segunda-feira, janeiro 17, 2022
Mediocridade
Empatámos na Luz com o Moreirense (1-1) no sábado e, com as vitórias da lagartada em Vizela (2-0) e do CRAC frente ao Belenenses SAD no Jamor (4-1), a diferença pontual aumentou para seis e nove pontos, respectivamente. O que valeu foi que o Braga perdeu em casa com o Marítimo (0-1) e o 3º lugar está relativamente seguro, porque também temos nove pontos de vantagem sobre eles. Mas irá ser uma longuíssima 2ª volta...
Com o Everton infectado com covid-19, mas com os da semana passada disponíveis, o Nelson Veríssimo colocou o Paulo Bernardo a titular, mantendo o Morato, com o Vertonghen a ir para o banco. O Moreirense treinado pelo Sá Pinto apresentou-se com o autocarro bem trancado e, ao contrário do que ele disse, a abusar na demora da reposição da bola em jogo e de jogadores a perder tempo no chão (se isto não é antijogo, não sei o que é...!). Perante este cenário, voltámos a padecer de um mal estrutural no nosso futebol: a lentidão exasperante! A circulação de bola demora séculos e assim é difícil encontrar espaços em quem se fecha bem na defesa. Um remate em arco do Rafa à barra e uma bola enroscada do Morato num canto foram os dois únicos lances de perigo na 1ª parte. Os de Moreira de Cónegos eram muito mais agressivos na disputa da bola, ganhando a maioria dos lances divididos, mas não conseguiram criar grande perigo para o Vlachodimos.
A 2ª parte começou com uma iniciativa brilhante do Paulo Bernardo, mas o remate saiu bastante torto, quando estava em óptima posição. Uma cabeçada do Seferovic num canto deu a sensação de golo, mas a bola saiu a rasar o poste e aos 61’ aconteceu um balde de água fria, com o autogolo do Gilberto, que viu a bola cortada pelo Otamendi a bater nele e entrar na baliza. No entanto, é inacreditável como é que o VAR Sr. Bruno Esteves não assinalada o fora-de-jogo do Rafael Martins, que tem óbvia influência na tentativa de corte de cabeça do Otamendi no início da jogada. As coisas ficaram bastante negras, mas empatámos pouco depois, aos 65’, pelo Darwin que aproveitou um ressalto de bola para ser rápido e marcar na recarga a um primeiro remate seu. Ainda tínhamos algum tempo para tentar dar a volta ao jogo, mas as substituições do Nelson Veríssimo, mais uma vez, deram cabo do nosso jogo (que já não estava a ser brilhante, aliás...). A pouco mais de 15’ do fim, tirou o Paulo Bernardo que estava a ser dos mais esclarecidos e colocou o Yaremchuk. Ainda por cima, com o João Mário a passar completamente ao lado do jogo... Antes do golo do Moreirense, já tinha tirado o Seferovic e colocado o Diogo Gonçalves. Portanto, estando a precisar de marcar golos, sai um ponta-de-lança para entrar um extremo...! E isto com outros dois pontas-de-lança no banco e tendo ficado só com o Darwin na frente, ele que sai constantemente da área... Lógica de tudo isto? Ultrapassa-me... Numa das poucas jogadas com nexo que fizemos até final, o Grimaldo ainda acertou no poste. Nas últimas substituições lá acabou por sair o João Mário para entrar o Pizzi e o Rafa para o Gonçalo Ramos. Não é que o Rafa estivesse a fazer um jogo brilhante, mas tirar velocidade à equipa quando se precisa de acelerar o jogo está longe de ser brilhante... Começámos o jogo com dois pontas-de-lança, depois passámos a um e terminámos com três... Se alguém perceber isto, sou todo ouvidos... Não é de espantar que esta total confusão táctica tenha produzido... zero resultados! Tivemos uma última oportunidade numa cabeçada do Otamendi por cima, com o guarda-redes Kewin batido.
Em termos individuais, não vou destacar ninguém, porque a mediocridade foi geral. Talvez somente o Paulo Bernardo mereça uma palavra, porque de facto não engana e temos ali jogador já para o imediato. Espero que, ao menos, se tenha percebido isso de vez, até porque a abécula marroquina já não foi convocada e que, das poucas coisas positivas até final da época, seja despachá-la agora em Janeiro.
Estamos a meio de Janeiro e só com a Taça da Liga como objectivo. Pela amostra deste jogo, nem quero pensar como vai ser este arrastanço até final da temporada... Era preciso um abanão, e já(!), na equipa. Mas não é este treinador que o vai dar, porque já se percebeu que não dá mais do que isto. Se esta situação continuar, estaremos a perder seis meses preciosos na preparação da nova temporada. Quo vadis, Benfica...?!
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3 comentários:
De facto as substituições não foram para perceber alias nenhuma delas nem sequer a mudança de táctica na primeira substituição se justificava porque naquela altura a mudar de táctica seria para a táctica que já estávamos a jogar, mas o erro foi ter começado o jogo numa táctica, mas com jogadores para outra que acabaram por nem executar nem uma nem outra e continuo sem perceber a teimosia em insistir numa táctica para a qual o treinador não domina e para a qual não tem sequer jogadores para a poder implementar.
Já o disse que o treinador definitivo tinha de vir já, não pode ser um treinador temporário por muito boa vontade que tenha e por muito apreço que tenhamos por ele pelas difíceis condições em que aceitou a fazer aquilo que tem de ser feito por quem vem a seguir, porque tem de ser já o novo treinador a definir os acertos e no resto que falta a poder ver com quem pode ou não contar para o futuro e com isto mais uma vez vamos ter um início de época a fazer seleção e escolha de jogadores em vez de andar a preparar a época.
Mas nós temos muito jogadores rápidos é em velocidade pura, mas para isso precisam de espaço entre as defesas e o guarda redes do adversário sem esse espaço são uma nulidade porque tendo velocidade não tem velocidade de execução o que nos falta são jogadores com velocidade de execução e de definição e que façam circular a bola rápido, mas os dirigentes, e alguns adeptos, gostam é de cavalos de corrida sendo que nalguns jogos não servem para nada.
Perguntar ao RC se continua a acreditar no Veríssimo para chegar ao 1° lugar.
E talvez para continuar...
Parabens aos 84% de filhos da puta que apostaram na "continuidade". E já agora cadê os NoTÁvEiS de pacotilha? devem ter a boca cheia de croquetes, por isso é que não dizem nada. Veloso, Humberto Coelho, Águas, Alvaro Magalhães, etc...
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