segunda-feira, outubro 29, 2007
À Benfica – parte II
Vencemos o Marítimo (2-1) com o golo do triunfo a surgir aos 86’ pelo Adu e depois de jogarmos mais de uma hora com dez jogadores por expulsão do Quim. O resultado é justíssimo, porque a partir do momento em que ficámos em inferioridade numérica fomos de longe a melhor equipa e a única que quis verdadeiramente ganhar o jogo. O Marítimo tem uma equipa muito boa e enquanto estiveram 11 para 11 foram melhores. Um pouco inexplicavelmente deixaram de o ser aquando da expulsão, mostrando-se muito satisfeitos com o empate.
Foi mais uma vitória do súor, do querer, da vontade, da determinação e da luta contra as adversidades. Na 4ª feira o problema maior foram os ferros da baliza, neste jogo foi obviamente a inferioridade numérica. Com o Edcarlos e o Di Maria de regresso, o Nuno Assis com gripe, o Bergessio no banco e o Katsouranis de volta ao meio-campo, não começámos bem a partida e logo aos 8’ uma péssima saída do Quim permitiu ao Kanu fazer-lhe um chapéu e inaugurar o marcador. Reagimos bem ao golo e o maestro teve duas boas oportunidades, mas em ambas permitiu a defesa do guarda-redes. Só que aos 18’ surgiu pela esquerda, centrou e o Ricardo Esteves cortou para canto com a mão. O Cardozo ia furando a baliza na conversão do indiscutível penalty e estava feita a igualdade. Aos 30’ surge um dos lances principais do jogo. Falta do Quim na área, penalty e expulsão. No estádio deu-me a sensação que o jogador do Marítimo estava fora-de-jogo, mas efectivamente encontrava-se em linha e a falta também é óbvia. O Butt substituiu o Edcarlos e, quando o Makukula se aprestava para bater o penalty, entraram em acção os 44.312 espectadores da Luz. A assobiadela foi monumental e ajudou indiscutivelmente o nosso guarda-redes a defender o penalty. Até final da 1ª parte ainda houve oportunidades para os dois lados, mas o empate subsistiu até ao intervalo.
Confesso que estava com poucas esperanças para a 2ª parte, porque o Marítimo se vinha revelando um adversário muito difícil, mas o que acabou por acontecer enche-me de orgulho. Houve “Benfica” dentro do campo. Aqueles dez jogadores tiveram na alma “a chama imensa” e lutaram até à exaustão, de tal maneira que quase não se percebeu que estávamos em inferioridade numérica. Logo no início entrou o Luís Filipe para o lugar do apagado Di María e o Maxi Pereira avançou para médio-direito. Curiosamente aquele até entrou bem na partida e o uruguaio é muito mais lutador que o argentino, pelo que controlámos melhor o meio-campo. O Marítimo deixou de ter um jogo tão ligado como no 1º período e nós sempre que tínhamos a bola atacávamos. Claro está que nunca avançámos à maluca e aqui houve muito dedo do Camacho, o tal que é “limitado tacticamente”, já que raramente fomos apanhados em contrapé na defesa e demos uma lição de como se joga só com dez. As oportunidades começaram a surgir, mas o Maxi Pereira e o C. Rodríguez revelaram falta de pontaria. Entrementes não tivemos sorte num remate do Katsouranis que foi desviado pelo defesa e passou a rasar o poste, enquanto o Marítimo teve dois lances perigosos, um dos quais muito bem defendido pelo Butt. Éramos a melhor equipa, jogávamos bem e de forma inteligente, e eu já estava decidido a ovacionar no final, mesmo que empatássemos o jogo, só que felizmente o Adu entrou aos 80’ para o lugar do esgotado Maxi Pereira. Comentei com o Jota, que nos deu o prazer da sua companhia, “com este em campo marcamos sempre nos últimos minutos.” E assim foi! A 4’ do fim, uma insistência do Léo pelo lado direito(!) resultou num cruzamento e o americano, qual ponta-de-lança, esgueirou-se pelo meio dos defesas e fez o golo da vitória. Foi o delírio na Catedral! Até final conseguimos conservar muito bem a posse de bola e, com o empate dos lagartos em casa do Nacional, subimos ao 2º lugar.
É injusto destacar alguém individualmente, quando toda a equipa foi excelente a partir do momento da expulsão. Mesmo assim, tenho que referir o Léo e não só pelo centro da vitória, o Binya que cada vez mais se assume como um potencial novo Petit e o Maxi Pereira tanto a lateral-direito como a médio. O Rui Costa não esteve feliz em alguns lances, mas com ele em campo sinto-me mais descansado porque está ali alguém que sabe sempre o que fazer à bola. O C. Rodríguez acabou exausto, mas teve uma actuação com altos e baixos. Por outro lado, temos que aprender rapidamente a jogar com o Cardozo, de modo a que este não tenha que vir buscar jogo atrás. O paraguaio é muito perigoso na área, mas a passar a bola não é tão forte e perdemos alguns ataques por causa disso. Os centrais (Luisão e Katouranis) tiveram bastante trabalho, mas mostraram-se seguros. Seguro esteve igualmente o Butt, apesar da entrada a frio, e o Adu merece também uma palavra, já que está convertido no nosso Mantorras deste ano. Entra e marca nos últimos minutos.
Quarta-feira há a 2ª mão da Taça da Liga e, apesar de ser uma competição secundária e de o Camacho já ter afirmado que vai fazer alterações (o que é mais que normal), temos obrigação de lutar para vencer. Não vai ser nada fácil, até porque o V. Setúbal continua invicto, mas espero que estas vitórias sofridas tenham dado a moral necessária a equipa.
Foi mais uma vitória do súor, do querer, da vontade, da determinação e da luta contra as adversidades. Na 4ª feira o problema maior foram os ferros da baliza, neste jogo foi obviamente a inferioridade numérica. Com o Edcarlos e o Di Maria de regresso, o Nuno Assis com gripe, o Bergessio no banco e o Katsouranis de volta ao meio-campo, não começámos bem a partida e logo aos 8’ uma péssima saída do Quim permitiu ao Kanu fazer-lhe um chapéu e inaugurar o marcador. Reagimos bem ao golo e o maestro teve duas boas oportunidades, mas em ambas permitiu a defesa do guarda-redes. Só que aos 18’ surgiu pela esquerda, centrou e o Ricardo Esteves cortou para canto com a mão. O Cardozo ia furando a baliza na conversão do indiscutível penalty e estava feita a igualdade. Aos 30’ surge um dos lances principais do jogo. Falta do Quim na área, penalty e expulsão. No estádio deu-me a sensação que o jogador do Marítimo estava fora-de-jogo, mas efectivamente encontrava-se em linha e a falta também é óbvia. O Butt substituiu o Edcarlos e, quando o Makukula se aprestava para bater o penalty, entraram em acção os 44.312 espectadores da Luz. A assobiadela foi monumental e ajudou indiscutivelmente o nosso guarda-redes a defender o penalty. Até final da 1ª parte ainda houve oportunidades para os dois lados, mas o empate subsistiu até ao intervalo.
Confesso que estava com poucas esperanças para a 2ª parte, porque o Marítimo se vinha revelando um adversário muito difícil, mas o que acabou por acontecer enche-me de orgulho. Houve “Benfica” dentro do campo. Aqueles dez jogadores tiveram na alma “a chama imensa” e lutaram até à exaustão, de tal maneira que quase não se percebeu que estávamos em inferioridade numérica. Logo no início entrou o Luís Filipe para o lugar do apagado Di María e o Maxi Pereira avançou para médio-direito. Curiosamente aquele até entrou bem na partida e o uruguaio é muito mais lutador que o argentino, pelo que controlámos melhor o meio-campo. O Marítimo deixou de ter um jogo tão ligado como no 1º período e nós sempre que tínhamos a bola atacávamos. Claro está que nunca avançámos à maluca e aqui houve muito dedo do Camacho, o tal que é “limitado tacticamente”, já que raramente fomos apanhados em contrapé na defesa e demos uma lição de como se joga só com dez. As oportunidades começaram a surgir, mas o Maxi Pereira e o C. Rodríguez revelaram falta de pontaria. Entrementes não tivemos sorte num remate do Katsouranis que foi desviado pelo defesa e passou a rasar o poste, enquanto o Marítimo teve dois lances perigosos, um dos quais muito bem defendido pelo Butt. Éramos a melhor equipa, jogávamos bem e de forma inteligente, e eu já estava decidido a ovacionar no final, mesmo que empatássemos o jogo, só que felizmente o Adu entrou aos 80’ para o lugar do esgotado Maxi Pereira. Comentei com o Jota, que nos deu o prazer da sua companhia, “com este em campo marcamos sempre nos últimos minutos.” E assim foi! A 4’ do fim, uma insistência do Léo pelo lado direito(!) resultou num cruzamento e o americano, qual ponta-de-lança, esgueirou-se pelo meio dos defesas e fez o golo da vitória. Foi o delírio na Catedral! Até final conseguimos conservar muito bem a posse de bola e, com o empate dos lagartos em casa do Nacional, subimos ao 2º lugar.
É injusto destacar alguém individualmente, quando toda a equipa foi excelente a partir do momento da expulsão. Mesmo assim, tenho que referir o Léo e não só pelo centro da vitória, o Binya que cada vez mais se assume como um potencial novo Petit e o Maxi Pereira tanto a lateral-direito como a médio. O Rui Costa não esteve feliz em alguns lances, mas com ele em campo sinto-me mais descansado porque está ali alguém que sabe sempre o que fazer à bola. O C. Rodríguez acabou exausto, mas teve uma actuação com altos e baixos. Por outro lado, temos que aprender rapidamente a jogar com o Cardozo, de modo a que este não tenha que vir buscar jogo atrás. O paraguaio é muito perigoso na área, mas a passar a bola não é tão forte e perdemos alguns ataques por causa disso. Os centrais (Luisão e Katouranis) tiveram bastante trabalho, mas mostraram-se seguros. Seguro esteve igualmente o Butt, apesar da entrada a frio, e o Adu merece também uma palavra, já que está convertido no nosso Mantorras deste ano. Entra e marca nos últimos minutos.
Quarta-feira há a 2ª mão da Taça da Liga e, apesar de ser uma competição secundária e de o Camacho já ter afirmado que vai fazer alterações (o que é mais que normal), temos obrigação de lutar para vencer. Não vai ser nada fácil, até porque o V. Setúbal continua invicto, mas espero que estas vitórias sofridas tenham dado a moral necessária a equipa.
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5 comentários:
Quarta-feira é para ganhar mais uma vez. O Benfica tem de jogar sempre para ganhar, independentemente de quem entrar em campo. É preciso passar essa mentalidade para os mais novos.
Ganhar, ganhar e ganhar!!! Isso é que é o Benfica!
A atitude da equipa mudou radicalmente e a crença é muito maior de facto, Fernando Santos é uma pessoa triste e apagada e isso reflectia-se claramente na equipa.
Até Freddy Adu está diferente. mais raçudo, mais competetitivo, é claro qu está mais ambientado mas está ali dedo de Camacho e Carcelén já
Binya é mais uma descoberta que vamos ficar a dever a Camacho, Diego com o espanhol ainda cá estaria.
Estamos a 2 pontos do primeiro é um facto já que só dependemos de nós nesse aspecto, acredito que se ganharmos os jogos tdos até recebermos o Porto na Luz em Dezembro ainda teremos uma palavra a dizer neste campeonato, o Sporting não se vai aguentar acho eu.
Saudações Gloriosas
http://www.colunadaguiasgloriosas.blogspot.com/
Também penso que tem que ser para ganhar, independentemente da rotação que se faça
"Benfiquistas desde pequeninos"
http://pelicanobenfica.blogspot.com
Sem dúvida que esta vitória teve um sabor especial, já que foi alcançada perto do final e após 1 hora a jogar com um a menos.
Na verdade, não jogámos com um a menos, já que o público acabou por ser o 11º jogador :-). E apesar de o MArítimo ter uma boa equipa, com boa organização e bons jogadores, o Benfica é indiscutivelmente melhor. Por isso, a vitória até foi natural!!
Também sou da opinião que o "dedo" do Camacho já se vai fazendo sentir.
No entanto, é óbvio que ainda há muito trabalho a fazer. Acho que ganhar o campeonato será bastante difícil (mas não impossível, claro), do mesmo modo, a nossa tarefa da CL está algo dificultada.
Mas espero que, acima de tudo, ele consiga (re)construir uma equipa que para o ano que tenha logo desde o início condições para lutar pelo título.
Quanto ao jogo de amanhã, também acho que o Benfica deve empenhar-se pela vitória, até porque, sendo inevitáveis alterações à equipa (o campeonato e a CL continuam a ser prioritários), poderá ser, talvez, a derradeira oportunidade de alguns jogadores mostrarem o seu valor (pois se o Benfica não vencer, dificilmente alguns desses jogadores terão muitas mais oportunidades...)
Estou ansioso por ver o post da eliminação da taça da liga:D
ahahah
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