Vencemos o já despromovido Aves (4-0) em sua casa, numa partida que esteve em risco de não se realizar por causa dos graves problemas financeiros da SAD do Aves, que não paga salários há seis meses e nem sequer o seguro obrigatório para que a equipa possa jogar. Ou seja, alguns anos depois do triste episódio com a U. Leiria, a história repete-se no futebol português. Obrigou-se os clubes a fazerem SADs, estas podem não ser controladas por eles e depois temos situações como a do Belenenses e, pior ainda, esta do Aves. Vem alguém do estrangeiro sem qualquer identificação com o clube nem com o futebol português, compra a SAD e depois, quando o dinheiro falta, é só fechar a porta e o clube e respectivos adeptos que se lixem. Triste, muito triste!
Voltando ao jogo, e depois de um primeiro minuto em que os jogadores do Aves não se mexeram em sinal de protesto, começámo-lo praticamente a ganhar com o golo do Rafa aos 4’ num grande passe do Pizzi, que isolou o extremo. Perante uma equipa que, decorrente daqueles problemas todos, nem sequer treinou todos os dias, esperava-se que isto fosse o mote para uma superioridade mais evidente da nossa parte. Puro engano. Estivemos, como em partidas anteriores, muito lentos de processos e o Aves teve uma atitude muito digna, embora sem conseguir criar grande perigo para a nossa baliza.
Na 2ª parte, o Aves quebrou fisicamente e nós praticamente resolvemos o jogo com o 2-0 aos 52’ num penalty muito bem marcado pelo Pizzi (ena, ena!!!), que assim passou para a frente dos melhores marcadores com 18 golos, tendo o Carlos Vinícius e o Paulinho do Braga menos um golo. Começou a haver substituições e inexplicavelmente o Veríssimo tirou o C. Vinícius de campo. É certo que o brasileiro não estava a fazer um jogo brilhante, mas está na luta pelos melhores marcadores e, com a classificação já definida e o jogo quase ganho, o nosso treinador acha que é boa ideia tirá-lo de campo aos 64’...?! Sinceramente, não percebi...! A cinco minutos do fim, o Gonçalo Ramos estreou-se com a camisola principal do Benfica e as coisas não lhe poderiam ter corrido melhor: bis aos 87’ e 93’! O primeiro, num desvio de calcanhar muito a propósito na sequência de um livre para a área, e o segundo, num remate sem hipóteses depois de uma assistência do também entretanto entrado Dyego Sousa.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Gonçalo Ramos e para a influência do Pizzi no marcador, com um golo e uma assistência. O Florentino teve igualmente uma prestação positiva, ao contrário do seu colega de sector, o Gabriel, demasiado lento com a bola. O Svilar, que se estreou na baliza esta temporada, foi apenas um espectador.
Iremos receber a lagartada para a despedida do campeonato, antes da final da Taça frente ao CRAC. Eu sei que as atenções mediáticas estão todas viradas para o Jesus, mas é bom que a ‘estrutura’ se capacite que o segundo troféu mais importante do calendário nacional ainda está em disputa. E é fundamental nós ganharmo-lo!
1 comentário:
Sinceramente pese embora os argumentos apontados para o nosso ponta de lança ficar mais tempo em campo não acho que seja motivo de censura a sua substituição por um lado porque ele estava numa noite daquelas em que poderia ficar ali o dia toda que não acertava, alias que desperdiçou aquele oportunidade no inicio da segunda parte não ia aproveitar mais nenhuma por outro com um jogador a necessitar de marcar existe sempre a tendência, que por vezes aconteceu, de meter as bolas nesse jogador mesmo que ele não seja a melhor opção ou pior ainda que lhe passar a bola seja mesmo a pior opção.
Continua é a ser evidente que cada bola que é bombeada pelo adversário para a nossa área aquilo é o pânico completo nos jogadores que nunca sabem o que fazer na situação e mesmo que o adversário tenha pouca capacidade para nos causar perigo, como foi o caso, é sempre uma confusão e um suplicio a bola dentro da nossa área.
Agora pelo que vimos nos minutos finais com uma estreia absoluta muito pouco vista pelo nosso clube, mesmo com tantos anos de historia e estreias, temos já garantido o novo defesa esquerdo para a próxima época.
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