origem

segunda-feira, outubro 17, 2016

À rasca

Vencemos o 1º de Dezembro no Estoril por 2-1 e qualificámo-nos para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Perante uma equipa do terceiro escalão do futebol português (agora denominado Campeonato de Portugal), tivemos dificuldades acima do esperado e só conseguimos o golo da vitória no sexto e último minuto de compensação.

Já se sabe que os jogos depois das selecções são sempre complicados e, perante adversários de divisões inferiores, há a tendência para os desvalorizar. O Rui Vitória apostou numa equipa de segundas linhas e pode dizer-se que o chumbo foi quase colectivo. A 1ª parte teve duas velocidades da nossa parte: devagarinho e parado. O 1º Dezembro, expectavelmente, fechou-se na defesa e nós não conseguimos imprimir o ritmo necessário para os desposicionar. Só uma cabeçada do José Gomes, perto do intervalo, deu a sensação de golo.

Na 2ª parte, voltámos a jogar com 11, porque saiu a nulidade exasperante Carrillo e entrou o Gonçalo Guedes. O aumento do ritmo deu frutos logo aos 50’, num bom lance do Danilo, que simulou perante um adversário, tirou-o do caminho e meteu a bola por baixo das pernas do guarda-redes. Estávamos a controlar mais ou menos o jogo, quando o Celis resolveu oferecer um penalty ao adversário, ao atrasar mal a bola ao Ederson e fazendo com que este fizesse penalty. Como agora acabou a lei da tripla penalização (penalty, expulsão e suspensão), desde que tente jogar a bola, um jogador não é expulso mesmo que derrube um adversário que está em vias de fazer golo. Só me lembrei disto a posteriori, pelo que durante o jogo pensei que o sr. Hélder Malheiro (má arbitragem, muito permissivo com as entradas duras do 1º Dezembro) tinha errado ao não expulsar o nosso guarda-redes. O Martim Águas (filho do grande Rui e neto de enorme José) fez a igualdade aos 62’. Até final, pressionámos mais, o Pizzi já tinha entrado antes do golo e ainda entrou o Mitroglou, mas teve que ser o grande Luisão a marcar possivelmente um dos golos mais tardios da nossa história, aos 96’ (confesso que não percebi o porquê de tanto tempo de desconto), com um óptimo cabeceamento num canto do Pizzi. Respirávamos todos de alívio, porque seria muito mau termos que disputar um prolongamento nestas circunstâncias.

O Luisão foi, claro, o grande destaque da equipa. Estou muito contente por esta subida de forma do capitão, pela sua reentrada em pleno no onze titular e espero que isto se mantenha ao longo da época. O Danilo marcou um bom golo, mas está naturalmente sem ritmo. O José Gomes batalhou muito na frente, mas sozinho durante grande parte do jogo era difícil. O Cervi e o Zivkovic poderiam ter aproveitado melhor a oportunidade, mas nada que se compare aos dois do costume: o Carrillo continua sem interiorizar que tem um processo de higienização a fazer e nem 10% faz; o Celis, eu juro que até estava a gostar minimamente dele (e há testemunhas disso), mas depois resolve voltar ao seu estado natural de oferecer golos aos adversários (é a terceira vez!). Ou muito me engano, ou são dois jogadores que escusam de regressar depois do Natal.

Foi um jogo que não vai deixar saudades. Salvou-se o resultado e pouco mais. Na próxima eliminatória, seria bom que jogássemos melhor, porque eu gosto muito de ir ao Jamor em Maio.

1 comentário:

Nau disse...

Jogámos francamente mal, pondo em risco a eliminatória e arriscando mais 30 minutos, nas vésperas de irmos à Ucrânia. Ninguém nos peça para entender, porque não há como aceitar um desempenho tão fraco do Benfica perante uma equipa da terceira divisão.
O exagero do jogo para trás e para o lado, a lentidão exasperante justificam-se contra aquela equipa?
As marcações de cantos e de livres, regra geral são muitíssimo mal feitas, com a bola em balão - ainda não percebeste isso, Pizzi? Não treinam bolas tensas, as que levam verdadeiro perigo às balizas adversárias?
Celis e Carrillo, começa a já não haver pachorra para os dois. Um, porque comete erros de principiante que nos custam golos; o outro, porque não corre, não se esforça, não mostra nada do que queremos ver - e não se pode queixar de falta de paciência do treinador, que lhe tem dado mais oportunidades do que ele faz por merecer.
Luisão terá calado, de vez, os detratores (benfiquistas, paineleiros e jornaleiros) que o dão como acabado e o pior central do Benfica? Luisão é o pior dos quatro ou ainda será o melhor?