segunda-feira, outubro 24, 2016
Categórico
Com mais uma alegria que o grande Petit nos deu na véspera (é
definitivamente o maior!), estava com grande expectativa para ver como a equipa
reagiria não só a isso como também ao jogo europeu em Kiev. E o que é certo é
que a resposta não poderia ter sido mais concludente. O Mitroglou teve uma
óptima oportunidade logo a abrir, mas não demorou muito a colocar-nos em
vantagem: canto muito bem marcado pelo Pizzi aos 10’ e cabeçada fulgurante do
grego a fuzilar o guarda-redes. A 1ª parte foi um festival de bom futebol da
nossa parte e golos falhados. Numa das melhores jogadas da partida, entre
Mitroglou, Pizzi e Salvio, o argentino rematou à figura. Até ao intervalo, o
Cervi viu um remate seu que ia para a baliza ser desviado por um defesa, o
Mitroglou atirou ao poste com a bola a percorrer a linha de golo e a sair pela
linha de fundo do outro lado (o guarda-redes desviou-a ligeiramente, impedindo
o golo, mas o árbitro não viu e marcou pontapé de baliza), e o mesmo Mitroglou
tentou servir o Gonçalo Guedes num lance em que deveria ter rematado cruzado.
Quanto ao Belenenses, só uma cabeçada do Yebda obrigou o Ederson a uma boa
defesa.
Saí para o intervalo bastante chateado por o jogo ainda não estar decidido,
porque nas ressacas dos encontros europeus as nossas segundas partes costumam
ser mais fracas e menos intensas, além de que, com a chuva a aparecer em força
a espaços, o campo poderia ficar impraticável aumentando o nível de
aleatoriedade. O Belenenses entrou e durante dez minutos jogou no nosso
meio-campo, mas sem criar verdadeiras oportunidades de golo com excepção de um
livre na meia-lua, que foi (felizmente) três pontos para o País de Gales. Logo
a seguir, uma arrancada do Salvio que permitiu nova defesa ao Joel Pereira
voltou a colocar-nos no controlo do jogo. Poderíamos (e deveríamos) ter feito o
segundo pelo Mitroglou noutra grande jogada colectiva, após um centro rasteiro
do Grimaldo, em que o grego só com o guarda-redes pela frente remata contra
ele, quando tinha a baliza completamente escancarada (pareceu o falhanço frente
ao CRAC na Luz na época passada, quando atirou ao lado com o Casillas batido).
No entanto, aos 65’ marcámos mesmo pelo Grimaldo com um remate cruzado rasteiro
do lado esquerdo, depois de uma abertura magnífica do Gonçalo Guedes. A partida
estava bem encaminhada, mas pouco depois o Ederson largou uma bola fácil e o
Belenenses só não marcou, porque o muro Fejsa ofereceu o corpo à bola
bloqueando o remate. Até final, ainda tivemos mais uma bola à trave pelo Cervi
e um remate do Jiménez, entretanto entrado para o lugar do Mitroglou, que foi
desviado por um defesa para canto.
Em termos individuais, há vários destaques a fazer: Nélson Semedo, que terá
feito provavelmente a melhor exibição desde que voltou de lesão; Grimaldo, pelo
golo e por ter conduzido imensos ataques pela esquerda; e Salvio, por estar
aparentemente de regresso aos bons velhos tempos. O Gonçalo Guedes é já uma
certeza e não vai ser fácil sair da equipa, porque tem uma aceleração como
poucos e fisicamente está muito mais poderoso, o que lhe permite aguentar muito
bem o choque com os defesas. O Cervi atravessa igualmente uma fase de grande
confiança e é uma grande ajuda também a defender. O Fejsa é absolutamente
intransponível e termos de volta o Luisão dos bons velhos tempos é priceless!
Fizemos um jogo brilhante e conseguimos a 16ª vitória consecutiva fora de
casa, batendo o recorde de mais de 40 anos do Jimmy Hagan. O que é mais de
realçar quando continuamos a ter uma série de jogadores importantes indisponíveis
(Jonas, Jardel, Rafa, André Horta e Samaris), aos quais espero que não se junte
o Grimaldo que saiu tocado desta partida. A equipa parece muito focada neste
objectivo histórico que é atingir o tetracampeonato. Esperemos que possa manter
esta regularidade até final.
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1 comentário:
Grande jogo do Benfica, grande atitude dos jogadores. A jogar assim, não vai ser fácil impedirem-nos de alcançar os nossos objetivos. E ainda não temos Jonas e Rafa!
Pena termos perdido tantos golos - em dia sim, teria sido uma cabazada aos pasteis, que, afinal, sei-o agora, não são tão simpáticos para nós como nós somos para eles - aquelas bocas nojentas quando se aguardava um minuto de silêncio, são elucidativas. O raio que os parta também a eles.
Rui Vitória já convenceu todos os seus detratores. Grande treinador e grande senhor. (Ainda bem que quiseste ir embora, ó «partantes» cagão! Não fazes cá falta nenhuma!).
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