segunda-feira, agosto 09, 2021
Sofrido
Estreámo-nos no sábado na Liga deste ano com uma vitória em Moreira de Cónegos (2-1), apenas três dias depois do jogo na Rússia. Por causa disso mesmo, o Jesus mudou seis titulares, mas até à expulsão do Diogo Gonçalves até estávamos a fazer uma exibição agradável. Depois disso, soubemos sofrer e garantir uma vitória justa e preciosa.
Só o guarda-redes e quatro dos cinco defesas se mantiveram na equipa inicial, tendo o Jesus ainda promovido as estreias absolutas do Meïté e do Gil Dias. Na primeira jogada de perigo que fizemos, o Gonçalo Ramos fugiu pela esquerda, bateu dois defesas e rematou de ângulo difícil para o guarda-redes Pasinato defender com os pés para canto. Teria sido um golo fantástico! No entanto, aos 9’ e na sequência de outro canto, o Lucas Veríssimo inaugurou o marcador de cabeça, demonstrando uma óptima capacidade de reacção a um alívio contrário quase à queima. Pouco depois, o central Artur Jorge foi expulso por ter derrubado o isolado Gonçalo Ramos, mas o VAR reverteu por considerar que ele tocou na bola. É um lance difícil, aceito a decisão, mas vou ver se este mesmo critério se aplica ao longo da época... Continuávamos a controlar completamente o jogo e aos 19’ aumentámos a vantagem através do Waldschmidt, depois de um centro da direita do Diogo Gonçalves, que um defesa contrário não conseguiu cortar bem, tendo a bola a sobrado já na área para o alemão rematar rasteiro sem hipóteses para o guarda-redes. Parecia que estava tudo bem encaminhado, mas aos 30’, o Moreirense reduziu para 1-2 com um golo do Rafael Martins, que foi isolado pelo Yan, depois de uma perda de bola em zona difícil do Meïté, que se mostrou muito lento nesse lance. O jogo ficou mais equilibrado, mas a melhor oportunidade até ao intervalo foi nossa com um remate do Gonçalo Ramos, assistido pelo Meïté, que o Pasinato defendeu para a barra, tendo ainda o Waldschmidt rematado cruzado para outra defesa complicada do guarda-redes.
Na 2ª parte, estávamos a continuar a tentar marcar para fechar definitivamente o jogo, quando aos 56’ o Diogo Gonçalves teve uma entrada muito imprudente e escusada sobre o Conté. O Sr. Vítor Ferreira mostrou-lhe primeiro o amarelo, mas depois foi ver as imagens alertado pelo VAR e alterou para vermelho. A partir daqui, o jogo mudou. O Jesus colocou o Weigl e Gilberto, retirando o Taarabt e Waldschmidt para reequilibrar a estrutura defensiva, o que foi conseguido, mas em termos atacantes nunca mais fomos os mesmos. Aos 68’, devemos ao Vlachodimos a manutenção da vantagem, com uma grande defesa a um remate cruzado. O Rafa ainda entrou para o lugar do Everton, mas nunca conseguiu sair em velocidade. Se o Sr. Vítor Ferreira esteve bem a amarelar o Pires por uma simulação de penalty, já não esteve tão bem a não marcar no chão as barreiras dos livres, razão pela qual um livre directo do Meïté foi interceptado quando ia com boa direcção. Com alguma dificuldade e apesar dos 8’ de tempo de compensação, lá conseguimos segurar a vantagem.
Em termos individuais, gostei imenso do Gonçalo Ramos, que luta que se farta, ganha imensas bolas de cabeça e combina muito bem com os colegas. Além disto, está sempre muito perto do golo. Golo esse que deu alento ao Waldschmidt para fazer uma exibição interessante, ele que se apresentou longe do melhor na pré-temporada. Os três centrais só erraram no golo, mas no resto do tempo foram um muro, em especial depois de estarmos a jogar com 10. O Meïté é um caso a rever, porque me parece que tem bons pés, mas um ritmo ainda demasiado lento. Quanto ao Gil Dias, o Jesus está convencido que o pode tornar um novo Fábio Coentrão, mas não sei se vai ter muita sorte...
Esta vitória era importante para não deixar fugir os outros dois logo no arranque do campeonato (ambos jogaram em casa, com a lagartada a ganhar 3-0 ao Vizela e o CRAC 2-0 ao Belenenses SAD). Seguimos já amanhã na luta pelo apuramento para a Champions com a 2ª mão frente ao Spartak. Tendo muito dos titulares descansado frente ao Moreirense, espera-se novamente uma boa exibição e naturalmente uma vitória.
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1 comentário:
O golo do Moreirense nasceu de um lançamento de linha lateral, o Meite não perdeu a bola, não conseguiu cortar mas a bola não estava em nossa posse para perdê-la.
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