segunda-feira, dezembro 01, 2014
Calmo
Vencemos em Coimbra por 2-0 e mantivemos a distância na liderança do
campeonato. Estava com algum receio deste jogo, porque a seguir às jornadas
europeias geralmente só duramos meia parte, mas a oposição foi fraquíssima e
percebeu-se bem porque é que a Académica só tem uma vitória em 11 jornadas e faz
parte das equipas com o segundo pior ataque da Liga.
Como também tem sido habitual depois da Europa, entrámos fortes na partida
tentado marcar o mais depressa possível. O que aconteceu logo aos 8’ numa
abertura fantástica do Enzo Pérez para o genial Gaitán, dominar, ultrapassar o
guarda-redes com um toque com o joelho e atirar para a baliza num movimento de
classe. Fantástico! O golo teve naturalmente o condão de nos dar ainda mais
segurança e poderíamos ter ampliado a vantagem com um cabeceamento do Jonas à
barra e um remate em arco do Enzo Pérez que passou também muito perto do poste.
Em cima do intervalo, num livre para a área, o guarda-redes vem tentar socar a
bola quase no limite da grande-área, mas o Luisão conseguiu cabecear para a
baliza deserta. A repetição mostra que o Luisão estava em fora-de-jogo na
altura da bola partir, no entanto assim que ela vem no ar a defesa contrária
coloca-o em jogo. É uma bola parada, mas o lance é rápido. Todavia, é óbvio que
é um golo irregular.
Na 2ª parte, esperava-se um abaixamento de intensidade da nossa parte, mas
ainda fizemos uns bons 15’ iniciais, em que tentámos marcar mais um para fechar
o jogo de vez. O Jonas quase o ia conseguindo num remate fora da área, mas o
guarda-redes defendeu para canto. A oposição da Académica era praticamente nula
e a nossa baliza nunca esteve verdadeiramente em perigo. O Jesus fez entrar o
Ola John e posteriomente o Derley, e as coisas animaram na parte final da
partida, com o brasileiro por duas vezes e o Gaitán a terem remates que nos
poderiam ter dado o quarto golo. Não aconteceu, mas também conseguimos manter
as nossas redes invioladas.
Em termos individuais, destaque óbvio para o Gaitán pelo golão e por se ter
mostrado muito comprometido com o jogo, inclusivamente defendendo já na parte
final. O Enzo Pérez está igualmente a subir de forma e, parecendo que a sua
saída em Janeiro é inevitável, ainda para mais com a nossa vergonhosa
eliminação da Europa, vai ser uma perda muito grande. Até porque o Samaris
ainda parece muito verde (salvo
seja!) para o substituir convenientemente. Bom jogo também dos centrais, com a
mais-valia do golo do Luisão. O Salvio é que continua bastante complicativo e a
agarrar-se demasiado à bola. Já agora, convém o Enzo e o Maxi terem cuidado com
os amarelos frente ao Belenenses senão falham o jogo em Mordor.
Este encontro era muito importante para ver como a equipa reagiria ao
desastre europeu e a reacção foi, apesar da fraca oposição, muito satisfatória.
Aliás, há aqui uma série de equipas que não se sabe muito bem o que estão a
fazer na I Liga. Tudo bem (ou tudo mal, mas enfim…) que quisessem passar uma
esponja pelo que aconteceu e subir administrativamente o Boavista, mas o que já
não acho compreensível é que este ano não desçam já quatro equipas para voltar
a ter 16 no escalão principal. Que já é bastante por si só, mas mesmo assim
ainda suportável. Agora, isto com 18 faz muito pouco sentido.
P.S. – É favor não virem falar de arbitragem! Sim, o nosso segundo (repito:
s-e-g-u-n-d-o) golo é irregular, mas em Mordor quando ainda estava 1-0, o
Danilo rasteira um jogador do Rio Ave na área e o Herrera mete descaradamente a
mão à bola num canto. O sr. Olégario nada viu (como é habitual em relação
àquele clube). Claro que depois do 5-0 final, muita gente vai esquecer-se
disto, mas eu não sou “muita gente” nem sou “esquecido”.
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