Perante o último classificado, que trocou recentemente de treinador (saiu o Pedro Emanuel, entrou o Ivo Vieira), e depois do vergonhoso descalabro europeu, havia alguma expectativa de como a equipa iria reagir. Entrámos relativamente bem no jogo, com uma clara oportunidade logo no início num disparate do Moreira, que o Pizzi não aproveitou. Todavia, inaugurámos o marcador aos 13’ numa boa arrancada do Krovinovic, que um adversário tentou cortar, mas acabou por isolar o Cervi na esquerda e este centrou para o lado oposto, onde o Salvio só teve que encostar. Cinco minutos depois (18’), o mesmo Salvio isola-se na direita pouco depois do meio-campo, progride quase até à linha e centra para o meio, onde o Jonas também praticamente só teve que encostar para fazer o 2-0. A perder por dois golos, o Estoril avançou no terreno e começou a criar-nos alguma dificuldades. O Bruno Varela largou uma bola fácil, felizmente sem consequências, mas começou a sobressair pouco depois, com uma óptima defesa num remate cruzado. No entanto, em cima do intervalo, na mesma jogada em que o Fejsa fez penalty (escusado), o Estoril reduziu para 1-2 num magnífico cabeceamento do Kléber, que se antecipou ao Jardel. Desde 17 de Setembro (há quase três meses!) que o Estoril não marcava um golo.
Este golo transformou um jogo praticamente ganho numa incerteza que se alargou à 2ª parte e o que que é certo é que foi o Varela a impedir a igualdade numa fantástica intervenção logo no reinício, num lance em que a bola ainda ressalta no André Almeida. Nós voltávamos a imprimir velocidade ao jogo e a defesa muito subida do Estoril abria grandes crateras nas costas. E foi numa jogada rápida de combinação que o Krovinovic voltou a colocar a partida a salvo (59’), noutro desvio dentro da área depois de um centro do Cervi na esquerda. Dez minutos depois, ainda apanhámos um susto com o Estoril a reduzir, mas o vídeo-arbitro viu (e bem) que o Kleber tinha empurrado a bola com o braço. Até final, ainda tivemos uma ocasião soberana do Cervi, com o Moreira fora da baliza a defender de cabeça(!) um remate do argentino.
Em termos individuais, destaque para o Salvio (um golo e uma assistência), para o Krovinovic, cada vez mais preponderante no nosso jogo atacante, e para o André Almeida, que raramente perdeu um lance e terá feito um dos seus melhores jogos de sempre pelo Benfica. O Cervi na esquerda esteve mais discreto, mas tem uma capacidade de luta praticamente inesgotável. O Jonas continua a facturar como se não houvesse amanhã e, na defesa, o Luisão mostra-se imperial como sempre. Quanto aos menos, menção quase obrigatória para o Pizzi, que continua completamente fora dela.
Olhando para a tabela classificativa, foi um jogo menos tranquilo do que se poderia pensar. Mostrando a espaços bom futebol, principalmente na 1ª parte, ainda não conseguimos fazer com que ele durasse 90’. No entanto, conseguimos a vitória que era fundamental. Na próxima 4ª feira, teremos um dos jogos da época, com a ida a Vila do Conde para a Taça de Portugal. Depois daquela eliminação vergonhosa na Europa, é obrigatório estarmos nas decisões das provas nacionais.
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