quinta-feira, outubro 20, 2016
Supremacia
Vencemos o Dínamo em Kiev por 2-0 e colocámo-nos de novo na luta não só
pelo apuramento, como inclusive pelo primeiro lugar no grupo, já que o Besiktas
foi surpreendentemente ganhar a Nápoles.
Foi uma exibição categórica em que demonstrámos muita maturidade e a
justiça do nosso triunfo é incontestável, porque o Dínamo praticamente só criou
perigo quando já estava a perder por 0-2. Com o André Horta lesionado, o Pizzi
voltou a actuar no meio e o Rui Vitória, ao contrário de Nápoles, resolveu entrar
com 11 jogadores e o Carrillo ficou no banco com o Cervi a saltar para a
titularidade. Entrámos bem e marcámos logo aos nove minutos num penalty
indiscutível do Antunes sobre o Gonçalo Guedes que o Salvio concretizou
enganando o guarda-redes. Na 1ªparte, os ucranianos praticamente não criaram
perigo e, nas situações de remate que tiveram, este saía invariavelmente por
cima. Quanto a nós, também só tivemos mais uma ocasião, pelo Salvio, com um
remate fraco e à figura depois de uma boa combinação com o Nélson Semedo.
A 2ª parte foi mais movimentada e nós aumentámos a vantagem logo aos 55’: o
Salvio ganha um ressalto na direita, centra atrasado para o Cervi que remata
com a bola a embater no Mitroglou, sobra de novo para o argentino que finta um
defesa e atira para o lado contrário do guarda-redes. Bom golo do Cervi e
grande mérito ao nunca desistir da jogada. A partir daqui, o Dínamo aumentou a
pressão e nós possivelmente teremos relaxado um bocado. O que nos valeu foi que
na baliza estava o intransponível Ederson que por umas quantas vezes impediu
que sofrêssemos um golo (uma das quais com o Yarmolenko isolado perante ele).
Só teve uma falha numa saída dos postes, mas o mesmo Yarmolenko não estava à
espera e a bola bateu-lhe no corpo e saiu para fora. Da nossa parte, tivemos
remates do Salvio (à figura do guarda-redes) e Gonçalo Guedes (muito por cima)
que nos poderiam ter dado uma tranquilidade ainda maior.
Pelo golo que marcou, pelo que lutou e pela qualidade individual em duas ou
três fintas fantásticas, o destaque maior tem que ir para o Cervi. Parece
começar a ficar mais adaptado ao futebol europeu e, se seguir as pisadas dos
dois últimos extremos-esquerdos argentinos que tivemos, ficaremos muito bem
servidos. Gostei mais uma vez do Gonçalo Guedes, cujo nome está ligado à nossa
vitória pelo penalty que sofreu depois de uma boa jogada individual. O Fejsa
voltou a ser o muro do costume e o Ederson também foi fundamental para a
manutenção da nossa baliza a zeros. O Salvio só começou a jogar a partir dos 60’,
mas acabou por ter uma exibição positiva no global. Continuo muito contente por
ver o Luisão a voltar os bons velhos tempos. Quanto ao Nélson Semedo, continua
com as mesma virtudes a atacar e alguns defeitos a defender (a forma como foi
batido já perto do final num canto, em que o avançado só não marcou de cabeça
por aselhice, foi ridícula).
A cerca de oito minutos do final e certamente para estimular as relações
bilaterais entre Portugal e a Ucrânia, o Rui Vitória resolveu ser generoso para
com o Dínamo de Kiev e colocou o Celis em campo para equilibrar as coisas e dar
mais emoção ao jogo. No entanto, desta feita o colombiano não esteve ao seu
nível habitual e não ofereceu nenhum golo ao adversário. Na última substituição
e também porque não convém abusar, o Rui Vitória colocou (e bem) e Eliseu em
vez de dar mais uma benesse ao adversário fazendo entrar o Carrillo.
O triunfo do Besiktas em Nápoles é que não estava no programa e, mais do
que o empate, eu até preferia a vitória dos italianos. Desta forma, continuam
eles na frente com seis pontos, os turcos com cinco, nós com quatro e os
ucranianos com um. Convém não esquecer que estes mesmos ucranianos nos deram
uma grande alegria em Mordor na época passada, pelo que daqui a duas semanas teremos de
estar muito concentrados para ganhar o jogo na Luz. Da forma com a
classificação está, essa vitória é fundamental.
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