segunda-feira, dezembro 04, 2017
Na luta
Empatámos em Mordor (0-0) na passada 6ª feira e mantivemo-nos a três
pontos do CRAC, que agora tem a companhia da lagartada (1-0 ao Belenenses) no 1º lugar. Para o futebol que
tínhamos vindo a demonstrar até há bem pouco tempo, não foi um mau resultado e
esteve em consonância com o que pretendíamos, porque jogámos a maior parte do
tempo para não perder. No entanto, e percebendo que estávamos no estádio que maiores
dificuldades nos tem criado ao longo da história, se mostrássemos um pouco mais
de ambição não teria feito mal nenhum.
O Rui Vitória manteve a equipa que goleou o V. Setúbal e entrámos muito
bem no jogo, surpreendendo o CRAC. O Jonas teve logo no início uma grande
oportunidade de cabeça, mas o José Sá conseguiu defender. A 1ª parte não teve
assim grandes oportunidades de golo em nenhuma das balizas, porque os (poucos) remates
acabaram por ser interceptados ou saíram com má direcção. Para quem estava à
espera que fôssemos massacrados, os planos saíram furados, até porque o jogo
foi muito repartido.
Em termos individuais, grande jogo do Bruno Varela, que terá ganho uma
segunda vida depois do erro clamoroso do Bessa. Neste momento, a baliza é mais
que dele. Os centrais Luisão e Jardel também estiveram bem, especialmente este
último cujas últimas exibições vinham sendo uma desgraça. O André Almeida raramente
compromete nos jogos grandes, mas do outro lado o Grimaldo esteve péssimo, tendo
sido responsável por duas das grandes oportunidades falhadas pelo Marega. O
Fejsa subiu em relação a partidas anteriores, ao contrário do Pizzi que
continuou a revelar uma pobreza franciscana (se protestou com alguém pela
substituição, espero que tenha sido com ele próprio!). O Krovinovic foi dos
melhores na 1ª parte e na 2ª pertenceram-lhe as nossas grandes oportunidades,
especialmente uma em que, depois de um ressalto, ficou isolado, mas permitiu
que o José Sá lhe saísse aos pés e evitasse o golo numa altura em que já
estávamos com dez. Nas alas, o Cervi e o Salvio lutaram bastante, mas não se
mostraram muito em termos atacantes. O Jonas fartou-se de levar pancada, mas
passou muito ao lado do jogo. O Samaris foi importante ter entrado para segurar
o meio-campo que estava perdido na altura e o Jiménez na parte final foi a
nossa primeira linha da defesa. A última palavra é para o Zivkovic: estivemos à
beira de ter um novo Carlos Martins. Independentemente da justeza ou não do
primeiro cartão, ter aquela entrada já sabendo que estava amarelado revela uma
acefalia gritante! Espero que tenha um mês de multa no ordenado! Jogadores
muito talentosos, mas que se esquecem do cérebro em casa quando vão para o
campo não servem. É bom que ele perceba isso, senão adeusinho e boa viagem!
Estou convencido que sem aquela idiotice se calhar ainda poderíamos ter ganho o
jogo, porque estávamos a conseguir apanhá-los em contrapé. Além disso, as
grandes oportunidades do CRAC surgiram só depois da expulsão, pelo que o sérvio
acabou por ter sorte por não se ter tornado o responsável pelo nosso afundanço.
Mesmo a jogar um futebol muito sofrível, o que é certo que que chegamos
a Dezembro, já com a ida a Mordor, a três pontos do 1º lugar. O que nos leva a
pensar que, se melhorarmos um bocado, podemos chegar mais além. Como infelizmente
fomos corridos da Europa, temos mais que obrigação de nos concentrar no penta.
P.S. – O Sr. Jorge Sousa exibiu uma dualidade de critérios gritante,
especialmente a nível disciplinar. O Felipe é um herdeiro muito competente de animais como o Bruno Alves ou o Paulinho
Santos e é inacreditável que tenha chegado ao fim do jogo sem nenhum cartão.
Mesmo assim, o CRAC está farto de ladrar com um suposto golo mal anulado, num
lance em que o Grimaldo é ensanduichado e não consegue saltar à bola (sim, não
há fora-de-jogo, mas o árbitro também já tinha apitado logo no primeiro remate),
e com uma bola que bate na perna do Luisão, mas eles querem à força toda que
seja braço. Dizem eles que foram “roubados”...! A sério...?! Quem mesmo falar
em roubos na casa deles...? Vamos lá, então, recordar isto pela enésima vez, porque, ao contrário do que eles fazem no seu próprio museu (com uma foto onde a Carolina Salgado deixou de aparecer), a história não se apaga: um, dois, três e, o meu favorito, quatro.
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