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segunda-feira, novembro 20, 2017

Em frente

Vencemos o V. Setúbal no sábado por 2-0 e qualificámo-nos para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Foi uma vitória justa, se bem que a exibição não tenha sido nada por aí além, embora não tão má quanto a frente ao Feirense.

Já se sabe que os jogos depois da paragem das selecções são sempre complicados. Ainda por cima, tivemos que defrontar uma equipa da I Liga contra a qual no ano passado fizemos um em seis pontos possíveis. O Rui Vitória manteve o 4-3-3 de Guimarães, desta feita com o Rafa e Cervi nas alas. Entrámos bem na partida e a 1ª parte não foi má. O Luisão teve um par de oportunidades de cabeça em cantos, mas foi o Cervi a inaugurar o marcador aos 25’ num canto estudado: o Pizzi marcou-o rasteiro para a entrada da área, o Luisão deixou a bola passar e o argentino atirou cruzado sem hipóteses para o Cristiano. Até qu’enfim que um lance destes resulta! Até ao intervalo, não abrandámos tanto como em jogos anteriores depois de marcarmos primeiro, mas não conseguimos criar grandes oportunidades de golo. 

A 2ª parte foi totalmente diferente para pior. Abrandámos claramente o ritmo e deixámos o V. Setúbal manobrar o jogo à vontade, embora verdade seja dita sem nos criar muito perigo. As excepções foram um remate fora da área do Arnold, que o regressado Bruno Varela (o Svilar estava com gripe) defendeu bem e ainda teve tempo para parar igualmente a recarga do José Semedo, e um outro lance em que o Jardel é batido em velocidade (quem o viu e quem o vê...) pelo João Amaral, que fica isolado, mas não consegue bater o Varela. O V. Setúbal protestou penalty neste lance, mas o Sr. João Capela (que fez uma arbitragem em que se fartou de apitar faltas contra nós em lances de disputa de bola, frise-se) nada assinalou. O Varela tenta atabalhoadamente aliviar a bola e embrulha-se com o adversário, embora só olhando para a bola. Para mim, não é penalty, mas se fosse marcado não seria um escândalo. Na resposta a este lance, fizemos o 2-0 na estreia do Krovinovic a marcar com o manto sagrado, depois de uma assistência do Cervi. Estávamos no minuto 81 e até final ainda vimos o João Teixeira a rematar com perigo à nossa baliza. 

Em termos individuais, destaque óbvio para o Cervi com um golo e uma assistência. O Jonas está só a um golo de chegar aos 100 pelo Benfica, mas não teve muitas chances nesta partida de o fazer. Aliás, esta nova colocação dele a ponta-de-lança não o favorece e fá-lo desgastar-se imenso na disputa de bolas com os defesas, mas a verdade é que a equipa mostra mais consistência desta maneira, até porque com o Pizzi numa forma péssima, outro médio que participe na nossa manobra atacante é fundamental. E o Krovinovic está a fazer bem esse papel. Nota-se que é jogador, se bem que ainda tenha que crescer um bocado. Falando em crescer, o Rui Vitória promoveu a estreia do norte-americano Keaton Parks neste jogo (substituindo o Pizzi a cerca de 15’ do fim) e percebeu-se que ele sabe o que tem a fazer em campo, embora me tivesse parecido um pouco mole, mas podia ser nervos da estreia. O Rafa nem começou mal, mas foi decrescendo ao longo do tempo e perdeu mais uma oportunidade de mostrar a razão pela qual pagámos 16M€ por ele. O Douglas confirmou mais uma vez o que já se tinha percebido: bom a atacar, mas o jogador com menos capacidade defensiva que eu alguma vez me lembro de ter visto (e atenção que eu vi o Dudic, o Okunowo, o Luís Felipe e o Patric...!). Acho que até eu passaria por ele! Tivemos um azar tremendo com a apendicite do Rúben Dias, porque o Jardel está a léguas do que vale e o Lisandro é... o Lisandro. 

Depois da vitória e boa exibição em Guimarães, confesso que estava à espera de um bocado mais. Mas o fundamental mesmo era prosseguir em prova, porque somos os detentores do título e conquistar a Taça de Portugal deve ser sempre o nosso objectivo nº 2 da época.

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