Perante uma equipa que está um ponto acima da linha de água(!) na Segunda Liga, tivemos duas velocidades no primeiro tempo: devagar e parados. O Arouca inaugurou o marcador na primeira vez que chegou à nossa área, aos 19’, num remate de trivela do Bukia. Com o regressado Krovinovic a extremo-esquerdo(!) e dois avançados, foram estes a construir o empate aos 42’, na única jogada de jeito na 1ª parte: arrancada do Seferovic na esquerda e remate do Jonas sem hipóteses para o guarda-redes. Percebeu logo que seria muito importante não irmos para o intervalo a perder e o que aconteceu na 2ª parte deu razão a essa ideia (caso não tivéssemos marcado, correríamos mesmo o sério risco de ser eliminados).
Quando se esperava uma melhoria substancial no segundo tempo, porque fazer pior era praticamente impossível, a entrada do Rafa agitou um pouco as coisas, mas foi sol de pouca dura. Não conseguimos criar muitas oportunidades, nem desorganizar a defesa deles. E foi mesmo o Arouca a ter duas grandes oportunidades nos últimos 10’, com uma grande defesa do Svilar a uma cabeçada adversária e outro lance em que o Alfa Semedo facilitou, e um avançado contrário falhou o toque de calcanhar quase em cima do nosso guardião. Aos 93’, salvámo-nos do prolongamento com um centro do Seferovic na esquerda, desvio de cabeça do Jonas e concretização do Rafa ao segundo poste.
Não vou destacar ninguém individualmente, porque ninguém merece. Faço antes uma revelação: foi a primeira vez na vida em que, findo um jogo, eu assobiei o Benfica. E fi-lo, porque um grande ex-jogador nosso, dias depois deste jogo, me disse que tinha sido um grande disparate os aplausos no final. Os jogadores teriam merecido era uma grande assobiadela, porque não era admissível terem precisado dos penalties para eliminar uma equipa de um escalão secundário ainda por cima na Luz. Isto mudou a minha percepção das coisas, mas até esta 5ª feira nunca tinha tido razões tão fortes que me levassem a quebrar esta regra de não assobiar o Benfica. Atingi, portanto, o meu limite.
Não há fio de jogo, os jogadores parecem perdidos em campo, não há velocidade, o Jonas teve que recuar ‘n’ vezes ao meio-campo para buscar a bola, nada, Nada, NADA! Os jogadores até se esforçam fisicamente, mas não se vê nada, não há organização nem defensiva, nem ofensiva, não conseguimos sequer sufocar a equipa contrária em busca do golo nos últimos minutos! É só contar as defesas que o guarda-redes fez ou as oportunidades claras que tivemos. Com a vitória em Tondela e depois de duas semanas de selecções, sinceramente esperava uma retoma. Mas não houve e já percebi que, com este treinador, não vai haver. Estamos pior do que a equipa do Quique Flores. Olha-se para o que estamos a fazer em campo e não se vê como é que as coisas vão melhorar. Os jogadores parecem descrentes neles mesmos e antevejo o pior amanhã em Munique. É que o Bayern precisa de um bom resultado para fazer esquecer a má campanha interna e nós somos nesta altura um adversário que permite golos de todas as equipas. Temo um massacre. Oxalá me engane!
2 comentários:
Medonho porque não há fio de prumo,,, perdão de jogo.
Sem GPS estão perdidos em campo, sem gasolina não há velocidade.
Sem comunicação não há organização, o fim da picada!
E na Estrutura ninguém vê aquilo que se mete pelos olhos adentro?
Parece que estão à espera do Bazófias, que só pode vir quando estiver tudo perdido...
Que raio de solução!!!
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