O Jesus disse que íamos jogar para ganhar, mas a verdade é que não o fizemos. Fomos brilhantes em termos defensivos, especialmente o Otamendi, que fez uma exibição monstruosa, mas muito pouco acutilantes no ataque, sempre com medo do contra-ataque dos catalães. A 1ª parte ficou marcada por três momentos de perigo: uma cabeçada do Yaremchuk num canto que o Ter Stegen defendeu por instinto, o golo anulado ao Otamendi com o argumento de que a bola terá saído do campo no canto e o remate ao poste do austríaco Demir. Conseguimos quase sempre manietar o Barça, não lhes dando praticamente espaço nenhum.
Na 2ª parte, especialmente a partir da entrada do Dembélé, sofremos muito mais. O Grimaldo já tinha um amarelo, não podia forçar e o Jesus esteve bem ao fazer entrar o Lazaro para fechar aquele lado. Já antes tinham entrado o Darwin e o Taarabt para os lugares do Yaremchuk e do apagado João Mário. O uruguaio veio agitar um pouco o nosso ataque, com algumas corridas, mas continua a revelar pouca inteligência na altura de soltar da bola. Do outro lado, o Vlachodimos lá ia resolvendo as coisas mais complicadas que lhe apareceram. O Pizzi já tinha entrado com o Lazaro e a menos de 10’ do fim o Seferovic substituiu o Grimaldo. O Barcelona ainda marcou um golo, mas o Ronald Araújo estava fora-de-jogo. Conseguimos contar os ataques contrários, com o Otamendi a fazer alguns cortes que entrarão certamente num compêndio de como bem defender. Até que, no último minuto da compensação, recuperámos uma bola e de repente temos o Darwin e Seferovic só com um defesa contrário pela frente a correr no meio-campo adversário. O uruguaio puxa o defesa e isola o suíço. O Seferovic, então, acrescenta mais uma página ao historial de golos feitos falhados em Camp Nou. O primeiro foi este, o segundo (e pior de todos, porque foi por egoísmo) este e, ontem, tivemos o mais escandaloso: o Seferovic conseguiu atirar ao lado quando só tinha a baliza pela frente e estava praticamente na pequena-área! Começou por acertar mal na bola quando a tentou picar por cima do guarda-redes, a bola bateu na cabeça deste e sobrou para ele, que atirou... ao lado! I N A C R E D I T Á V E L !!! Acho que todos nós falecemos um pouco ontem, ficaremos em choque durante umas quantas décadas e nunca mais nos esqueceremos deste lance...! Como é possível...?!?!
Em termos individuais, enorme destaque para o Otamendi, que fez uma das melhores exibições de um central que me lembro de ver na vida. O Vlachodimos esteve seguríssimo e o nulo também passou muito por ele. Aliás, toda a defesa esteve muito bem, com o André Almeida como terceiro central e o Gilberto na direita a não destoarem nada, ao contrário do que algumas más-línguas gostam de dizer. O João Mário esteve uns furos abaixo do que é habitual, mas convém não esquecer que veio de lesão. Em sentido contrário, o Weigl não parou quieto um minuto. Na frente, o Yaremchuk precisa de uns jogos no banco para colocar a cabeça em ordem, apesar de ter tido uma boa oportunidade naquele canto, e o Rafa e Everton quase não tiveram jogo, porque nós defendemos na maior parte do tempo. Quanto aos que entraram, o Seferovic nem sei bem o que diga...
Vamos lá a ver se o ‘falhanço do milénio’ não nos irá custar um lugar nos oitavos... Não será fácil o Barcelona ganhar em Munique, mas o Bayern só irá cumprir calendário. De qualquer modo, temos é de nos concentrar em ganhar o Dínamo Kiev na Luz. Porque se o tivéssemos feito fora (como deveríamos), aí já só dependeríamos de nós para a qualificação.
segunda-feira, novembro 22, 2021
Dissimulado
Perante um adversário do nosso escalão, o Jesus não fez grandes poupanças, com excepção do Gedson no meio-campo no lugar do lesionado João Mário e do Radonjic na direita. A 1ª parte, para não variar, foi quase desperdiçada. Futebol bastante lento, mas mesmo assim com três grandes oportunidades, com o Darwin isolado a permitir a defesa do guarda-redes Vekic, o Rafa a atirar ao poste e o Everton a proporcionar uma grande defesa ao mesmo Vekic. Do outro lado, o Paços quase não incomodou o Helton Leite.
A 2ª parte começou praticamente com o golo do Paços de Ferreira, aos 51’, através do Nuno Santos que, como é nosso jogador (adoro esta coerência de os emprestados não poderem jogar contra os clubes de origem para o campeonato, mas poderem fazê-lo para a Taça...), não comemorou. Com o golo, o Jesus abandonou o esquema dos três centrais, ao mandar entrar o Pizzi e Taarabt para os lugares do André Almeida (que jogou a central) e Gedson. A equipa melhorou (com aqueles dois em campo, algum dia teria de ser...) e o Pizzi desmarcou o Darwin que atirou de cabeça em balão ao poste. O mesmo Darwin, pouco depois, não acertou em cheio na bola quando estava isolado e ela foi desviada para canto. O Lazaro já tinha substituído o Radonjic no início da 2ª parte e o Jesus arriscou tudo com o Seferovic e Gonçalo Ramos nos lugares do Darwin e Weigl a pouco mais de 15’ do fim. E foi aos 78’ que as coisas começaram a mudar, com um golão do Grimaldo de livre directo. Este golo desbloqueou completamente o jogo a nosso favor e aos 81’ demos a volta ao marcador com uma cabeçada do Seferovic a centro do Taarabt. O Paços de Ferreira desconjuntou-se e sofreu mais dois golos, aos 86’, num remate rasteiro de fora da área pelo Rafa e já na compensação (93’) pelo Everton, bem assistido pelo Seferovic.
Em termos individuais, o Seferovic ao estar presente em três dos golos (marcou um, assistiu noutro e a falta do livre do Grimaldo é sobre ele) foi o homem do jogo, apesar de só ter entrado a pouco mais de 10’ do fim. O Grimaldo também merece uma palavra, porque aquele golão foi o início da reviravolta. O Everton está em nítida subida de forma e, por causa disso, a sua confiança nota-se a olhos vistos. A mudança de sistema para o 4-4-2 foi fundamental para a melhoria exibicional na 2ª parte, com o Taarabt e o Pizzi, excepcionalmente, a entrarem bem no jogo. Quanto aos que deveriam ter aproveitado melhor a oportunidade e não o fizeram, está o Gedson, que apesar de um ou outro bom pormenor acusou bastante a falta de ritmo.
Durante boa parte do jogo, não conseguimos entrar na defesa do Paços. Dos quatro golos, um foi de bola parada e outros dois de transição rápida. Ou seja, quando o adversário se fecha lá atrás continuamos a revelar muitas dificuldades. Temos é valores individuais que vão disfarçando esta pouca qualidade colectiva do nosso futebol ofensivo. Só não se sabe quanto tempo é que isto irá durar, mas por esta altura da época já deveríamos estar bem mais consistentes e com um futebol mais assertivo. Iremos amanhã a Barcelona jogar uma cartada decisiva quanto ao apuramento na Champions. Veremos que resposta a equipa irá dar.