quinta-feira, dezembro 22, 2016
Calmo
Vencemos com relativa tranquilidade o Rio
Ave por 2-0 e vamos fechar o ano de 2016 na liderança do campeonato com quatro
pontos de vantagem para o CRAC no 2º lugar. Aliás, este ano na Luz foi excepcional
em termos nacionais, porque em 18 jogos só perdemos com o CRAC e empatámos
contra o V. Setúbal. Ou seja, tivemos 88,9% de vitórias.
Estava com algum receio deste jogo, porque o
Rio Ave tinha igualado a melhor série da sua história com quatro vitórias
seguidas e nós já estivemos a jogar melhor do que actualmente. Para além disso,
era um encontro a meio da semana antes das férias do Natal e a cabeça dos
jogadores já poderia estar noutras festas. No entanto, entrámos bem na partida
e, depois de um remate em arco à entrada da área do Mitroglou que passou rente
ao poste, há um penalty claro sobre o Gonçalo Guedes aos 8’ (atropelamento e
fuga) que o Sr. Rui Gomes Costa não assinalou (aliás, esta peça já é bem nossa conhecida desde há muito tempo... Acrescentem-lhe
o “Gomes” no meio, sff, não poluam o nome!). Continuávamos a tentar e o Pizzi
proporcionou uma boa defesa ao Cássio antes de o Mitroglou abrir a contagem aos
14’: centro do Cervi na direita, o grego tentou o calcanhar, mas um defesa
cortou para a entrada da área, onde o Pizzi rematou de pé esquerdo muito
enrolado e acabou por involuntariamente colocar o nº 11 só com o guarda-redes
pela frente (a defesa ficou a dormir).
O Mitroglou só teve de escolher o lado da baliza para onde atirar. Um golo
relativamente cedo era óptimo e pensei que tentássemos rapidamente o segundo
para nos tranquilizarmos de vez. No entanto, acabámos por deixar adormecer o
jogo e só uma tentativa de chapéu do Luisão praticamente desde o meio-campo
(seria o golo do século e o jogo poderia acabar logo ali!) e uma grande jogada
do Mitroglou, a fintar vários adversários à
Messi mas a rematar fraco, abanaram um pouco as coisas. Verdade seja dita
que o Rio Ave não conseguiu criar perigo nenhum. Quando pensei que as coisas
iriam assim para o intervalo, aos 42’ o Pizzi resolveu inventar o segundo golo: faz uma simulação à entrada da área que
tira um adversário do caminho, tabela com o Rafa, isola-se e pica a bola por
cima do Cássio. Que golão!
A atacar para a baliza grande na 2ª parte, estava à espera que a equipa se
galvanizasse mais, mas o jogo foi ainda mais morno. Nós controlávamos a partida
sem dar grandes hipótese ao Rio Ave de criar perigo, todavia também não
impúnhamos a velocidade necessária para provocar desequilíbrios. No entanto, há
que dizer que houve pelo menos um fora-de-jogo muito mal assinalado ao
Mitroglou que ficaria isolado. O lance de maior perigo do segundo tempo foi um
remate do Rúben Ribeiro muito bem defendido pelo Ederson para canto. Nem a
entrada do Jonas conseguiu agitar as coisas e um dos destaques negativos foi o
amarelo por protestos ao Pizzi (inacreditável como se leva uma amarelo por
isto, quando se está tapado, num jogo sem cartões!) que o tiraria da difícil
partida em Guimarães se não tivesse provocado o segundo e respectiva expulsão
já em tempo de desconto.
O destaque do jogo terá de ir para o Pizzi,
porque marcou um golo e assistiu (involuntariamente) noutro. Gostei igualmente
do Mitroglou e não só pelo golo: pareceu muito mais comprometido com o jogo,
mais activo e lutador (o bem que faz uns joguitos no banco...!). O André
Almeida também sobressaiu, o que diz
muito sobre a exibição geral da equipa. Uma palavra final para o Ederson, que
manteve a nossa baliza a zeros com uma excelente defesa.
Podemos ir comer o bacalhau e o peru
tranquilos e recuperar energias para a segunda parte da época, que promete ser
muito trabalhosa. Como diz, e bem, o nosso treinador, somos a única equipa
portuguesa em todas as competições. Quando voltarmos, haverá dois jogos da Taça
da Liga para digerir as festas e eventualmente dar minutos aos menos
utilizados, mas atenção que eu quero ir ao Algarve no final de Janeiro...!
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