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terça-feira, agosto 22, 2023

Sofrido

Vencemos o E. Amadora (2-0) no passado sábado e conseguimos a primeira vitória no campeonato. Foi um jogo bastante mais complicado do que se previa, com o golo inaugural a surgir somente aos 79’...!

Depois da péssima exibição no Bessa, o Vlachodimos foi afastado da titularidade pelo Roger Schmidt. Tendo aparentemente havido uma discussão entre ambos, nem no banco se sentou. Sim, eu acho que o grego tem culpas na derrota no Bessa, mas tem sido o titular indiscutível nos últimos cinco anos e muitas vitórias lhe são devidas. Para além do mais, o Roger Schmidt entregou a baliza ao Samuel Soares e não ao Trubin, como se esperava. Lamento, mas não tenho confiança nenhuma no Samuel Soares e acho que o Roger Schmidt não lidou nada bem com esta situação. No entanto, não foi a única decisão incompreensível do nosso treinador nesta partida: o Aursnes jogou a dessa-esquerdo em vez do Ristic! Quer dizer, se o sérvio não serve para jogar em casa frente ao E. Amadora, serve para quê...?! Está longe de ser um génio, mas há mínimos para se jogar no Benfica. E este era um deles, em casa, frente ao E. Amadora (com o devido respeito, claro). Entrou o João Mário para a frente, juntamente com a estreia do Arthur Cabral, dado o castigo ao Musa. Com Aursnes e João Mário na esquerda, não foi propriamente uma surpresa que estivéssemos coxos daquele lado durante grande parte do tempo. Com o E. Amadora com as linhas muito juntas, mas sem autocarro, tivemos dificuldades em criar perigo e, apesar de algumas tentativas, o guarda-redes Bruno Brígido só foi verdadeiramente colocado à prova uma vez num remate do Di María já em cima do intervalo, que defendeu magnificamente. Antes disso, o reforço Arthur Cabral tinha rematado cruzado de ângulo um pouco apertado, mas o Bruno Brígido defendeu com o corpo. 

Para a 2ª parte, esperava-se que o Roger Schmidt mexesse na frente de ataque, nomeadamente colocando o David Neres, mas quem entrou foi o Florentino para o lugar do amarelado João Neves. Até achei que quem deveria ter entrado era o Chiquinho, por ser um médio mais atacante, mas com o Florentino conseguimos defender bem mais à frente e recuperar a bola no meio-campo contrário. Por conseguinte, começámos a empurrar o E. Amadora para o seu último reduto e praticamente não conseguiram passar para o nosso meio-campo. No entanto, continuávamos com grandes dificuldades em criar perigo e foi outra vez o Di María a colocar o Bruno Brígido em destaque. Até que aos 69’, o Roger Schmidt lá se lembrou que tinha o abre-latas David Neres no banco e lançou-o felizmente ainda a tempo de o tornar no “homem do jogo”, tirando a inutilidade do João Mário. Com quase uma hora e dez minutos de atraso! Assim que entrou, o brasileiro partiu a loiça toda e criámos uma série de oportunidades. O Bruno Brígido ainda defendeu remates do Kökçü e Arthur Cabral, depois de jogadas do Neres na esquerda, mas já não conseguiu fazer nada aos 79’: o Tengsted tinha entrado no minuto anterior para substituir o esgotado Arthur Cabral e na primeira vez que tocou na bola no Estádio da Luz foi para a colocar dentro da baliza! Com nova jogada do Neres na esquerda, obviamente. Foi um enorme respirar de alívio no estádio com a perspectiva da vitória, que ficou definitivamente selada aos 93’ com nova assistência do Neres para o Rafa isolado desfeitear o guarda-redes. O jogo terminava pouco depois com três pontos muito difíceis, mas muito justos. O melhor em campo foi obviamente o David Neres e seria um crime lesa-pátria que não saltasse já para a titularidade. O Rafa também esteve muito bem, especialmente na 1ª parte, e o Florentino foi igualmente importante para empurrar o nosso jogo para a frente. O Kökçü voltou a subir de produção na 2ª parte, quiçá pela presença do Florentino nas suas costas. O Arthur Cabral mostrou bons pormenores, mas ainda está longe da forma ideal. Quanto ao Samuel Soares, não teve muito trabalho, mas largou uma bola relativamente fácil na 1ª parte e deixou passar um cruzamento na 2ª... Só espero que não percamos nenhuns pontos graças a ele, porque para Bruno Varela já me bastou um... 

Como os outros dois ganharam (a lagartada 2-1 no Casa Pia e o CRAC com o mesmo resultado conseguido aos 100’ em casa frente ao Farense!), continuamos três pontos atrás de ambos. No próximo fim-de-semana, teremos uma deslocação difícil a Barcelos, para defrontar o Gil Vicente, e vermos que opções o Roger Schmidt irá tomar. Sendo que espero bem que o Aursnes deixe a lateral-esquerda...

1 comentário:

joão carlos disse...

Como se não bastasse a equipa não estar a jogar bem coisa que vem dos jogos particulares e que acabou por se traduzir num péssimo resultado eis que damos mais um tiro, no caso até foram dois, nos pés criando dois problemas, e queimando dois jogadores, onde ele não existia a malta pode andar a queixar disto e daquilo dos adversários, mas o nosso maior inimigo somos mesmo nós próprios.
Existe muito a ideia entre os adeptos, e pelos vistos este treinador anda pelo mesmo, de que para se atacar muito convém ter só médios ofensivos parece que a malta não aprendeu com as varias lições que a velha raposa nos deu durante o período que por cá esteve de nada serve termos muitos médios ofensivos se depois não existir quem recupere bolas porque sem a bola os médios ofensivos de nada servem e foi isso que se viu bastou ter um trinco a recuperar bolas para termos muito mais oportunidades, alias foi dele a recuperação no primeiro e foi ele que obrigou ao erro que origina a recuperação no segundo.
A equipa continua a defender mal na sua globalidade e muito, mas não só, por culpa da dupla de meio campo que não se complementa e depois por isso ficam mais expostos os restantes jogadores aos seus defeitos, e os erros aparecem com mais frequência, e assim se anda a queimar vários jogadores que o ano passado por terem sido menos exposto aos seus defeitos pareciam todos muito melhores.