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segunda-feira, agosto 22, 2016

Desilusão

Empatámos em casa com o V. Setúbal (1-1) e perdemos os primeiros pontos na Liga logo na 2ª jornada. Depois de duas épocas inteiras onde só não conseguimos ganhar aos outros dois grandes, voltámos a ceder perante equipas que não são do nosso campeonato. E as coisas até poderiam ter sido piores, porque estivemos perder até oito minutos do final.

Em relação ao Tondela, o Rui Vitória tirou o Gonçalo Guedes e colocou o Salvio, passando o Pizzi para o meio. Não achei nada bem esta opção, porque ter um só avançado num jogo em casa frente a um adversário inferior parecia-me manifestamente pouco. E assim se confirmou, porque na 1ª parte só tivemos duas verdadeiras oportunidades em cabeceamentos do Mitroglou e do Pizzi, que o Bruno Varela defendeu bem.

Na 2ª parte, continuámos a demonstrar os mesmos defeitos da primeira, ou seja, muita lentidão de processos que não nos permitia desposicionar a defesa adversária. Isto deveu-se muito ao facto de os extremos (Salvio e Cervi) terem feito exibições fraquíssimas. A Luz com 56351 espectadores (havia lotação esgotada, mas muitos red pass terão ido de férias) começava a desesperar e ainda pior ficou quando, aos 66’, o V. Setúbal se colocou na frente com um livre para a área (depois de uma falta desnecessária do entretanto entrado Jiménez), desviado de cabeça pelo Frederico Venâncio. Logo a seguir, o Jiménez só não igualou, porque o Varela voltou a defender. Pressionámos e atacámos muito, com o Carrillo (que também tinha entrado) a rematar muito ao lado, quando estava na marca de penalty. O Rui Vitória apostou tudo com a entrada do Gonçalo Guedes para o lugar do Nelson Semedo e, na primeira vez que tocou na bola, o nº 20 foi derrubado indiscutivelmente na área aos 82’. O Jiménez marcou o penalty da forma habitual, com paradinha e a desviar ligeiramente do guarda-redes (pessoalmente detesto esta maneira de marcar, porque se o guarda-redes adivinha o lado, defende facilmente). Até final, poderíamos perfeitamente ter ganho, numa recarga de Lindelöf à barra com a baliza escancarada, depois de o Varela ter defendido para a frente um livre muito bem marcado pelo Grimaldi.

Em termos individuais, o André Horta foi de longe o melhor na 1ª parte, mas desapareceu completamente na 2ª. O Fejsa foi o pronto-socorro habitual, mas já se sabe que construir não é com ele. Todos os outros estiveram muito sofríveis, com os extremos, como já referi, a estarem particularmente maus. Parece-me evidente que o Pizzi não pode jogar como segundo avançado em jogos caseiros perante equipas do meio da tabela ou inferior.

Foi um balde de água fria com o qual não contávamos. Mas, de facto, a nossa exibição deixou muito a desejar. O Jonas faz imensa falta e era o pior jogador para ficar lesionado. É fundamental ganhar na Madeira ao Nacional para a semana para aproveitarmos o facto de os outros dois irem jogar um com o outro.

P.S. – A arbitragem do sr. Manuel Oliveira foi lamentável. Pactuou indecentemente com as supostas lesões do adversário e só deu 4’ de descontos no final. Além de que houve uma série de faltas não assinaladas a nosso favor. Apesar de não haver lances decisivos (penalties, foras-de-jogo ou golos anulados), todos nós sabemos como se condiciona uma partida.

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