segunda-feira, dezembro 09, 2019
Categórico
Vencemos o Boavista no Bessa por 4-1 na passada 6ª feira e, com o inesperado empate do CRAC no Jamor frente ao Belenenses SAD (1-1) ontem, temo-los agora a quatro pontos de nós. Foi uma vitória imaculada que, espero, seja reveladora de que estamos finalmente a voltar à forma da época passada.
Depois da Taça da Liga, o Bruno Lage voltou aos titulares habituais para o campeonato. Introduzimos a bola na baliza logo nos primeiros minutos, numa abertura fabulosa do Ferro para o Pizzi fazer um bonito chapéu, mas o VAR anulou porque o nº 21 estava meia-dúzia de centímetros fora-de-jogo. Qualquer dia dedico um texto a explicar porque é que eu odeio o VAR (pelo menos, no modo como se definiu o protocolo), mas não vai ser agora. À passagem da dezena de minutos, o Sr. Jorge Sousa amarelou o Cervi por pretensamente simular um penalty, mas eu fiquei com dúvidas no lance. Continuámos muito fortes e a não deixar o Boavista responder. À meia-hora, o Chiquinho recuperou uma bola e preparava-se para entrar na área isolado, quando foi derrubado. No CRAC – V. Guimarães, um lance destes mereceu vermelho logo nos minutos iniciais. Neste jogo, só deu amarelo. Típico...! Finalmente aos 34’, lá inaugurámos o marcador, numa rápida e bonita transição ofensiva com um magnífico passe do Pizzi para o Carlos Vinícius dominar muito bem de pé esquerdo e rematar sem hipóteses para o Bracali. Um golão! O Boavista mal respondia, mas na única jogada ofensiva que fez conseguiu o empate aos 44’: centro para a área, o Rúben Dias não chegou à bola, o Ferro ficou nas covas e o Stojilkovic cabeceou desviando do Vlachodimos à sua saída. Foi um balde de água fria completamente imerecido.
Confesso que estava com algum receio que este golo caído do céu (ou melhor, do inferno) pesasse sobre a equipa na 2ª parte, mas felizmente isso não aconteceu e voltámos tão fortes quanto fomos na maior parte da 1ª. O Chiquinho teve um bom remate à entrada da área que o Bracali defendeu para canto e aos 52’ recolocámo-nos em vantagem com um golo do Cervi a corresponder bem a uma assistência do C. Vinícius. O Sr. Jorge Sousa ainda recorreu ao VAR, mas a decisão só podia ser a de validar o golo, porque o Cervi se antecipou ao defesa e tocou a bola para a baliza, antes de ser pontapeado por ele. Sim, era mais que penalty se não fosse golo! Aos 62’, demos uma machadada quase definitiva no jogo com o bis do C. Vinícius, num golão em arco de fora da área de pé esquerdo (a fazer lembrar o grande Tacuara), depois de uma recuperação de bola do Grimaldo a meio-campo, que fez também a assistência. O Sr. Jorge Sousa continuava a sua senda de apitar tudo contra nós nos lances divididos, mas ainda bem que os jogadores do Benfica não se desconcentraram com uma das arbitragens mais habilidosas que vimos nos últimos tempos. Controlámos bem o Boavista no tempo restante e só num par de remates de fora da área é que eles criaram perigo, e mesmo assim relativo, porque o Vlachodimos estava a controlar bem os lances. Já no tempo de compensação (92’), fizemos o resultado final num golo de cabeça do Gabriel na sequência de um livre do Grimaldo.
Em termos individuais, óbvio destaque para o C. Vinícius com dois golos e uma assistência. O Grimaldo também voltou a ser influente com duas assistências e o Pizzi fez o magnífico passe para a abertura do marcador. O Cervi lá um golo, que é um prémio mais que merecido para quem tem sido de uma utilidade enorme e uma grande ajuda ao Grimaldo. A dupla de meio-campo (Gabriel e Taarabt) continua a funcionar bastante bem e parece que finalmente encontrámos a dinâmica que se impunha naquela parte do terreno.
Foi uma vitória muito importante no campo de uma equipa que está a fazer um bom campeonato e que ainda não tinha sofrido mais do que um golo por jogo (não há dúvida de que o Lito Vidigal é bom treinador). Receberemos amanhã o Zenit para a despedida da Liga dos Campeões, mas convinha mesmo que não fosse a nossa despedida das provas europeias, porque seria uma vergonha para o nosso historial vermos a Europa no sofá em 2020. A equipa parece querer regressar às boas exibições da segunda parte da época passada e esperemos que isso se confirme frente aos russos.
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