quarta-feira, fevereiro 12, 2014
Superioridade frustracional
Depois dos problemas com o efeito da ventania na cobertura que fizeram
adiar o derby para esta 3ª feira, vencemos
a lagartada por 2-0 e estamos com
quatro pontos de vantagem para os assumidamente corruptos e cinco para eles. Foi
uma partida em que fomos incomensuravelmente superiores ao adversário e o
resultado peca muitíssimo por escasso.
Entrámos “muita fortes” e logo no minuto inicial poderíamos ter aberto o
marcador através do Gaitán. O Rodrigo, Lima (de maneira fortuita porque o Rui
Patrício rematou-lhe contra a cabeça) e o Luisão tiveram excelentes ocasiões
para marcar, mas foi o Gaitán a abrir o marcador aos 27’ de cabeça
correspondendo muito bem a um centro (finalmente bem conseguido!) do Maxi
Pereira, depois de uma recuperação de bola do Fejsa. Pouco antes do intervalo,
foi o mesmo Gaitán a falhar incrivelmente uma óptima oportunidade depois de um
passe longo do Garay que o colocou cara-a-cara com o Patrício. Da lagartada, na 1ª parte, só se viram as
camisolas.
Voltámos a entrar bem na 2ª parte, mas só durámos 15’. Mesmo assim, um
passe genial do Markovic colocou o Rodrigo só com o Patrício pela frente, mas o
remate saiu ao lado. Não conseguimos manter a pressão avassaladora da 1ª parte
e durante um largo período parecemos estar a dormir à sombra do resultado. É
certo que a lagartada era
praticamente inofensiva, excepção feita a uma boa iniciativa do estreante
Heldon que culminou num remate muito por cima, mas estaríamos sempre sujeitos a
um lance fortuito que igualasse a partida. O Enzo Pérez era quem empurrava a
equipa para a frente com as suas arrancadas desde o meio-campo e foi ele a
terminar com o jogo ao fazer o 2-0 aos 76’ num lance fantástico, que culminou
num remate em arco com o pé esquerdo. Até final, controlámos perfeitamente a
partida, mas também não nos mostrámos muito interessados em aumentar o
resultado. Infelizmente.
Em termos individuais, destaque absoluto para o Enzo Pérez e para o Fejsa.
A dupla do meio-campo, apesar de amarelada,
esteve irrepreensível na pressão, ganhou inúmeras bolas e o argentino teve a
mais-valia de um golo bastante bonito. O Gaitán, curiosamente, não teve dos
jogos mais conseguidos (as primeiras intervenções foram quase todas
desastradas), mas foi importantíssimo ao marcar o 1º golo. Os centrais
estiveram impecáveis (Garay, por favor, não vás para o degredo milionário na
Rússia!) e os laterais (Maxi e Siqueira) também estiveram muito concentrados. O
Rodrigo esteve duas vezes em frente ao Patrício, mas infelizmente não conseguiu
marcar.
A nossa superioridade foi tão evidente que saio deste tipo de jogos com a lagartada sempre algo frustrado por
perdemos óptimas oportunidade de vingar os 7-1. Já não é a primeira nem a
segunda vez que um pouco de killer
instinct arrumaria de vez aquele nefasto resultado. Mas conseguimos
reduzi-los à sua insignificância e vamos calá-los durante um bom bocado. É que nem
do árbitro se podem queixar como é habitual sempre que perdem connosco. O Sr.
Marco Ferreira, à semelhança do jogo do ano passado no WC, fez uma boa
arbitragem (prefiro de longe este tipo de árbitro que não carrega nos cartões e
não apita faltas por tudo e por nada).
P.S. – Sempre detestei treinadores que inventam em jogos grandes. Qual
António Oliveira a colocar o Costa em Old Trafford aqui há uns anos (e a levar
4-0 do Man Utd), o Leonardo Jardim resolveu inventar: a lagartada tem jogado sempre em 4-3-3 só com um ponta-de-lança, mas
é precisamente no jogo na Luz que o seu treinador resolve jogar com dois
pontas-de-lança pela primeira vez na época! À grande! Mostraram-se sem surpresa
nenhuma sempre desligados e foram completamente inofensivos. Mais uma razão
para me chatear bastante não termos aproveitado para golear…
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2 comentários:
epa mas ninguem se lembra do 5-0 para a taça em que ao intervalo ja venciamos por 5-0, 1 ou 2 anos depois do 7-1?
Os 5-0 para a Taça de Portugal foram na época anterior (85/86) aos 7-1. Mas só vencíamos por 2-0 ao intervalo. Podes ver o resumo aqui. Os 5-0 ao intervalo foram para o campeonato na época 78/79.
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