origem

sábado, março 06, 2021

Tranquilo

Vencemos na 5ª feira o Estoril por 2-0 e qualificámo-nos para a final da Taça de Portugal. Numa partida em que o Jorge Jesus trocou 10 jogadores em relação ao jogo anterior, fizemos uma exibição agradável e até acima do que era expectável com tantas mudanças.
 
Convenhamos que entrámos em campo praticamente com a qualificação selada, fruto da vantagem de 3-1 na 1ª mão na Amoreira, mas mesmo assim imprimimos um ritmo relativamente forte desde início. O Pedrinho teve um bom remate fora da área que o guarda-redes, Thiago Silva, defendeu e o Cervi, desmarcado pelo mesmo Pedrinho, ficou só com o guardião pela frente, mas, sem ângulo para marcar, tentou o cruzamento. Pouco depois da meia-hora, foi o Otamendi a falhar clamorosamente um cabeceamento, depois de uma saída em falso do Thiago Silva. Até que aos 43’ inaugurámos finalmente o marcador, através do Gonçalo Ramos, depois de uma perda de bola comprometedora do Estoril em zona defensiva, com o Chiquinho a assistir o nosso ponta-de-lança. Ainda antes do intervalo, foi o Pizzi completamente à vontade à entrada área a rematar ao lado, quando poderia ter feito bem melhor.
 
Na 2ª parte, o jogo manteve-se praticamente na mesma, porque o Estoril continuou a ter muitas dificuldades para criar perigo para o Vlachodimos. O Cervi teve nova oportunidade para marcar, mas o seu cabeceamento em boa posição saiu ligeiramente por cima. O Chiquinho e Pedrinho também poderiam ter molhado o bico, mas no primeiro caso o guarda-redes defendeu e, no segundo, o remate saiu ao lado. Pouco depois da hora de jogo, o Jesus resolveu tirar o Pedrinho e o Gonçalo Ramos para as entradas do Seferovic e Everton. Nunca perceberei esta necessidade recorrente do Jesus em fazer entrar titulares em jogos de taças que já estão praticamente decididos, não dando oportunidade a algumas segundas escolhas de jogarem os 90’, mas enfim... Íamos tentando alargar a vantagem, mas a pontaria não estava nos melhores dias, até que a cerca de 20’ do fim, entraram o Taarabt e o Waldschmidt para os lugares do Pizzi e Chiquinho. O alemão teve um dos melhores remates do jogo que o Thiago Silva defendeu para canto, também o Everton viu um defesa impedir que um remate seu chegasse à baliza, já com o guarda-redes batido, e mesmo em cima dos 90’, num contra-ataque (ena, ena...!), o Taarabt isolou o Waldschmidt que, mesmo de pé direito, não falhou, selando o resultado final.
 
Em termos individuais, gostei do Chiquinho, cuja dinâmica me parece bastante superior à do Taarabt e Gabriel, o Cervi na esquerda é um lutador constante, mesmo que as coisas às vezes não lhe saiam na perfeição, e o Gonçalo Ramos marcou um golo, mas teve outras duas outras ocasiões em que a finta, que o colocaria frente-a-frente com o guarda-redes, foi cortada por um defesa. O Gabriel, a jogar a seis, perante um adversário que não lhe criou muitos problemas exibiu-se razoavelmente, mas o lugar é mais do que do Weigl.
 
Estaremos pelo segundo ano consecutivo na final da Taça de Portugal, que se voltará a disputar em Coimbra (ainda me hão-de explicar porque é que o Belenenses SAD pode jogar no Jamor e a final da Taça não pode ser lá...). Iremos defrontar o Braga que foi a Mordor eliminar o CRAC (3-2, depois do 1-1 na Pedreira). O Braga deu um banho de bola na primeira meia-hora, chegando aos 3-0, e só a expulsão do Borja é que lhe cortou o ímpeto. É certo que o jogo é só daqui a mais de dois meses, mas é preciso estarmos muito alerta, porque o jogo será bastante complicado. No entanto, depois da exibição miserável na final do ano passado, espera-se que este ano não falhemos.

1 comentário:

joão carlos disse...

Um dos méritos deste treinador e mudar uma equipa toda e a que entra, por norma, tem ritmo e entrosamento sobretudo muito mais do que aquilo que seria de esperar para quem joga pouco e sobretudo em comparação com situações idênticas com outros treinadores o pior são os defeitos.
Também não percebo a urgência em meter titulares com ritmo e cansaço acumulado e tirar jogadores que tem poucos minutos acumulados sobretudo muitas vezes ainda cedo no jogo, até mesmo em comparação ao tardio que ele faz as substituições em situações em que precisamos de mudar resultados, embora desta vez tenha percebido as primeiras que fez já que os jogadores que saíram já nem para a frente corriam agora por exemplo as segundas poderiam ter sido mais tarde já que tal não acontecia.
A novidade nem foi termos um contra ataque e ser aproveitado foi termos uma superioridade numérica e aproveitarmos isso, coisa que incrivelmente desperdiçamos com enorme frequência, mais ainda quando quem fez a assistência decidiu fazer o passe mais simples e de maior probabilidade de sucesso, e poderia até não ter acontecido, em vez de optar pelo passe de maior risco e de menor probabilidade de sucesso como é seu apanágio isso sim é que foi notável.