terça-feira, novembro 09, 2021
Goleada enganadora
Vencemos no domingo o Braga por 6-1 e mantivemo-nos a um ponto dos rivais que também ganharam (o CRAC 3-0 nos Açores e a lagartada 2-0 em Paços de Ferreira). Quem olhar só para o resultado, ficará certamente com a impressão de que foi um encontro em que subjugámos o adversário. Nada mais errado.
Com o Everton no lugar do Yaremchuk, o jogo não poderia ter começado melhor para nós, dado que inaugurámos o marcador logo aos 2’, num cruzamento do Darwin que o Grimaldo concretizou de cabeça. No entanto, o Braga respondeu muito bem e restabeleceu a igualdade aos 12’ num remate cruzado do Ricardo Horta. Desde o nosso primeiro golo até aos 38’, basicamente levámos um banho de bola. Sim, o resultado final mascara (e bem) esse facto, mas durante este período o Braga foi claramente a melhor equipa, não nos deixando sequer sair a jogar de trás. Chegou a haver alturas em que a bola estava no Vlachodimos e os 11(!) jogadores adversários estavam no nosso meio-campo! Nesse período, tivemos de fazer duas substituições forçadas por causa das lesões do João Mário e do Lucas Veríssimo, esta particularmente grave que o vai afastar dos relvados durante pelo menos oito meses, tendo entrado o Morato e o Paulo Bernardo. Dominados pelo Braga e com duas lesões, o panorama não era prometedor, mas aos 38’ caiu-nos um golo do céu, numa recarga do Darwin a um remate do Grimaldo defendido pelo Matheus. Aliás, este final da 1ª parte foi de sonho, com três golos em três oportunidades: aos 42’, fizemos o 3-1 através do Rafa, numa transição rápida, em que assistido pelo Everton tirou um defesa do caminho e desviou a bola do guarda-redes. No tempo de compensação da 1ª parte, o Rafa bisou noutro contra-ataque, novamente com assistência do Everton, em que se isolou e bateu o Matheus. Ficámos com o jogo muito bem encaminhado, sem sabermos bem como.
Se o Braga tinha veleidades no marcador, dissipou-as logo no primeiro quarto-de-hora da 2ª parte. Aos 52’, fizemos o 5-1 através do Everton, que tirou brilhantemente o Paulo Oliveira do caminho e atirou cruzado sem hipóteses para o guarda-redes. Aos 59’, fechámos o marcador com novo bis do Everton, que rematou cruzado de pé direito depois de um centro largo do Darwin na esquerda. Com o jogo mais do que decidido, as equipas baixaram o ritmo, mas ainda assim tivemos uma grande oportunidade com o entretanto entrado Gonçalo Ramos a proporcionar ao Matheus uma grande defesa, num remate em voo a centro do Grimaldo. Infelizmente, ainda não foi desta que o Ramos conseguiu marcar este ano.
Em termos individuais, destaque para o Everton, que esteve em quatro dos nossos golos, com um bis e duas assistências. O Rafa também merece relevo, porque marca dois bons golos em frente ao guarda-redes. Aliás, o trio da frente esteve endiabrado com o Darwin a marcar um golo e fazer duas assistências. No meio-campo, o Weigl esteve em todo o lado e o Paulo Bernardo, a fazer a sua estreia no campeonato, deu óptima conta do recado e está milhas à frente do Taarabt (ok, eu sei que não é preciso muito, mas espero que com esta evidência o mercado de Janeiro leve o marroquino para bem longe do Estádio da Luz). Uma palavra de alento para o Lucas Veríssimo, que provavelmente só conseguirá voltar aos relvados daqui a praticamente um ano.
Ganhámos 6-1 ao Braga, mas não fizemos uma exibição de encher o olho. Muito pelo contrário. As bolas que não quiseram entrar frente ao Portimonense e Estoril entraram agora, mas continuamos com muitos problemas em ter um jogo fluído e vivemos muitos dos repelões que os homens da frente conseguem dar. Em equipas que se fecham mais do que o Braga, bem temos visto os problemas que isso tem causado.
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4 comentários:
Claramente não viste o mesmo jogo que eu.
Acho deliciosa a ingenuidade com que se olha para um jogo e se vê uma "equipa aflita" a "marcar contra a corrente de jogo" quando na realidade está o cordeiro a ganhar confiança para se aventurar e ser morto naturalmente pelo lobo....
Vai ao psiquiatra, antes que cometas algum disparate, depressão e doença grave.
O resultado só foi enganador devido à nossa tremenda eficácia que noutras alturas falhou porque de resto ele é só a evidencia das características, e da qualidade, dos nossos jogadores para um determinado tipo de jogo o contra ataque, as jogadas rápidas e o ataque à profundidade o grande problema é que apenas vinte por cento das equipas com que jogamos nos permitem este tipo de jogo.
Mais uma vez incrível o numero de jogadores que se lesionam e que obrigam a substituições forçadas, mais os que acabam com mazelas, a somar ao rol imenso de lesionados e já agora de referir que embora duas das lesões não tenham sido musculares parece que não será por acaso que elas aconteceram precisamente nos jogadores mais utilizados, e por isso, mais sobrecarregados de minutos é o que faz não promover uma gestão eficiente dos jogadores.
Era evidente que jogando num esquema de três centrais faltava mais uma solução de qualidade nos centrais, até porque um deles claramente só lá esta a fazer numero porque nem contra uma equipa da segunda divisão foi opção de início, agora vamos ter que ir a correr nesta abertura de mercado colmatar a falha só que agora neste período é sempre mais difícil, e mais caro, resolver a situação até porque as opções são sempre muito menos do que no mercado de verão.
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