segunda-feira, junho 21, 2021
Previsível
Perdemos no sábado frente à Alemanha (2-4) e caímos para o 3º lugar do nosso grupo. Foi uma derrota estrondosa, que a certa altura (1-4) ameaçou ir a caminho de ultrapassar a do Brasil em 2014, mas felizmente os alemães tiraram o pé do acelerador.
Confesso que achei muito estranho as opiniões quase generalizadas de que tínhamos jogado relativamente bem frente à Hungria, a “controlar o jogo com paciência” e etc. e tal. Ora bem, os alemães puseram-nos na ordem praticamente desde o início da partida e nem o nosso golo inaugural aos 15’, através do Cristiano Ronaldo na única(!) jogada de jeito que fizemos na 1ª parte (com abertura do Bernardo Silva a isolar o Diogo Jota, que assistiu o nº 7), os desconcentrou. O nosso futebol me(r)d(r)oso apresentou-se em todo o seu esplendor! Medo, muito medo de ter a bola, zero velocidade nas transições, incapacidade atroz de colocar problemas à defesa contrária, enfim, um tratado só ao alcance de predestinados do futebol soporífero como o Fernando Santos. Que veio perguntar no final “mas quem é que vem jogar à Alemanha a achar que vai ganhar?” Desculpe, importa-se de repetir...?!?! Assim, de repente, talvez a... França, que lhes ganhou na 1ª jornada, não...?! Com declarações destas, não admira que a nossa, chamemos-lhe, exibição tenha sido o que foi. O massacre alemão deu frutos aos 35’ e 39’ com autogolos do Rúben Dias e Raphael Guerreiro (primeira vez que há dois no mesmo jogo de um Europeu – já fizemos história!) e continuou na 2ª parte, aos 51’ e 60’, com golos do Havertz e Gosens. Felizmente, a partir daqui, o Joachim Low começou a fazer substituições e a poupar jogadores, e nós reduzimos aos 67’ pelo Diogo Jota, tendo ainda o Renato Sanches atirado com estrondo ao poste a cerca de 10’ do final, o que poderia ter relançado o jogo. Mas convenhamos que seria muito injusto face ao que se passou.
Se era para defender, o Fernando Santos deveria ter jogado com o Rúben Neves e João Palhinha para além do Danilo e William Carvalho! Juntava-se ainda o Sérgio Oliveira e ficaria só o C. Ronaldo para também não parecer mal, fazendo lembrar a famosa táctica 10-1 do Beira-Mar dos anos 90, com dez defesas e o Dino sozinho na frente. Era mais inteligente. O Renato Sanches, que entrou ao intervalo, voltou a mostrar porque deve ser titular, mas não para sair o Bernardo, como aconteceu (ele que teve acção preponderante no primeiro golo e, se calhar, por isso que é saiu... Estava lá é para defender!). O William Carvalho continua a fazer parecer o super slow motion um recurso de alta velocidade, o Danilo esteve completamente perdido, assim como o Bruno Fernandes, que ainda não entrou verdadeiramente neste Euro. A defesa foi uma desgraça, com o Nélson Semedo a levar com a armada alemã toda preferencialmente pelo seu flanco. Com um golo e uma assistência, o C. Ronaldo foi o que menos destoou.
Com a vaca que o Fernando Santos costuma ter, ainda nos arriscamos a ser apurados como um dos quatro melhores terceiros, mas tudo dependerá de não perdermos por muitos frente à França, por causa da diferença de golos com as selecções dos outros grupos. Portanto, uma derrota pela margem mínima é o melhor que poderemos almejar. (Alguém acredita que o Benzema, Griezmann e Mbappé não irão fazer gato-sapato de nós....?!)
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