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terça-feira, fevereiro 25, 2025

Supremacia

Vencemos o Boavista na Luz (3-0) no passado sábado numa jornada assaz favorável para as nossas cores, já que os outros dois empataram: a lagartada 2-2 na Vila das Aves e o CRAC 1-1 em casa frente ao V. Guimarães, com os golos do empate dos adversários a surgirem em ambos os casos já perto do final da partida, o que deu logo outro sal à coisa...! Assim sendo, estamos agora em igualdade pontual com os verdes no 1º lugar e vimos os azuis alargarem a distância para nós para seis pontos.

Perante o último classificado e depois de uma jornada europeia, o Bruno Lage promoveu novamente a rotação da equipa. E começou logo pela baliza, com o Samuel Soares a substituir o Trubin, que esteve longe de estar bem frente ao Mónaco e é bom que sinta que o lugar não esteja completamente seguro. O Leandro Santos voltou à lateral-direita e a frente de ataque foi toda renovada, com o Belotti, Amdouni, Bruma e Dahl. Começámos numa toada muito morna, com o Amdouni a falhar uma oportunidade clamorosa, de peito, em cima da baliza, depois de um canto. O Boavista, com muitos reforços de Inverno, mas ainda quase nada entrosados com a equipa, não criava perigo praticamente nenhum e fomos nós a abrir o marcador aos 28’ numa boa jogada do Bruma pela esquerda, com assistência para o Belotti na área desfeitear o guarda-redes. Até ao intervalo, foi o italiano a estar em destaque com um remate de primeira ao poste, depois de centro na direita, e outro bem defendido pelo Vaclik (a primeira de uma série inacreditável de defesas), que não se percebe como é que estava desempregado...

Tudo se tornou ainda mais desequilibrado pouco depois do intervalo com a (justa) expulsão do Reisinho por ter atingido com os pitons a perna do Kökçü. Teve seguimento o nosso festival de desperdício, com o Vaclik a continuar a ser o grande responsável. O Amdouni e o Bruma viram-no defender quando estavam isolados perante ele, com o Belotti também a ter uma ocasião em que o guarda-redes defendeu com o ombro. Foi preciso entrar o Pavlidis para que fizéssemos o golo da tranquilidade aos 70’, ao desviar para a baliza uma assistência do Aktürkoğlu, também entrado, na direita depois de ser desmarcada por um passe do Kökçü. Logo a seguir, o Vaclik fez possivelmente a sua melhor defesa, quase à queima-roupa, num remate de recarga a meias entre o Kökçü e o Pavlidis. Até que aos 77’ fechámos de vez a partida com o 3-0 num penalty indiscutível sobre o Dahl, que o Kökçü marcou sem espinhas. Até final, ainda deu para entrar novamente o Nuno Félix e para a estreia do Diogo Priostes na equipa principal.

Em termos individuais, o Dahl foi para mim o melhor em campo. Muito inteligente a jogar, com boa capacidade técnica, está a ser uma indiscutível mais-valia. É bom que preparemos 8 M€ para exercer a opção de compra à Roma. O Belotti também esteve em destaque, em especial na 1ª parte, com um golo e mais duas chances que lhe poderia ter valido um hat-trick. O Bruma ficou em branco, mas teve intervenção no primeiro golo e está a revelar-se igualmente muito útil, porque deu rendimento imediato. Sem ter de forçar muito, no geral, toda a equipa se exibiu a um nível satisfatório.

Defrontaremos amanhã o Braga nos quartos-de-final da Taça e, em caso de vitória, jogaremos as meias-finais frente a uma equipa do Campeonato de Portugal, pelo que temos uma completa via aberta para ir ao Jamor. Estamos em todas as frentes, mas há que chegar aos jogos decisivos, pelo que a concentração competitiva é fundamental nesta fase, em que a equipa começa a revelar algum desgaste físico.

quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Susto

Empatámos com o Mónaco (3-3) na passada 3ª feira e garantimos um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Eu bem tinha ficado com a sensação de que ainda poderíamos lamentar termos desperdiçado uma óptima oportunidade de acabar com a eliminatória em França, depois de estarmos em vantagem numérica, e este jogo confirmou essa suspeita. Sofremos a bom sofrer e só a seis minutos do final é que nos livrámos do prolongamento.
 
O regresso (antecipado) do Aursnes foi a grande novidade no onze. Tivemos logo uma grande ocasião nos primeiros minutos, com um desvio do Leandro Barreiro num livre para a área a ser defendido pelo guarda-redes Majecki. Mas a resposta foi praticamente imediata com o Trubin a fazer bem a mancha perante um adversário. No entanto, fomos nós a inaugurar o marcador aos 22’ numa boa jogada individual do Pavlidis a bater um defesa, depois de o Barreiro ter ganho a bola na pressão sobre outro defesa, e assistir o Aktürkoğlu do lado oposto, que marcou em carrinho. O Mónaco reagiu bem ao golo sofrido e o Embolo atirou de cabeça ao poste, para logo a seguir chegar à igualdade aos 32’ através do Minamino, num remate em que o Trubin foi mal batido, depois de um lançamento lateral a nosso favor! O Schjelderup rematou fraco, quando estava em relativa boa posição, mas mesmo em cima do intervalo foi o Embolo a falhar escandalosamente o segundo golo, num contra-ataque em que ficou só com o Trubin pela frente, mas atirou muito por cima.
 
Não estivemos nada confortáveis no jogo durante a quase totalidade da 1ª parte e a tendência não se alterou no início da 2ª. A falta do muro Florentino neste tipo de partida nota-se sobremaneira e, aos 52’, a eliminatória ficou igualada: jogada na direita conduzida pelo fantástico Akliouche e remate do Ben Seghir já dentro da área, com o Trubin a nem se mexer. Era óbvio que o Bruno Lage tinha de fazer alguma coisa e retirou o muito apagado Schjelderup e o Aktürkoğlu para colocar o Dahl e o Amdouni. Melhorámos bastante com estas substituições, ficando mais próximo de um 4-4-2, com o suíço a fazer companhia ao Pavlidis e o Aursnes a derivar para a direita. Começámos a surgir no meio-campo ofensivo com outro peso, embora os monegascos nunca tivessem descurado o contra-ataque. Aos 72’ beneficiámos de um penalty de VAR, por falta sobre o Aursnes, que o Pavlidis concretizou da melhor maneira quatro minutos depois. Do modo como estava a partida, todos pensámos que estava feito, mas o que é certo é que um erro do Otamendi, que foi à queimasobre um adversário e perdeu no confronto físico, proporcionou ao recém-entrado Ilenikhena isolar-se e fazer o 2-3 aos 81’, com um remate em que, mais uma vez, o Trubin foi muito mal batido, com a bola a passar-lhe por baixo do corpo. O que nos valeu foi que aos 84’, o Kökçü desviou ligeiramente um óptimo centro do Carreras para a área e restabeleceu a igualdade para nós. Foi a loucura completa no estádio! Até final, ainda deu para o árbitro assinalar novo penalty a nosso favor, mas desta vez revertido pelo VAR, porque considerou que foi o Dahl a tocar no pé do defesa e não o contrário. Perdemos a hipótese de ganhar o jogo, mas conseguimos o mais importante com a qualificação para os oitavos.
 
Em termos individuais, destaque para o Pavlidis com um golo e uma assistência, para o Kökçü, pelo golo decisivo e por uma 2ª parte em que subiu exponencialmente de produção, depois de uma 1ª em que o jogo lhe passou ao lado, e para o Dahl (e Amdouni) que ajudaram bastante à melhoria da equipa com a suas entradas. Ao invés, o Otamendi já teve melhores noites, o Tomás Araújo pareceu não completamente recuperado dos problemas físicos e, principalmente, o Trubin ficou muito ligado a dois dos golos sofridos.
 
Teremos amanhã o sorteio para saber se nos irá calhar o Liverpool ou o Barcelona. Eu preferia este último, mas o nosso principal foco tem é de estar na recepção ao Boavista no sábado e no campeonato nacional.

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Crucial

Vencemos no sábado o Santa Clara nos Açores por 1-0 e, com o empate da lagartada em casa frente ao Arouca (2-2), reduzimos distância para o 1º lugar para dois pontos, com o CRAC a manter-se atrás de nós os mesmos quatro (venceu o Farense fora por 1-0, com o golo a ser precedido de falta claríssima, não assinalada nem pelo árbitro Tiago Martins, nem pelo VAR Bruno Esteves...!). E o fim-de-semana ainda poderia ter sido melhor, porque a lagartada esteve a jogar com menos um durante grande parte da 2ª parte e o Arouca teve duas soberanas ocasiões perto dos 90’...!
 
Com esta questão do calendário da Champions que nunca ninguém me explicou a razão (porque raio umas equipas jogam na 3ª e na 4ª, tendo oito dias entre jogos, e outras 4ª e 3ª, tendo seis dias, com jogos nacionais no fim-de-semana?! Porque é que não se joga 3ª e 3ª e 4ª e 4ª, ficando sempre com sete dias entre jogos, tal como na Liga Europa...?! Não seria mais justo?), vamos ter três jogos em seis dias e, portanto, o Bruno Lage fez uma revolução no onze, dando a titularidade a três reforços de Janeiro (Brumo, Dahl e Belotti) e estreando o jovem Leandro Santos como titular na lateral direita. Confesso que fiquei muito apreensivo por ver esta equipa, porque é óbvio que estávamos a dar prioridade à Liga dos Campeões em detrimento do campeonato, sendo que, se passarmos o Mónaco, iremos defrontar o Liverpool ou o Barcelona...! Portanto, é uma estupidez dar prioridade à Champions, além de que, se tivéssemos aproveitado como devíamos a vantagem numérica no Mónaco, poderíamos já ter a eliminatória resolvida...! Como se tudo isto já não bastasse, íamos ao terreno do 5º classificado e uma das surpresas do campeonato, pelo que havia tudo para correr mal.. Felizmente, enganei-me!
 
O jogo começou com duas flagrantes oportunidades para ambos os lados, com o Trubin a salvar-nos depois de uma escorregadela do Carreras, que deixou o Vinícius Lopes isolado, e o Belotti a ter um dos falhanços do ano, ao não conseguir desviar para a baliza deserta uma bola por si rematada e que tinha sido defendida pelo guarda-redes, Gabriel Batista. Inacreditável! Pouco depois, por volta do quarto-de-hora, o guardião ucraniano entrou novamente em acção, defendendo o remate do Ricardinho também completamente isolado. A partir daqui, não mais o Santa Clara teve tão flagrantes oportunidades e foi nossa a melhor até ao intervalo numa cabeçada do António Silva à barra, na sequência de um livre.
 
A 2ª parte começou com a entrada do Kökçü para o lugar do Florentino, que até estava a ser dos melhores em campo. Pareceu estupidez do Lage, mas soubemos ontem que temos mais um lesionado para a colecção...! Outra lesão muscular e mais umas semanas de fora, desta feita para o único verdadeiro trinco que temos...! Com a presença do turco melhorámos em termos atacantes, mas foi o Santa Clara o primeiro a criar perigo, com o Trubin novamente em destaque ao defender um remate cruzado da esquerda. No entanto, fomos nós a chegar à vantagem aos 55’ num cruzamento rasteiro do Amdouni na direita, que o Bruma desviou para a baliza com o pé de apoio (o esquerdo)! Ou seja, acabámos por ter muita sorte porque o nosso nº 27 ia tendo o maior falhanço do ano, mesmo considerando a chuva e o estado do relvado... Era fundamental colocarmo-nos na frente primeiro e conseguimos controlar melhor a partida a partir do 1-0. O Leandro Barreiro teve um disparo num livre que passou a rasar o poste e nos últimos 15’ ficámos com mais um em campo, por via da expulsão do Sidney Lima (se fosse eu, jogador meu, que já tivesse um amarelo e fizesse uma falta daquelas, ficava longas temporadas sem jogar...!). Porém, não foi por isso que não sofremos até final, com um remate ao lado já dentro da área num ressalto de um livre, que passou muito perto do poste, e com um cruzamento da esquerda, em que o Trubin voltou a resolver, desta vez à segunda. Em termos atacantes, foi o entretanto entrado Pavlidis a ter a última chance, já para lá dos 90’, num remate de pé esquerdo, bem defendido pelo guarda-redes Gabriel Batista., se bem que, se tivesse aberto na esquerda, tinha o Aktürkoğlu completamente isolado. Mas, felizmente, não foi necessário este golo para vencermos a partida.
 
Em termos individuais, destaque para o Bruma pelo golo, o Florentino estava a fazer uma óptima 1ª parte antes de se ter lesionado e gostei dos novos laterais – Leandro Santos e Dahl. Outra figura incontornável desta vitória foi o Trubin que nos manteve a balizar a zeros em mais do que uma ocasião. O Belotti dá muita luta, mas não pode falhar golos daqueles, pelo que o lugar do Pavlidis não está em risco.
 
Iremos amanhã defrontar o Mónaco para tentar chegar aos oitavos-de-final da Liga do Campeões, mas é no campeonato que temos de concentrar todo o nosso esforço. Só espero é que as lesões nos larguem de vez...!

quinta-feira, fevereiro 13, 2025

Imperdoável

Fomos ao Mónaco ontem vencer por 1-0 e colocarmo-nos em vantagem no play-off de acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. No entanto, saí do jogo com um enorme sentimento de frustração, dado que perdemos uma oportunidade de ouro de sair de França com a eliminatória resolvida, dado que jogámos contra dez durante grande parte da etapa complementar.

Com a equipa-tipo de volta, até nem entrámos mal nos primeiros minutos, com um remate de longe do Carreras ao lado e uma perda de bola infantil dos monegascos, com o Pavlidis e Aursnes a fazerem o mais difícil, que foi não terem criado perigo nenhum. Do outro lado, valeu-nos o Trubin num remate sob o lado esquerdo, fazendo uma grande defesa para canto. Depois daqueles dois lances, deixámos que o Mónaco tomasse conta da partida praticamente até ao intervalo. No então, apesar de entrar na nossa defesa com relativo à-vontade, não chegou a colocar o Trubin muito à prova. Mesmo antes do final dos primeiros 45’, tivemos duas óptimas ocasiões, num remate do Carreras de pé direito, depois de boa jogada do Pavlidis, defendido pelo guarda-redes (não se percebe porque é que não rematou de primeira com o pé esquerdo...) e um desvio de calcanhar do António Silva, depois de um remate de primeira do Aktürkoğlu na sequência de um canto, que também não passou muito longe do poste.

A 2ª parte não poderia ter começado melhor, com o nosso golo a surgiu logo aos 48’ de uma óptima abertura do Tomás Araújo para o Pavlidis (mesmo no limite do fora-de-jogo!), que bateu o defesa (embora este tenha sido um pouco anjinho...!) e depois picou a bola com muita classe por cima do guarda-redes. Um golão! Quatro minutos depois, o jogo tornou-se ainda mais fácil para nós, dado que o Al Musrati pediu o segundo amarelo para o Carreras ao árbitro e este, ao invés, mostrou-lhe a ele. Eu sei que está nas regras, mas acho que o Sr. Maurizio Mariani poderia ter usado mais o senso comum e não mandar um jogador para a rua por causa daquilo... Com mais um elemento em campo, tínhamos uma oportunidade de ouro para decidir já a eliminatória a nosso favor. Mas infelizmente não só não o conseguimos, como em muitas alturas deu a sensação, pela falta de intensidade atacante, de que estávamos satisfeitos. O Bruno Lage veio dizer no final que não tivemos killer instinct, mas quem o tem de fornecer à equipa é ele! Até parece que está fora de todo o processo...! Claro que tivemos oportunidades para aumentar a vantagem, sendo a do Pavlidis , porventura, a maior delas todas, com um desvio já na pequena-área a centro do Schjelderup, que o Majecki defendeu. Também o entretanto entrado Amdouni falhou claramente um remate na área, que teria dado golo. Terminámos o jogo com três(!) pontas-de-lança em campo, mas desperdiçámos esta soberana hipótese. Se, por acaso, alguma coisa correr mal no jogo de cá, bem podemos lamentar esta oportunidade perdida. E, como se já não bastasse isto, ainda vimos o Tomás Araújo e o Di María (entrado na 2ª parte), saírem lesionados. O argentino tem um problema muscular e vai certamente parar durante uns tempos.

Em termos individuais, destaque para o Pavlidis pelo golão que marcou. O Florentino voltou a estar imperial no meio-campo, mas teve de sair mais cedo, por causa do amarelo que levou e que o vai afastar da 2ª mão. O Otamendi comandou as tropas defensivas da melhor maneira. Todos os outros estiveram num nível médio, com o Leandro Barreiro a ser dos que melhor entraram vindos do banco.

Nunca percebi porque é que, na Champions, há equipas que têm oito dias entre jogos e outras seis. Vai ser o nosso caso desta vez, ainda por cima com a dificílima deslocação a casa do Santa Clara pelo meio. Vão ser dias muitos intensos, com pouco descanso e, para complicar ainda mais as coisas, com lesionados na equipa. Veremos que temos estofo para isto...

terça-feira, fevereiro 11, 2025

Sofrido – parte II

Vencemos o Moreirense no passado sábado por 3-2 e aproveitámos o empate da lagartada em Mordor (1-1) para estar agora equidistante dos dois: quatro pontos à frente do CRAC e a quatro dos verdes. Conseguimos o mais importante, mas foi uma partida muito parecida com a da Amadora, em que ficámos a ganhar por dois golos muito cedo e acabámos com o credo na boca.
 
Quando aos 15’, o Pavlidis já tinha feito um bis com um penalty aos 7’ e um remate na pequena-área na sequência de um canto, estava longe de imaginar o que viria a seguir. Resolver cedo um jogo antes das competições europeias é algo que todas as equipas ambicionam, mas o jogo voltou a reabrir aos 19’ quando o Moreirense reduziu pelo Benny, com a bola ainda a desviar no Otamendi, num lance um pouco consentido da nossa parte, dado que resultou de um lançamento lateral a favor deles. Abanámos um bocado e poderíamos ter sofrido um empate também num canto, mas um jogador à beira da baliza atirou por cima. Pouco depois da meia-hora, com apenas dois minutos de intervalo, aconteceram dois lances que tiveram exactamente a mesma consequência e que espero que não nos dêem cabo da época: o Bah e o Manu fizeram ambos uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo e só voltam já depois do início da nova temporada! Nunca tinha visto nada assim! Em cima do descanso, aos 42’, na sequência de outro canto voltámos a alargar a vantagem para dois golos num cabeceamento do Otamendi. Era fundamental voltarmos a ter essa tranquilidade, mas mesmo assim no tempo de compensação da 1ª parte o Trubin salvou-nos de sofrer outro golo, fazendo bem a mancha a um adversário, depois de ter também defendido uma cabeçada deste.
 
Depois do intervalo, o jogo baixou de ritmo, mas o Moreirense nunca desistiu dele e acabou por ter tantas chances como nós. Um remate do Aursnes foi defendido pelo guarda-redes Kewin, que também conseguiu roubar a bola ao entretanto entrado Leandro Barreiro, que o tentou contornar em vez de rematar logo. Na nossa baliza, contámos um pouco com a aselhice adversária, especialmente numa cabeçada à vontade só com o Trubin pela frente, que saiu ao lado. Num remate de longe, foi o guardião ucraniano a defender para canto, mas aos 85’ numa péssima saída de bola do Carreras, com um passe muito arriscado para o meio, interceptado por um avançado, o Moreirense fez mesmo o 3-2 através do Ivo Rodrigues. O Bruno Lage, só com uma paragem para fazer por via das duas lesões na 1ª parte, estreou o Belotti e o Bruma, para além da entrada do já referido Leandro Barreiro, mas não nos livrámos de terminar o jogo muito desconfortáveis, com um último lance a ser contestado pelo adversário, mas dá-me a sensação de que o Florentino tem o braço encostado ao corpo quando corta a bola para canto. De qualquer forma, é incompreensível que a BTV só tenha mostrado imagens de um ângulo na repetição! Pomo-nos a jeito para nos criticaram e eu detesto isso, porque gosto de ter moral para falar! Não pode ter havido só duas câmaras a filmarem o lance. Lamentável!
 
Em termos individuais, destaque para os dois golos do Pavlidis, que espero que tenha finalmente atinado com a baliza. O Schjelderup não esteve tão em destaque como em partidas anteriores, mas nunca desiste de tentar algo diferente. O Trubin foi importante para não sofrermos mais golos e a equipa melhorou com a entrada do Florentino, aquando da lesão do Manu.
 
Iremos amanhã ao Mónaco para a Champions e quase que aposto que a equipa se vai exibir a um melhor nível. No entanto, há que não esquecer que o campeonato é o principal objectivo, pelo que esta diferença de postura competitiva entre as duas competições é algo que tem de ser corrigido rapidamente.

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Sofrido

Vencemos no domingo o Estrela na Amadora pela margem mínima (3-2) e continuamos a seis pontos da lagartada, que venceu o Farense em casa por 2-0, tendo agora dois de vantagem perante o CRAC, que foi empatar a Vila do Conde (2-2). Foi uma vitória justa num jogo que deveria ter sido muito mais descansado do que foi.

É difícil de perceber algumas das idiossincrasias do Bruno Lage. Como, por exemplo, o que é que ele tem contra o Schjelderup...?! Desde a rábula da substituição dele ao intervalo na final da Taça da Liga, depois de ter apontado o nosso golo, até ser quase constantemente dos primeiros a sair, com a pièce de résistance ter ido para o banco nesta partida...! Ele que é indiscutivelmente um dos jogadores em melhor forma do plantel e dos poucos desequilibradores que temos actualmente. Entrou no onze o Aktürkoğlu, que não está actualmente de todo ao mesmo nível do norueguês. Outra novidade foi a entrada directa do Manu no onze, por troca com o Florentino, que tinha sido dos melhores em Turim. No entanto, apesar daquela decisão muito discutível na formação da equipa (o Schjelderup no banco), não poderíamos ter entrado melhor, com o 0-1 a surgir logo aos 6’ num canto através do Otamendi ao segundo poste, com a bola a ser defendida claramente para lá da linha, mas a equipa de arbitragem a ter necessidade da confirmação do VAR... Aos 10’, aumentámos a vantagem com um autogolo do Dramé, depois de livre directo do Di María, e, pensámos todos, dávamos a estocada final. Puro engano. O Estrela Amadora reduziu aos 28’ num remate de fora-da-área do Diogo Travassos, que o Otamendi tentou interceptar, mas só conseguiu desviar do alcance do Trubin. No entanto, aos 35’ voltámos a ter dois golos de diferença, com um remate indefensável do Pavlidis, depois de intercepção do Manu no meio-campo. Até ao intervalo, deveríamos ter resolvido o encontro de vez, com um chapéu do Aktürkoğlu ainda a tocar ligeiramente no poste, depois de ser isolado por um mau atraso de cabeça do Ferro.

A 2ª parte começou pessimamente com novo golo do Estrela Amadora. Não foi só o facto de ter sido golo, foi mais até o tremendo disparate que lhe deu origem...! Má reposição de bola do Trubin, má recepção do Pavlidis, com a bola a voltar para a nossa área, onde estava o Chico Banza sozinho, que só teve de contornar o Trubin e marcar...! Quase digno dos Apanhados... Inacreditável! Perante uma equipa com tremendas dificuldades técnicas, oferecemos-lhe a oportunidade de voltar à discussão do jogo. Voltámos naturalmente a dominá-lo, mas estando sempre sujeitos a um lance fortuito que deitasse tudo a perder. Tivemos oportunidades pelo Aursnes (defendida pelo guarda-redes com a cabeça!), pelo Di María (num remate muito fraco) e pelo Pavilis, que depois de se ter desenvencilhado de dois defesas rematou incompreensivelmente por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente! O Lage começou a fazer substituições e foi o Arthur Cabral que esteve no lance do penalty a nosso favor por mão na bola. No entanto, parece que ninguém na estrutura se lembra dos dois penalties falhados pelo Cabral no mesmo jogo(!) da temporada passada frente ao Chaves e colocaram-no de novo a marcar este. Resultado? Nova defesa do guarda-redes! Poderíamos ter selado a vitória em cima dos 90’, mas ainda deixámos o jogo na incerteza até ao apito final. O mesmo Cabral ainda teve um calcanhar que foi defendido pelo Gudzulic, mas, felizmente, o Estrela Amadora não conseguiu ter mais nenhum lance que colocasse em perigo a nossa baliza e acabámos mesmo por conseguir os três pontos.

Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter estado em todos os nossos golos: desviou a bola para o Otamendi no canto do primeiro, rematou e a bola embateu no Dramé no segundo e marcou o terceiro. Porém, o segundo golo deveria ter sido dele, porque acertou mal na bola e, naquela boa jogada na 2ª parte, não se percebe como é que depois remata pessimamente...! O Manu teve uma óptima estreia a titular, dando imensa fluidez ao nosso jogo no meio-campo, principalmente porque joga quase sempre ao primeiro toque. Todo o resto da equipa esteve num nível mediano.

Esta semana, excepcionalmente, não temos jogo a meio dela e espero que a equipa aproveite para descansar, dado que vem aí outra sequência infernal de partidas, muitas delas (Taça de Portugal e Champions) decisivas. No próximo sábado, receberemos o Moreirense na Luz e há que aproveitar o confronto entre o CRAC e a lagartada para roubar pontos a quem os perder.