Em relação à equipa-tipo, o Roger Schmidt só fez uma alteração com a entrada do Bah para o lugar do Gilberto. Entrámos da maneira habitual, muito pressionantes, mas também muito perdulários na frente. No entanto, até acabou por ser o Paços a ter a primeira grande chance com um centro rasteiro para a área que o Grimaldo, arriscando um autogolo, cortou para canto. Do nosso lado, o Gonçalo Ramos falhou à sua conta um par de oportunidades que deveriam ter entrado. Por outro lado, o Sr. Soares Dias voltou a revelar-se um adversário complicado e a equipa desconcentrou-se de um modo claro com algumas decisões suas especialmente na 1ª parte (a certa altura, depois de uma falta evidente não-assinalada sobre o Rafa, andou nitidamente a provocá-lo para ver se este respondia para lhe dar o segundo amarelo...). Por volta da meia-hora, ainda festejámos um golo do Otamendi, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo do Rafa, que fez a assistência. Aos 39’ aconteceu um balde de água fria, com o 0-1: canto, alívio do Morato para fora-da-área, remate de primeira do Antunes e desvio de cabeça do Koffi sem hipóteses para o Vlachodimos. Todavia, a nossa reacção até ao intervalo foi esmagadora. Fizemos o 1-1 aos 42’ através do David Neres, com um grande frango do guarda-redes Zé Oliveira. Pouco depois, o João Mário tem um remate rasteiro de fora-da-área ao poste e, já na compensação, o Zé Oliveira abalroa o Bah a saltar para a bola e inacreditavelmente o Sr. Soares Dias assinalou um penalty a nosso favor na Luz! Deve estar para cair um santo do altar! O João Mário atirou rasteiro, bem melhor do que no Bessa, e o guarda-redes não conseguiu defender, apesar de ter adivinhado o lado. Íamos para o intervalo em vantagem, o que pareceu muito imporovável especialmente depois de termos sofrido o golo tão perto dos 45’.
Esperava-se que alargássemos a vantagem no início da 2ª parte para que pudéssemos fazer a gestão do esforço, dado que estamos com uma sobrecarga de jogos. E voltámos ter um golo (bem) invalidado pelo VAR, porque o Bah estava em fora-de-jogo, depois de uma abertura do Rafa. No entanto, aos 56’ marcámos mesmo o 3-1 através de um desvio do Gonçalo Ramos a corresponder à ponta-de-lança a um centro da esquerda do João Mário, depois de uma abertura do Rafa. Uma vantagem de dois golos era mais confortável, mas só com três é que eu fico descansado. E tivemos mais do que uma oportunidade para a ter, em especial pelo Gonçalo Ramos, que rematou de modo um pouco displicente, quando foi isolado pelo Rafa. Pouco depois, o avançado português foi substituído pelo Musa, que também falhou à sua conta um golo cantado. O Paços de Ferreira não criava perigo, o Enzo Fernández ia marcando um golão de fora-da-área, com a bola a bater na rede superior e o Roger Schmidt começou a gestão física da equipa, ao retirar o (apagado) David Neres e o Rafa, fazendo entrar o Diogo Gonçalves e o Henrique Araújo. Logo a seguir a estas substituições, o jogo voltou a reabrir com o 2-3 aos 80’: buraco no lado esquerdo da nossa defesa, centro para a área e desvio do Koffi, que assim poderá contar aos netinhos que bisou no estádio da Luz. De repente, estávamos na iminência de ter uma parte final sofrida, quando nada o faria prever. E podê-la-íamos não ter tido se o Henrique Araújo não tivesse falhado logo a seguir um golo feito, ao atirar por cima quase na pequena-área, depois de assistência do Musa, que não foi nada egoísta, já que poderia ter rematado. No entanto, este falhanço ia saindo-nos caro, já que o Paços no último lance da partida se acercou com perigo da nossa baliza, com um centro largo para a área que felizmente ninguém conseguiu desviar. Suspirámos todos de alívio quando surgiu o apito final!
Em termos individuais, o João Mário com um golo e uma assistência voltou a ser considerado o homem do jogo, mas eu gostei novamente bastante do Florentino, que qualquer dia está a recuperar uma bola ao guarda-redes contrário! Enquanto teve forças, o Enzo Fernández esteve ao seu nível habitual, mas começa a preocupar-me a quantidade de minutos que tem sem nenhum descanso. Por exemplo, frente o Dínamo Kiev e o Boavista, com o jogo decidido algum tempo antes dos 90’, o Roger Schmidt devê-lo-ia ter substituído mais cedo. O David Neres, apesar do golo, fez o jogo mais fraco até agora e na 1ª parte estragou dois contra-ataques em que estávamos com superioridade numérica. O Gonçalo Ramos marcou um golo, mas ficou a dever-nos outros dois e o Henrique Araújo deve ter falhado o golo mais fácil da sua carreira. O Rafa, com as suas acelerações, é sempre um desequilibrador, mas por vezes não se desembaraça da bola no timing devido. O Vlachodimos sofreu dois golos sem ter feito nenhuma defesa. O Diogo Gonçalves voltou a mostrar a necessidade de ainda irmos a tempo de arranjar outra opção válida para extremo.
Iremos jogar novamente já na 6ª feira frente ao Vizela, na Luz, antes do início da Champions. Têm sido sessões contínuas, mas acho que a equipa se começa ressentir fisicamente, porque os últimos 20’ do jogo de ontem foram bastante abaixo do que costumamos fazer. Veremos como será a resposta nos jogos seguintes e o que este último dia do mercado nos reserva.
2 comentários:
Urgente um extremo e um 10 que marque golos e tome decisões inteligentes, um Aimar, RC, etc.
Mas se num jogo em casa contra uma equipa que só tinha derrotas, nem golos marcados tinha sequer, muito desfalcada só podemos fazer uma alteração então não sei quando é que podemos fazer mais alterações ao onze é que se o treinador não faz gestão dos jogadores fazem os jogadores começando a gerir o esforço diminuindo o ritmo habitual e é que se não forem os jogadores a fazer isso as lesões encarregam de fazer a gestão que o treinador não faz.
Sinceramente não percebo como num ciclo de tantos jogos e com tão pouco tempo entre eles nem sequer se esgotam as substituições possíveis depois é ver alguns jogadores no fim do jogo a arrastar pelo campo e depois aparecem os erros habituais de certos jogadores que enquanto a equipa está bem se conseguem esconder, mas mal fisicamente conseguem ser explorados e o mais incrível depois é que no banco não tínhamos um único médio defensivo, mas depois tínhamos dois central.
Para além do desgaste existiu muita displicência, que só o desgaste não justifica, e desperdiçar contra ataques em superioridade numérica, um deles de quatro para dois, é inadmissível e não pode acontecer.
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