segunda-feira, fevereiro 06, 2023
Irrepreensível
Vencemos o Casa Pia no sábado na Luz por 3-0 e mantivemos a distância para o Braga e CRAC, qua também ganharam em casa (4-1 ao Famalicão e 2-0 ao Vizela, respectivamente). Perante a equipa-sensação do campeonato, num fantástico 5º lugar, e novamente desfalcados do Rafa e Gonçalo Ramos, demos uma óptima resposta e fizemos uma partida muito inteligente.
Entrámos novamente bem no jogo, extremamente pressionantes e o Casa Pia mal saía do seu meio-campo. Tivemos uma grande ocasião logo no início, mas o João Mário atirou incrivelmente por cima quando estava em boa posição. Pouco depois foi o David Neres a ver um remate seu desviado por um defesa e quase enganava o guarda-redes Ricardo Baptista, que, uns instantes depois, defendeu por instinto um calcanhar do Gonçalo Guedes. Aos 35’, inaugurámos finalmente o marcador, numa excelente abertura do Grimaldo para a desmarcação do David Neres, centro atrasado deste para o João Mário atirar sem hipóteses para o guarda-redes. Conseguíamos desbloquear o resultado e ainda aumentámos a vantagem aos 43’, com um bis do João Mário de carrinho a corresponder bem a um centro do Grimaldo na esquerda, depois de uma boa abertura do Chiquinho para o espanhol.
Na 2ª parte, o Casa Pia foi mais afoito, mas nós fizemos uma exibição quase perfeita em termos defensivos, praticamente sem lhes darmos hipóteses de criar perigo. Um remate, e mesmo assim torto, do japonês Soma foi a excepção. Do nosso lado, iam avolumando-se as oportunidades, com o Aursnes em boa posição de cabeça a atirar ao lado e um remate de longe do Neres, que não passou muito longe, até que aos 71’ acabámos com todas as dúvidas, ao fazer o 3-0 numa jogada de costa a costa do Bah, que terminou com um remate de pé esquerdo de fora da área, ligeiramente desviado por um defesa, sem dar hipóteses ao guarda-redes. Até final, ainda poderíamos ter aumentado a vantagem com outro desvio de cabeça do Aursnes ao lado, quando seria o culminar perfeito da provavelmente melhor jogada da partida, com o entretanto entrado Rafa a permitir a mancha do guarda-redes e com o Grimaldo, num pontapé de primeira de ressaca à entrada da área, a quase marcar o golo do campeonato, mas a bola passou a rasar o poste!
Em termos individuais, óbvio destaque para o João Mário, com o segundo bis consecutivo que o fez igualar o Gonçalo Ramos nos melhores marcadores, para o Chiquinho, que está a aproveitar muito bem a oportunidade no lugar do Enzo que ficou vago, e para o Otamendi, que foi uma parede defensiva e muito responsável pela parca produção atacante do Casa Pia. Mas, em geral, toda a equipa se apresentou num nível muito elevado, sempre pressionante e a recuperar a bola muito rapidamente, numa exibição quase perfeita em termos tácticos. Faltou só a faltar mais um ou dois golinhos para ser uma das melhores desta temporada.
Iremos agora a Braga na próxima 5ª feira para a importantíssima eliminatória da Taça de Portugal. Depois de termos lá levado uma banhada para o campeonato, está na hora da vingança, até porque a conquista deste troféu é igualmente crucial (e recordo pela enésima vez o nosso vergonhoso histórico de três taças de Portugal ganhas nos últimos 25 anos...!)
P.S. – Antes do jogo, houve a despedida do André Almeida, depois de 12 anos e 12 títulos com a gloriosa camisola. ATÉ QU’ENFIM que fazemos uma despedida como deve ser a um jogador que foi marcante no clube e nos ajudou a conquistar muitos troféus! Antes dele, só o Jonas e o Rui Costa tiveram direito a algo semelhante, o que é ABSOLUTAMENTE incompreensível. Jogador com história no clube TEM DE se despedir dos adeptos antes de um jogo, para poder sentir o carinho e o agradecimento de todos nós! Não é difícil perceber isto quando se gosta de futebol e se entende o jogo! Não basta uma entrevista à BTV e ‘tá feito! Assim de cabeça, Luisão, Cardozo, Fejsa, Jardel e Salvio, todos eles deveriam ter tido tratamento semelhante. Espero que isto mude doravante e que esta despedida do André Almeida faça jurisprudência!
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1 comentário:
Jogar sem ponta de lança com avançados moveis traz algumas vantagens, mas noutros momentos do jogo existe alguma falta de presença dentro da área e nas zonas de finalização e para mim até mais importante que isso é ter de adaptar alguém a uma posição para a qual não tem as características ideais e que acaba por ter uma produção muito menos do que aquela que habitualmente tem na sua posição de origem.
Continuo sem perceber a necessidade de se andar a fazer substituições às prestações neste jogo as últimas três deveriam ter sido feitas todas ao mesmo tempo é que assim nem os jogadores que acabam por sair descansam o que quer que seja nem quem entra acaba por ter os minutos que poderia ter, e deveria ter, até porque o treinador nem é adepto da rotação.
Finalmente existiu a despedida de um jogador no estádio com público independentemente de o facto dos adeptos gostarem mais ou menos de este ou aquele jogador era assim que deveria ser sempre é que despedidas com o estádio vazio, como se fizeram várias nestes últimos tempos, até parece uma coisa clandestina como se existisse medo de saber a opinião dos adeptos e de que estes se expressassem.
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