segunda-feira, janeiro 19, 2015
Grande resposta
Vencemos na Madeira o Marítimo por esclarecedores 4-0 e mantivemos a
concorrência a seis pontos. Foi a última jornada da 1ª volta e os números são
impressionantes: 15 vitórias(!), um empate e uma derrota. Em termos pontuais, é
o melhor Benfica dos últimos 30 anos. Isto numa época em que perdemos cinco
titulares (Oblak, Garay, Siqueira, Markovic e Rodrigo, mais o Cardozo e André
Gomes; Matic em Janeiro passado e Enzo Pérez agora) e em que a pré-época (com
seis derrotas em oito jogos) fazia temer o pior. Afinal, chegamos a metade do
campeonato e é isto… Fabuloso!
Confesso que estava com bastante receio desta partida, pelo nosso histórico
no Funchal (ainda no ano passado lá perdemos) e pelo facto de o jogo ser
arbitrado pelo sr. Carlos Xistra. Para piorar as coisas, o Gaitán teve uma
lesão muscular logo aos 13’ anulando em mim o optimismo pelos regressos do
Luisão e Salvio à titularidade. No entanto, o Ola John entrou muitíssimo bem na
partida e aos 18’ teve uma abertura fantástica para o Salvio dominar de
primeira e rematar sem deixar a bola cair no chão para inaugurar o marcador. Depois
daquele revés inicial com a lesão do melhor jogador do campeonato, a resposta
não poderia ter sido melhor. Estávamos bastante concentrados no jogo e
praticamente não deixávamos o Marítimo respirar. Até ao intervalo, o Jonas
poderia ter sentenciado a partida, mas resolveu passar ao Lima (remate intercepcionado
por um defesa) quando só tinha o guarda-redes pela frente, numa excelente
combinação ofensiva. Mesmo em cima dos 45’, o Talisca arriscou bastante um
segundo amarelo por ter pisado um adversário na disputa de uma jogada, mas o
sr. Carlos Xistra começou a redimir-se de tantas decisões ao longo dos anos
contra nós (uma, duas, três) e deu-nos esta abébia. Mediante isto,
achei que seria muito prudente tirar o brasileiro ao intervalo.
A 2ª parte começou com o mesmo onze, numa atitude corajosa do Jesus (mais à
frente percebeu-se porquê). Esperava que o Marítimo carregasse mais sobre nós,
mas os madeirenses continuaram a ser inofensivos durante grande parte do tempo.
Quanto a nós, alargámos a vantagem logo na primeira oportunidade que tivemos
aos 53’: boa abertura do Talisca para o Ola John picar sobre o guarda-redes,
quando este saiu ao seu encontro. Bom golo do holandês em nítida subida de
forma. O Marítimo foi-se muito abaixo com este golo e nós selámos
definitivamente o triunfo aos 57’ num bis
do Salvio: passe do Jonas para o argentino descaído sobre a direita, que olhou
para o meio para ver a quem fazia o passe e enganou o guarda-redes rematando à
baliza. Logo a seguir grande defesa do Júlio César, desviando o remate do
Danilo para a barra, a continuar a manter as nossas balizas invioladas pelo sétimo
jogo consecutivo para a Liga. Aos 64’ provavelmente na melhor jogada colectiva
do campeonato marcámos o quarto golo pelo Lima, num lance que para além dele
também teve o Salvio e o Jonas como protagonistas. Golão! Até final, o Jesus
aproveitou para ir fazendo as restantes substituições (entraram Pizzi e Derley)
e o Talisca provocou a expulsão mesmo o último minuto para poder cumprir
castigo na Taça da Liga e jogar na Mata Real para a semana.
Em termos individuais, destaque para o Salvio pelo bis e pela assistência para o Lima. Boa entrada em jogo, como já
referi, do Ola John, o que se saúda especialmente pelo facto de o Gaitán
provavelmente ficar de molho uns
tempo por causa da lesão. A equipa esteve toda ela num nível bastante elevado,
com o Samaris também a destacar-se no meio-campo. O Talisca terá de ter mais
cuidado no futuro, especialmente quando já tiver amarelos, porque poderia
ter-se tornado o réu deste jogo. O Luisão não esteve nos seus melhores dias, o
que é normal sempre que regressa de lesão, mas o Jardel compensou isso com uma
exibição sem falhas. O Eliseu esteve bem a atacar, mas a defender nem tanto e
os (poucos) lances de perigo do adversário tiveram origem no seu flanco.
A meio da semana teremos a Taça da Liga, onde um empate nos garante a ida à
meia-final e na próxima 2ª feira a ida ao Paços. Até agora, Janeiro trouxe-nos
as melhores exibições da época. Esperamos que seja para continuar.
P.S. – É bom que os adversários não venham com histórias sobre o lance do
Talisca. O CRAC conseguiu a proeza de
marcar três golos irregulares(!) em Penafiel (dois foras-de-jogo e uma mão) na
vitória por 3-1 e o penalty que dá o primeiro golo à lagartada frente ao Rio Ave vai ficar na história como uma das
maiores anedotas deste campeonato. Portanto, bico calado que não têm moral
nenhuma para falar!
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