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quarta-feira, janeiro 12, 2022

Desperdício

Vencemos o Paços de Ferreira no passado domingo por 2-0 e reduzimos a diferença para quatro pontos em relação ao 2º classificado, porque a lagartada perdeu nos Açores frente ao Santa Clara (2-3), mantendo os sete de distância para o CRAC (3-2 no Estoril nos últimos minutos!), que continua em primeiro.
 
Depois deste, deste e deste, a covid-19 fez-me perder o quarto em 453 jogos com público que já aconteceram na nova Luz desde a sua inauguração. Como se calcula, fiquei pior do que estragado! Já se percebeu que o 4-4-2 do Nelson Veríssimo veio para ficar numa partida em que nos apresentámos algo desfalcados justamente pela covid-19, com os titulares Vlachodimos, Vertonghen e Yaremchuk a terem de ficar em casa (juntamente com Pizzi, Meité e Radonijc). Até entrámos bem na partida, com oportunidades pelo Seferovic (acho que seria fora-de-jogo) e pelo Rafa, que saíram ao lado. A meio da 1ª parte, tivemos sorte porque nem o Sr. Vítor Ferreira, nem o VAR Luís Godinho consideraram que a entrada do Otamendi sobre o Eustáquio era motivo para vermelho e só levou amarelo. O vendaval de golos desperdiçados continuou com uma cabeçada do Seferovic ao lado e uma iniciativa individual do Gonçalo Ramos, que esbarrou no poste (deveria ter rematado em jeito, que era só desviar a bola do guarda-redes, e não em força...). Em cima dos 45’, o Denilson teve menos sorte do que o Otamendi e viu o seu amarelo trocado para vermelho por ter atingido o Grimaldo. O Paços desconcentrou-se e sofreu o 1-0 logo a seguir, num bom toque do Seferovic para novo falhanço do Gonçalo Ramos, mas com a bola a sobrar para a recarga vitoriosa do João Mário.
 
A 2ª parte continuou na mesma toada, connosco a falhar golos atrás de golos. E nenhum avançado se pôde ficar a rir, porque o Seferovic teve mais duas oportunidades de cabeça: a tentativa de chapéu foi defendida pelo guarda-redes, enquanto a antecipação ao mesmo guarda-redes num canto saiu incrivelmente ao lado. Do lado contrário, houve uma única hipótese de marcar, mas o Helton Leite defendeu bem a iniciativa do Diaby. Até que aos 75’ finalmente selámos a vitória, com um golão do Grimaldo de fora da área, naquele que foi o nosso golo 6000 na história dos campeonatos. E que bela maneira de o atingir! Até final, o Darwin, que entretanto tinha substituído o infeliz Gonçalo Ramos, conseguiu(!) falhar outros dois golos incríveis, no primeiro ao atirar à barra bem dentro da pequena-área e sem o guarda-redes na baliza, depois de uma assistência do também entrado Paulo Bernardo, e no segundo ao isolar-se e picar a bola sobre o guarda-redes com o pé esquerdo, mas com esta a sair ao lado. Entretanto, tinha conseguido meter a bola na baliza, mas estava fora-de-jogo.
 
Em termos individuais, o Everton destacou-se na 1ª parte, mas decaiu muito na 2ª, o Gilberto está a fazer uma transição muito rápida de um dos mais contestados a um dos mais aplaudidos pelo estádio(!), e com razão, porque nunca vira a cara ao esforço, o Morato fez um jogo muito seguro e o Grimaldo, com um golão daqueles, merece sempre referência. O ‘man of the match’ foi o João Mário, mas sinceramente nem achei que tivesse estado assim tão bem. O Otamendi tem de ter mais cuidado, porque se tivesse ido para a rua o jogo teria provavelmente sido mais difícil.
 
Notou-se a equipa mais solta e com mais empenho do que com o Jesus, e só isso já é bom. Falta só ser mais eficiente na finalização, porque não podemos falhar assim tantos golos. Veremos o que nos trazem os próximos jogos, mas pelo menos na mesma parece que as coisas não vão ficar.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas está táctica utilizada não me parece que nos traga grande coisa porque não só não temos jogadores para ela em varias posições como nem sequer seja uma táctica que o treinador domine, vamos ver se aquela variante na segunda parte é para continuar ou não é que nessa já temos mais opções e o treinador já a domina.
Mais uma vez se viu neste jogo que invariavelmente nos lances em que os nossos jogadores estão em fora de jogo é raro o lance em que não seja concluído com sucesso ao contrário de lances exatamente iguais, com a diferença de que não temos ninguém em fora de jogo, em que invariavelmente acontece o contrario são raros os que são finalizados com sucesso.
Continuamos a ter muitos jogadores que só aguentam uma hora de jogo, alguns nem isso, no entanto é ainda cedo para saber se isso é por má preparação física ou se por má gestão de esforço dos jogadores o tempo pode ser que tire as duvidas é que ter um ou outro jogador assim, para mais quando são permitidas varias substituições, não faz muita diferença, mas ter três ao quatro assim não existe equipa que aguente ter tantos assim a titular.