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segunda-feira, abril 17, 2023

Estouro

Perdemos em Chaves no sábado (0-1) e já só temos quatro pontos de vantagem sobre o CRAC (ganhou 2-1 em casa ao Santa Clara) e seis sobre o Braga (1-0 em casa ao Gil Vicente). Foi a terceira derrota consecutiva em apenas uma semana, num ciclo verdadeiramente tenebroso. Escolhemos a pior altura da época para nos eclipsarmos.
 
Esta partida era fundamental, porque era pós-Champions e pós-derrota com o CRAC. Tínhamos de dar um sinal inequívoco de que o foco principal está no campeonato. Exigia-se uma resposta à altura da equipa e ela simplesmente não surgiu. Até nem entrámos mal no jogo, mas sem nunca criar grandes oportunidades. Porém, foi sol de pouca dura, porque a nossa capacidade de acelerar o jogo está pelas ruas da amargura e os adversários já perceberam como é que nos podem anular. Dois remates do Rafa e António Silva, ambos por cima, foram as melhores ocasiões até ao intervalo. Do lado oposto, o Vlachodimos foi um mero espectador.
 
A 2ª parte começou com a nossa grande ocasião. Aliás, dupla ocasião através do João Mário que não conseguiu marcar nem à primeira, nem na recarga, com a baliza quase escancarada! Pouco depois, gelou-se-nos o sangue quando o Juninho se conseguiu isolar perante o Otamendi, todavia o Vlachodimos fez bem a mancha. Continuávamos cada vez mais lentos e o Schmidt só fez a primeira substituição aos 70’ com a entrada do Gonçalo Guedes, mas a saída do David Neres...! David Neres, o responsável por grande parte do nosso perigo na 1ª parte. Ainda por cima, com o João Mário e o Rafa em péssima forma! O Aursnes ainda teve um remate perigoso, mas a bola saiu ao lado, antes do o Schmidt lançar o Tengstedt e o João Neves para os lugares do João Mário e... Gonçalo Ramos?! Estamos a precisar de ganhar e tiramos o ponta-de-lança?! Já em cima dos 90’, ainda entrou o Musa para o lugar do Gilberto e tivemos uma grande oportunidade num canto, com o Otamendi a cabecear à figura, mas a ser posteriormente pisado por um adversário e com a perna agarrada pelo guarda-redes na recarga. Claro que o VAR António Nobre nada viu...! (De salientar que os nossos rivais tiveram dois penalties a seu favor assinalados, tendo ambos só convertido um deles...) Já estávamos em período de descontos, mas ainda deu tempo para o Otamendi ter uma péssima abordagem numa bola lançada na sua direcção, ter escorregado e ter sido impotente para travar a caminhada triunfal do Abassal para o 1-0. Foi um enorme balde de água fria sobre todos nós mesmo no final do jogo!
 
Em termos individuais, depois de um início problemático, o Gilberto lá se recompôs e foi dos menos maus da equipa. Tal como o Chiquinho, que foi dos poucos a imprimir alguma velocidade ao nosso jogo. Em sentido contrário, continuam o Rafa e João Mário, completamente irreconhecíveis em relação que que já fizeram.
 
Porém, quem voltou a estar francamente mal foi o nosso treinador nas substituições. Não se percebe a saída do Neres, quando havia opções mais óbvias. Quem está mal fisicamente N Ã O pode jogar! É muito simples de perceber! É preferível um João Neves a 90%, do que um João Mário a 50%. Porque aquele, ao menos, corre e imprime alguma dinâmica à equipa.
 
Estamos, infelizmente, à beira de conseguir algo histórico, que é desperdiçarmos 10 pontos a 8 jornadas do fim. Gostaria muito de saber se esta proeza alguma vez foi conseguida por alguma equipa ou se corremos o risco de ser os primeiros. Por isso mesmo, é que eu apostaria todas as fichas no campeonato e esquecia a Champions. Com uma derrota por 2-0 em casa, é missão impossível darmos a volta à eliminatória. Portanto, por mim, jogaríamos com a equipa B em Milão e concentrávamo-nos na recepção ao Estoril.

1 comentário:

joão carlos disse...

Quatro anos sempre a acontecer o mesmo derrota com o clube assumidamente corrupto e a seguir é o eclise total da equipa sem que durante este período se resolva o verdadeiro problema até porque fica difícil resolver uma coisa que não se assume ter nem se identifica já que a direção prefere arranjar desculpas esfarrapadas, ou que elas pairem no ar, como ter sido um jogador a rebentar o balneário, o covid, os jogadores a querem ver livres de um treinador ou agora as férias ou as pausas da seleção e a maioria dos adeptos, acríticos e com poucas exigência, gostas destas cantigas e continua alegremente a acreditar nestas coisas sem exigir a resolução dos verdadeiros problemas esta é no fundo a herança deixada pelo anterior presidente.
Não foi por falta de aviso de muito, todos meros adeptos que conseguiram ver isso mais ainda deveriam ver profissionais, que jogar sempre com os mesmos ainda por cima o tempo todo iria numa altura qualquer ter custos e uma fatura para pagar porque num fundo isto é um ciclo vicioso jogam sempre os mesmos porque não existem mais opções validas estas dificilmente vão conseguir ser opções, mesmo que os mesmos de sempre estejam numa forma péssima, porque não tem ritmo de jogo nem jogam.
Mas a culpa não é só do treinador que mesmo com muitas limitações poderia ter feito em tempo uma gestão melhor do que aquela que fez, pelo menos em algumas posições onde as opções existem mesmo não sendo muitas, mas da direção que perante um treinador que acha que não tem opções e não as utiliza também nada fizeram para lhe as dar, pior ainda nem souberam repor as que perdeu.