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segunda-feira, julho 06, 2020

Vitória, finalmente!

Vencemos no sábado o Boavista na Luz (3-1) e regressámos finalmente aos triunfos, com o terceiro nos últimos 14 jogos! No entanto, como o CRAC atropelou ontem o Belenenses SAD em Mordor (5-0), os seis pontos (sete na prática) de vantagem mantiveram-se, o que faz com que eles estejam a apenas duas vitórias de ganharem um campeonato que esteve mais do que nas nossas mãos. (Vai custar muito conformar-me com isto...)

 

Com o Veríssimo, adjunto do Bruno Lage, no banco, entrámos bastante mal na partida, com o Boavista a dominar, embora sem criar grandes oportunidades. A grande diferença em relação a partidas anteriores foi a nossa enorme eficácia: marcámos na primeira vez em que fomos à baliza aos 11’, numa bola lançada pelo Gabriel para o André Almeida, que o guarda-redes Helton Leite não conseguiu agarrar, tendo o nosso defesa-direito rodado bem e atirado para a baliza já de ângulo relativamente difícil. A partir daqui, o jogo mudou. O Boavista deixou praticamente de conseguir passar de meio-campo e nós tivemos uma série de oportunidades, muitas delas bem defendidas pelo Helton Leite (negou-nos o golo umas boas três ou quatro vezes). Todavia, aos 31’, fizemos o 2-0 noutra assistência do Gabriel para uma óptima cabeçada do Pizzi. O jogo estava bem encaminhado, mas todos nos lembramos de Portimão e, portanto, foi com satisfação que vi o 3-0 em cima do intervalo (42’), num remate rasteiro do Gabriel ao canto inferior esquerdo da baliza. Pouco antes disso, o Boavista tinha marcado um golo numa bola parada, mas o jogador estava fora-de-jogo.

 

Mesmo para o estado actual do Benfica, convenhamos que não seria fácil dar cabo de uma vantagem de três golos ao intervalo e a 2ª parte acabou por ser muito mais calma. Não insistimos tanto no ataque e sofremos um golo aos 68’ outra vez numa bola parada (cada lance destes é praticamente um penalty contra nós...), através do Dulanto num remate por cima do Vlachodimos (que me pareceu poder ter feito mais), mas também tivemos um golo anulado (do entretanto entrado Carlos Vinícius) por fora-de-jogo.

 

Em termos individuais, destaque para o Gabriel pelas duas assistências e pelo golo, mas para mim o melhor em campo foi o Chiquinho, que é definitivamente o único elemento do plantel a conseguir fazer a posição 10 de maneira satisfatória. Dá imensa fluidez ao nosso jogo, procura sempre a melhor solução de passe e só é pena que não tenha golo. Caso contrário, muito provavelmente não o teríamos para o ano.

 

O campeonato está obviamente perdido, mas temos mais quatro jogos para nos prepararmos convenientemente para a final da Taça de Portugal. Temos um óptimo histórico em finais contra o CRAC e, especialmente esta época, depois de lhes termos oferecido o campeonato, não podemos falhar esta conquista.

2 comentários:

Nau disse...

Uma alegria que soube muito bem. Parece que já sabem jogar à bola outra vez. O Gabriel, então, depois daqueles jogos miseráveis em que não acertava um passe, que não recuperava uma bola, que se deixava cair na disputa, que parecia uma saca de batatas atada pela boca (deixou a picanha e a cerveijinha na última semana?), uma bunda de matrona...
Se a brincadeira, ou a birra de alguns meninos acabou, ainda bem. Andaram a portar-se como gaiatos de escola não aplicados. Essas camisolas têm de ser vestidas com dignidade - foram envergadas por Eusébio, Coluna, Cavem, Germano, José Augusto, Simões, Torres, Santana, Ângelo, Mário João, Costa Pereira, Bento, Zé Gato, Humberto Coelho, Chalana, Cruz, Rogério Pipi, Arsénio, Artur, Bastos, Nené, José Águas, João Alves e tantos, tantos outros que tanto a dignificaram. E quem não for digno de as vestir tem de ser corrido do clube, para muito longe.
Veríssimo:
- a defesa das bolas paradas, porra!;
- a marcação das bolas paradas, porra!;
- a pressão ao adversário à saída da sua área, porra!
- os remates fora da área, porra!
- o jogo mais direto, mais prático, porra!
Não há meio? A época a acabar, e nada? É alguma ciência que necessite de matemáticas aplicadas ou de físicas nucleares?
É do Sport Lisboa e Benfica que estamos a falar, não é do Lávaialho, bolas! Onde é que está a competência? E o brio profissional, onde é que fica?
Tenham paciência, que a gente está a perder a nossa!

José Silva disse...

Tenho lido muita análise enviesada quanto ao legado de JORGE JESUS no Benfica. No pré-JJ o Benfica tinha ganho UM campeonato em QUINZE possiveis. Desde que JJ entrou no Benfica vencemos SEIS campeonatos em ONZE. O legado de JJ no Benfica estende-se muito além do periodo em que esteve sentado no banco da Luz.
Estou convencido de que o que o Benfica precisa desportivamente é um treinador como o JJ, alguém com carisma que consiga dar um abanão naquele balneário. Verissimo está a prazo, JJ é quem se segue assim espero..