domingo, dezembro 07, 2014
Enganador
Vencemos o Belenenses por 3-0 e mantivemos a distância para o CRAC a uma
semana de irmos a Mordor. Quem olhar para o resultado sem ter visto o jogo,
pode ser levado a pensar que foi fácil para nós, mas está muito enganado. O
Belenenses trouxe o autocarro muito
bem calibrado e confesso que até aos 64’ vi o caso muito malparado. Felizmente,
o golo do Lima veio abrir várias portas e lançou-nos numa vitória de mérito
inquestionável.
O Jesus repetiu a mesma equipa de Coimbra, com o Talisca e o Jonas na
frente, mas cedo se percebeu que isso tinha sido um erro. Em jogos na Luz
perante equipas maioritariamente defensivas, tem que se jogar com um
ponta-de-lança de raiz, que prenda os centrais e seja uma presença constante na
área. Sempre! Um remate ao lado do Gaitán e uma cabeçada a rasar o poste do
Luisão foram dos poucos lances de perigo que criámos. Em termos defensivos,
praticamente não tivemos problemas já que o Belenenses mal saía do seu
meio-campo.
Na 2ª parte, o Jesus tirou o apagado Talisca e lançou o Lima. O Belenenses
cada vez recuava mais e tapava bem os caminhos da sua baliza, tornando os
nossos ataques de difícil resolução. Conseguimos finalmente desembrulhar a
partida na sequência de um canto, com a bola a ser cabeçada por três jogadores:
Jardel, Jonas e Lima, que acabou por voltar aos golos. Já estávamos com 64’ e,
apesar de a equipa não dar mostras de ansiedade, eu dava, por isso foi com
grande alívio que vi o marcador mexer a nosso favor! Seis minutos depois, o
encontro ficou praticamente resolvido, num penalty sobre o Enzo Pérez, que o
próprio converteu com um remate rasteiro e para a esquerda do guarda-redes. No
estádio, fiquei com a nítida sensação que tinha havido um empurrão
(desnecessário) ao Enzo e na televisão confirmei isso mesmo. Empurrão nas
costas não é carga de ombro, razão pela qual para mim o penalty foi bem
assinalado. O Jesus começou a rodar a equipa, tirando o Enzo (que, se visse o
amarelo, não ia a Mordor) e colocando o Pizzi, mas ainda conseguimos meter mais
um: grande jogada do Gaitán (possivelmente a melhor jogada do campeonato até
agora), a arrancar do meio-campo, passar por vários adversários e cruzar para o
Salvio só ter que encostar de cabeça. Foi aos 83’ e terminámos o jogo com elevada
nota artística.
Em termos individuais, destaque para o Gaitán pela jogada do terceiro golo.
Quem faz uma obra-prima daquelas, tem que naturalmente constar das figuras da
partida. Gostei bastante do Samaris, que com bom sentido posicional se fartou
de cortar bolas. O Enzo também me parece a subir de forma e estreou-se a marcar
esta época.
Terça-feira vamos ver se teremos uma saída digna das competições europeias
(têm a palavra os suplentes e não-convocados habitualmente). É certo que há 1
M€ para uma possível vitória, mas temos que nos concentrar é em ir a Mordor e
fazer um bom resultado. Se conseguirmos não perder em casa das forças do Mal,
daremos um passo muito importante (principalmente a nível da confiança) para
alcançarmos o tão desejado bicampeonato.
P.S. – É inevitável que a lei mude e se torne esclarecedora acerca dos
jogadores emprestados não jogarem (ou terem lesões
muito oportunas) frente aos seus clubes de origem. O Miguel Rosa e Deyverson
(os melhores marcadores do Belenenses) não jogaram contra nós e isso não foi
bonito. Prefiro que o Benfica não adopte este tipo de comportamentos, mas
sempre é preferível do que o jogador emprestado fazer um penalty desnecessário
ou dar um frango.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
É o tipo de atitude e de desrespeito pelos regulamentos que aprendeu quem teve como mentor o Sr. Pinto da Costa. Quem sai aos seus, não degenera, e LFV inventou-se no futebol como clone do líder portista. O Tiago Caeiro, benfiquista como nós, é um belo ponta-de-lança. A única razão de Miguel Rosa ter sido impedido de jogar... foi para evitar comparação directa com Talisca. A intensidade, a leitura de jogo, a movimentação, o arreganho, a capacidade de liderança... são o que faz de João Teixeira um bom jogador, do Rosa um jogador acima da média, e de Talisca um medíocre sem lugar no Brasileirão nem na Primeira Liga Portuguesa nos (poucos) clubes que pagam (mesmo) acima de 5 mil euros/mês.
De acordo no essencial da crónica mas com algumas anotações.
1ª . Talisca está em "final" de época pois começou em Janeiro e todos sabemos que no Brasil termina em Dezembro. Daí estar a verficar-se uma quebra do Ta lisca. Espero que saibam resolver o problema em questões fisicas senão vai arrastar-se no resto da época
2ª Lima não é um ponta de lança para jogar fixo segurando defesas centrais. È mais um avançado móvel jogando e aparecendo solto em apoio do PDL fixo que neste momento não temos.
3º O penalty além do empurrão se reparar bem foi cometido quando o defesa aproveitou e deu um toque nos pés de Enzo obrigando-o a tropeçar nele próprio.O chamado toque habilidoso que quase não se nota. Bem assinalado e de memória cho que o penalty foi marcado para a direita do Matt Jones.
4º A jogada do Gaitan foi fabulosa mas não se esqueça da jogada do Talisca no Estoril que teve a diferença de ser ele a marcar o golo
5º e ultimo ponto. Temos que jogar mais rápido pois os adversários cortam os lances por mais bem feitos que sejam se forem jogados com lentidão.Viu-se a diferença na 2ª parte.Espero que assim aconteça 3ª feira para ao menos se ganhar o Milhão de euros. Só se lembram de que a Lei deve mudar quando o SLB faz o que outros andam a fazer há anos e ninguem reclama. O SLB defende que empréstimos só devem ser feitos a Clubes de Campeonatos diferentes.E isto há muitos meninos que não querem.Mas lá chegaremos.
Redthunder
Embora partilhe contigo a opinião sobre essas manobras sujas com jogadores emprestados devo chamar a atenção para o facto do Rosa e do Deyverson terem uma atenuante. Ambos foram cedidos a custo zero ao Belenenses com opção de regressarem ao Benfica. É o Belenenses quem lhes paga os ordenados (ao contrário das situações de empréstimo) e existe uma cláusula que diz que se o Belenenses os utilizar em jogos contra o Benfica, terá de abdicar de uma percentagem de uma futura venda dos passes dos mesmos.
Portanto não se tratou de nenhuma "caganeira" ou "lesão de última hora" como acontece com os jogadores emprestados pelos corruptos, mas sim de uma opção do Belenenses entre uma mais valia desportiva num jogo do campeonato e uma mais valia financeira futura.
Enviar um comentário