origem

sexta-feira, abril 21, 2023

Empate

Empatámos com o Inter Milão (3-3) na passada 3ª feira e fomos eliminados da Liga dos Campeões. Já se sabia que, depois do 0-2 em casa, a missão era muito difícil e nunca conseguimos verdadeiramente colocar em causa a passagem dos italianos. Mesmo assim, depois de estarmos a perder 1-3 aos 78’, livrámo-nos de uma quarta derrota consecutiva, que seria muito má para a nossa moral, que já não está nada famosa.

Mais uma vez, o Roger Schmidt deixou o nosso maior desequilibrador, o David Neres, no banco, voltando ao Aursnes e João Mário nas alas. A partida começou como seria de esperar, com os italianos a aguardarem-nos, tentando o contra-ataque. Aos 14’, sofremos o primeiro golo através do Barella, no primeiro de três lances em que a nossa defesa deixou um bocadinho a desejar. As poucas esperanças que poderia haver dissiparam-se logo, mas até reagimos bem com o empate a surgir aos 38’ numa bela cabeçada do Aursnes (que não estava a jogar nada até então) a centro do Rafa.

Na 2ª parte, o Roger Schmidt inovou ao tirar o Gilberto para colocar o David Neres, recuando o Aursnes para defesa-direito. À passagem da hora de jogo, tivemos nova decisão arbitral que nos prejudicou, com outro penalty não-assinalado (tal como na 1ª mão), desta vez um toque do Lautaro Martínez no Aursnes quando este ia rematar. Poderia ter sido o 1-2 e a eliminatória voltaria a ficar aberta. O Inter Milão adiantou-se novamente no marcador aos 65’, fechando de vez a eliminatória, através do Lautaro Martínez, que só teve de desviar um centro da esquerda do Dimarco. A cerca de 15’ do fim, houve troca de Gonçalos, tendo saído o Ramos para entrar o Guedes, mas aos 78’ os italianos fizeram o 1-3 num remate em arco do Joaquín Correa, também sob o lado esquerdo, com a bola ainda a bater no poste antes de entrar. Em ambos os lances, não conseguimos evitar que os italianos manobrassem relativamente à vontade no lado direito da nossa defesa. A dez minutos do fim, o Roger Schmidt lembrou-se que ainda podia fazer mais substituições e entraram o João Neves e Musa para os lugares do Chiquinho e Rafa. Com sangue fresco, olha, que surpresa(!), melhorámos! O David Neres atirou uma bola ao poste, num erro clamoroso do Brozovic, e reduzimos para 2-3 aos 86’ numa boa cabeçada do António Silva num livre do Grimaldo sob a direita. A equipa teve um assomo de dignidade, forçou e conseguimos chegar à igualdade no último dos cinco minutos de compensação, com um remate do Musa na área, depois de novo centro do Grimaldo na esquerda.

Em termos individuais, o Grimaldo esteve em destaque pelas duas assistências, o David Neres foi fundamental na 2ª parte e, dê lá por onde der, tem de ser titular neste momento. Em sentido contrário, o Florentino revela algum abaixamento de forma, assim como o Aursnes. Já o Rafa e o João Mário estão mesmo inenarráveis neste momento.

Foi impressão minha, ou melhorámos visivelmente com as substituições...?! Especialmente na parte final do jogo, quando entraram jogadores frescos...?! Mesmo que um dele seja o Musa...?! Não se percebe esta tendência do nosso treinador em achar que ainda vale a pena manter em campo um Rafa ou João Mário a 30%... Se tivesse feito na 1ª mão o que acabou por fazer na 2ª, talvez a eliminatória tivesse ficado mais em dúvida. Perdemos uma oportunidade de ouro de chegar a uma final da Liga dos Campeões, ao ficar no lado bom do sorteio. Resta saber quando a teremos novamente. Agora, é foco total no campeonato e em ganhar todos os jogos até à ida ao WC. É obrigatório!

1 comentário:

joão carlos disse...

Pois só que a defesa não deixou um pouco a desejar foi um autentico buraco e se é verdade que a culpa não se resume à defesa já que agora, porque defendemos pior globalmente, tem mais trabalho e por isso vai cometer mais erros também é evidente que os erros tem sido muito básicos e inadmissíveis, e não foi por acaso a quantidade de golos que sofremos nesta eliminatória e desde que ficamos sem o nosso defesa direito titular o resto da defesa entrou em parafuso.
Mas eu percebo a razão porque se opta por ter neste jogos nas alas médio centro e não extremos por muito que o extremos depois vindo do banco acabe por ser o nosso maior desequilibrador, alias mais agitador, não é menos verdade que dos cinco golos que sofremos três foi com o estremo em campo e todos sofridos pelo lado direito e se é verdade que a culpa não foi exclusivamente dele existiram outros erros de outros jogadores foi evidente a falta de apoio e cobertura dada por ele e os desequilíbrios que isso provocou.
Temos de ter algum cuidado em analise simplistas até que ponto a nosso melhoria se deveu apenas às substituições ou não foi somado a isso uma descompressão do adversário é que no jogo anterior também substituímos, mais ou menos os mesmos mais ou menos na mesma altura, e os resultados tirando mais frescura, evidente, vontade ficou tudo na mesma e os resultados práticos, oportunidades, foram nulos isso não implica que não acho, sempre achei e disse varias vezes, que se devia mexer mais mas sobretudo mais cedo, e raras as vezes tem acontecido sobretudo mexidas cedo.