segunda-feira, outubro 04, 2021
Inesperado
À 8ª jornada, perdemos os primeiros pontos no campeonato, foram logo os três e em casa frente ao Portimonense (0-1). Depois do brilharete europeu frente ao Barcelona, muito pouca gente estaria à espera disto. Não se pode dizer propriamente que tenhamos jogado mal, aliás, o público (e bem) saudou a equipa no final com uma tremenda ovação, mas não podemos entrar tão apáticos e, principalmente, não podemos falhar tantos golos.
É mais fácil fazer o totobola à 2ª feira, mas o Jesus não esteve bem ao repetir a equipa que alinhou frente ao Barcelona. Que já tinha sido a mesma que tinha ido a Guimarães. Ou seja, deveria ter feito o mesmo que no meio das pré-eliminatórias de acesso à Champions: rodá-la. Entrámos muito apáticos e em 35’ só tivemos uma oportunidade (e bem grande, por sinal), num centro do Grimaldo na esquerda e o Yaremchuk quase na pequena-área a rematar para a primeira das grandes defesas do Samuel Portugal, que foi indiscutivelmente o melhor em campo. Nos últimos 10’ da 1ª parte, por três(!) vezes o guarda-redes do Portimonense impediu o nosso golo, com defesa a um livre do Grimaldo, ao Rafa que lhe apareceu isolado na frente e a um cabeceamento também do Grimaldo. Foi das melhores exibições de um guardião na Luz nos últimos tempos. Pelo meio, o Darwin falhou um desvio de cabeça a centro do Rafa. Do outro lado, um remate de fora da área do Aylton Boa Morte proporcionou ao Vlachodimos uma boa intervenção.
Ao intervalo, o Jesus colocou o Gil Dias em vez do Gilberto e a 2ª parte começou praticamente com um golo nosso, pelo Yaremchuk, mas infelizmente o VAR assinalou fora-de-jogo. Este lance acabou por nos desconcentrar, o Portimonense não nos dava espaço e as coisas pioraram muito aos 66’ com o 0-1 pelo Lucas Possignolo, de cabeça na sequência de um canto. Carregávamos, ganhávamos cantos em barda, mas o Jesus resolveu tirar o Grimaldo e Weigl para colocar o André Almeida e Taarabt. Confirma-se o prejuízo que o Conselho de Disciplina nos fez ao não suspender o Taarabt uma época inteira pela expulsão na final da Taça. O marroquino esteve inenarrável como sempre e obviamente piorámos muito o nosso futebol com ele em campo. Um remate seu à entrada da área, sozinho, que passou muito ao lado foi um bom exemplo do erro que foi a sua entrada em campo. Ou, melhor dizendo, a sua presença no plantel. É que, ao menos, o Weigl faz a equipa jogar e não emperra tudo. Enfim... Até final, dois dos centrais tiveram boas chances, com uma cabeçada do Lucas Veríssimo ao lado, com o guarda-redes batido, e o Otamendi com a baliza aberta a permitir um corte sobre a linha de um defesa. O Darwin também falhou o seu segundo desvio de cabeça a um centro, ainda entraram o Gonçalo Ramos e o Everton, e, mesmo sob a hora, o Otamendi atirou ao poste num remate à entrada da área. Como disse o Jesus no final, poderíamos estar até ao dia seguinte em campo que a bola provavelmente não entraria.
Em termos individuais, não houve ninguém que se destacasse por aí além. As acelerações do Rafa causam sempre perigo, mas ele esteve mal na finalização, e o Gil Dias também agitou o nosso jogo, sendo dos poucos que conduziu a bola em velocidade. O meio-campo, João Mário e Weigl, esteve mais discreto, eventualmente a pagar a factura de 4ª feira e o Darwin passou ao lado do jogo, aliás, não percebo porque é que não foi ele a sair em vez do Yaremchuk para entrar o Everton.
Teria sido eventualmente mais proveitoso entrar em campo com três ou quatro não-titulares e depois colocar os titulares se as coisas não estivessem a correr bem. Por essa Europa fora, houve algumas surpresas nesta jornada pós-Champions (Bayern e PSG perderam), o que espero que nos sirva de lição para o futuro. Temos agora só um ponto de vantagem perante os rivais (ganharam ambos 2-1, o CRAC em casa frente ao Paços de Ferreira e a lagartada em Arouca), mas continuamos na frente do campeonato. Haverá a pausa para as selecções e quando regressarmos iremos à Trofa para a Taça de Portugal.
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1 comentário:
Depois daquele resultado a meio da semana e jogando em casa só existia um resultado que admitia desse por onde desse tínhamos que o obter não só não o alcançamos como permitimos a uma equipa fazer o que nunca tinha feito no nosso estádio, inadmissível, e eu ao contrario não só nada a favor de ovações em derrotas, também não acho que neste caso existisse razão para apupos que fique claro, agora em mau resultados nunca ovações é que isso passa a mensagem errada para os jogadores que tanto faz vencer ou não é que se calhar por isso é que nos últimos dez jogos em casa temos duas derrotas contra este tipo de equipa e nenhuma se admite.
A equipa desapareceu completamente a seguir aquele lance que foi anulado já não é a primeira vez que perante as adversidade a equipa acusa psicologicamente a somar ao facto que o nosso jogo neste momento se resume a arrancadas e jogadas individuais, que depois invariavelmente resultam em nada, a que se soma só termos avançados para jogarmos à profundidade e se ela não existe, como aconteceu na segunda parte que eles recuaram para a sua área, somos completamente anulados até porque não temos nem jogo alternativo nem jogadores com características diferentes para o executar.
Mais do que os jogadores que entraram não terem resultado e até poderiam ter resultado, mesmo aqueles que podem ser sempre discutíveis a sua opção, é mesmo o tempo das substituições as segundas tardaram demais já que era evidente que a equipa tinha deixado de produzir que quando acabaram por entrar o resultado já era outro daquele que acontecia quando foram planeadas mas a cereja no topo do bolo é fazer as últimas a três minutos do fim e para o ridículo ser maior ainda espaçadas por dois minutos cada para fazer o favor ao adversário e quebrar o nosso jogo e perder tempo tanto que eles nem sequer precisaram de fazer as substituições todas para perder tempo.
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