sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Obrigação
Fizemos o que era suposto e eliminámos o Dínamo Bucareste ao vencer na casa deles por 2-1, depois de estarmos a perder por 1-0 ao intervalo. Deste modo, estamos nos oitavos-de-final da Taça Uefa e vamos defrontar o PSG pela primeira vez (!) na nossa história em jogos oficiais. Não fizemos nada mais para além do nosso dever, já que a diferença de classe entre nós e os romenos é abissal. Além disso, com a vitória contribuímos com mais dois pontos para o ranking de Portugal na Uefa e conservámos definitivamente o 6º lugar, já que ambas as equipas romenas foram eliminadas.
O Fernando Santos inovou no onze inicial ao incluir o Derlei em vez do Nuno Gomes. Confesso que não gostei muito de saber isto, porque estes rasgos inovatórios dos técnicos nos jogos europeus muitas vezes dão mau resultado (com as devidas diferenças, lembro-me sempre da titularidade do Costa no clube regional, quando era treinado pelo Oliveira e foi levar 4-0 a Manchester). Apesar de o Nuno Gomes estar em crise de golos, no Funchal, e com a companhia do Miccoli, tinha-se mostrado um jogador (ainda mais) útil nas tabelinhas, algo que seria essencial em Bucareste para podermos chegar com perigo à área contrária. No entanto, a opção pelo brasileiro acabou por resultar, apesar de ele não ter feito uma exibição de encher o olho. Começámos o jogo a controlá-lo a nosso bel-prazer, mas chateei-me logo aos 10’, quando desaproveitámos uma situação de 3 para 1! É inadmissível que não tenhamos acabado logo ali com a eliminatória, por falha de concentração na altura de passar a bola (o que é tão mais grave, quanto os jogadores envolvidos eram o Derlei, Simão e Miccoli). O italiano acabou por rematar, mas já não nas condições ideais e a bola foi interceptada por um defesa.
O jogo seguia lento, mas na única (!) jogada de jeito em todo o jogo, os romenos marcaram aos 23’. Passe para a área e entrada em diagonal no meio dos centrais do Munteanu, que passou a bola por baixo do Quim. A eliminatória estava empatada, mas custava-me a acreditar como isto era possível, já que éramos muito melhor que eles. Não reagimos bem ao golo e só voltámos a criar perigo a cinco minutos do intervalo. E logo em dose tripla (Derlei, Simão e Katsouranis), mas o guarda-redes Lobont esteve bem nas três ocasiões. Apesar do resultado, não estava muito apreensivo, porque a nossa superioridade era muito grande e jogos como contra o Boavista não acontecem sempre.
A 2ª parte foi praticamente iniciada com o golo do empate. O Anderson estreou-se a marcar esta época (finalmente!) com um remate de cabeça, na sequência de um canto do Simão aos 50’. Foi bom para que pudéssemos acalmar, mas infelizmente isto não aconteceu logo, já que os romenos reagiram bem e colocaram a nossa defesa, mais uma vez imperialmente comandada pelo Luisão, em dificuldades. Não conseguíamos manter a posse de bola e, se bem que o Dínamo não tivesse nenhuma oportunidade descarada de golo, iríamos sofrer até ao fim se o jogo continuasse daquela maneira, até porque ainda faltava muito tempo. E, na eventualidade de sofrermos um golo, as coisas poder-se-iam complicar. Estava na cara que um tento nosso mataria de vez a partida e felizmente isso aconteceu aos 64’. Outro canto do Simão e desta vez foi o Katsouranis (que tinha tido uma série de más intervenções minutos antes, incluindo um atraso idiota ao Quim, o que me fez pedir a sua substituição, até porque me parecia cansado e não recuperava defensivamente tanto quanto deveria; o futebol é uma arte estranha!) a concretizar, num golo muito semelhante ao que obteve na casa do clube regional. Estávamos definitivamente apurados e o objectivo agora era manter a vitória no jogo. Até final tivemos mais algumas situações que poderiam ter dado em golo, nomeadamente um chapéu do Miccoli que foi uma pena não ter entrado, mas o resultado manteve-se.
Começa a tornar-se repetitivo, mas não há nada a fazer. Os destaques vão para os suspeitos do costume, Simão e Luisão, desta feita muito bem acompanhados pelo Petit que fez um jogo enorme ao cortar inúmeras bolas a meio-campo. O capitão só fez duas assistências e dinamizou todo o nosso ataque, e o brasileiro cortou praticamente todas as bolas na sua área de jurisdição. O Quim não teve grande trabalho, o Anderson está finalmente a subir de forma, o Léo não sabe jogar mal, mas o Nélson voltou a não estar ao seu nível, com algumas perdas de bola a meio-campo que poderiam ter sido comprometedoras. Quanto aos gregos, desta vez o Karagounis esteve melhor que o Katsouranis (apesar do golo deste), o Derlei subiu na 2ª parte e o Miccoli criou perigo, está nitidamente a subir de forma, mas não esteve feliz na altura do remate.
O jogo da 1ª mão em Paris é numa data muito especial para mim. Espero que o Benfica faça o que fez naquele dia há precisamente um ano. E, se o meu plano correr bem, estarei lá ao vivo para assistir a tudo!
O Fernando Santos inovou no onze inicial ao incluir o Derlei em vez do Nuno Gomes. Confesso que não gostei muito de saber isto, porque estes rasgos inovatórios dos técnicos nos jogos europeus muitas vezes dão mau resultado (com as devidas diferenças, lembro-me sempre da titularidade do Costa no clube regional, quando era treinado pelo Oliveira e foi levar 4-0 a Manchester). Apesar de o Nuno Gomes estar em crise de golos, no Funchal, e com a companhia do Miccoli, tinha-se mostrado um jogador (ainda mais) útil nas tabelinhas, algo que seria essencial em Bucareste para podermos chegar com perigo à área contrária. No entanto, a opção pelo brasileiro acabou por resultar, apesar de ele não ter feito uma exibição de encher o olho. Começámos o jogo a controlá-lo a nosso bel-prazer, mas chateei-me logo aos 10’, quando desaproveitámos uma situação de 3 para 1! É inadmissível que não tenhamos acabado logo ali com a eliminatória, por falha de concentração na altura de passar a bola (o que é tão mais grave, quanto os jogadores envolvidos eram o Derlei, Simão e Miccoli). O italiano acabou por rematar, mas já não nas condições ideais e a bola foi interceptada por um defesa.
O jogo seguia lento, mas na única (!) jogada de jeito em todo o jogo, os romenos marcaram aos 23’. Passe para a área e entrada em diagonal no meio dos centrais do Munteanu, que passou a bola por baixo do Quim. A eliminatória estava empatada, mas custava-me a acreditar como isto era possível, já que éramos muito melhor que eles. Não reagimos bem ao golo e só voltámos a criar perigo a cinco minutos do intervalo. E logo em dose tripla (Derlei, Simão e Katsouranis), mas o guarda-redes Lobont esteve bem nas três ocasiões. Apesar do resultado, não estava muito apreensivo, porque a nossa superioridade era muito grande e jogos como contra o Boavista não acontecem sempre.
A 2ª parte foi praticamente iniciada com o golo do empate. O Anderson estreou-se a marcar esta época (finalmente!) com um remate de cabeça, na sequência de um canto do Simão aos 50’. Foi bom para que pudéssemos acalmar, mas infelizmente isto não aconteceu logo, já que os romenos reagiram bem e colocaram a nossa defesa, mais uma vez imperialmente comandada pelo Luisão, em dificuldades. Não conseguíamos manter a posse de bola e, se bem que o Dínamo não tivesse nenhuma oportunidade descarada de golo, iríamos sofrer até ao fim se o jogo continuasse daquela maneira, até porque ainda faltava muito tempo. E, na eventualidade de sofrermos um golo, as coisas poder-se-iam complicar. Estava na cara que um tento nosso mataria de vez a partida e felizmente isso aconteceu aos 64’. Outro canto do Simão e desta vez foi o Katsouranis (que tinha tido uma série de más intervenções minutos antes, incluindo um atraso idiota ao Quim, o que me fez pedir a sua substituição, até porque me parecia cansado e não recuperava defensivamente tanto quanto deveria; o futebol é uma arte estranha!) a concretizar, num golo muito semelhante ao que obteve na casa do clube regional. Estávamos definitivamente apurados e o objectivo agora era manter a vitória no jogo. Até final tivemos mais algumas situações que poderiam ter dado em golo, nomeadamente um chapéu do Miccoli que foi uma pena não ter entrado, mas o resultado manteve-se.
Começa a tornar-se repetitivo, mas não há nada a fazer. Os destaques vão para os suspeitos do costume, Simão e Luisão, desta feita muito bem acompanhados pelo Petit que fez um jogo enorme ao cortar inúmeras bolas a meio-campo. O capitão só fez duas assistências e dinamizou todo o nosso ataque, e o brasileiro cortou praticamente todas as bolas na sua área de jurisdição. O Quim não teve grande trabalho, o Anderson está finalmente a subir de forma, o Léo não sabe jogar mal, mas o Nélson voltou a não estar ao seu nível, com algumas perdas de bola a meio-campo que poderiam ter sido comprometedoras. Quanto aos gregos, desta vez o Karagounis esteve melhor que o Katsouranis (apesar do golo deste), o Derlei subiu na 2ª parte e o Miccoli criou perigo, está nitidamente a subir de forma, mas não esteve feliz na altura do remate.
O jogo da 1ª mão em Paris é numa data muito especial para mim. Espero que o Benfica faça o que fez naquele dia há precisamente um ano. E, se o meu plano correr bem, estarei lá ao vivo para assistir a tudo!
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13 comentários:
Deixa lá de bater no Nélson a torto e a direito! O homem não esteve nada mal hoje. Irra, que embirração pá! ;)
Não esteve nada mal? esteve péssimo como quase sempre.
nao acho o nelson assim tao mal. isto e a habitual tentaçao dos nossos adeptos de ter alguem na fogueira.
de resto - nao estamos em 6º no ranking mas em 5º. a alemanha foi passada. por isso toca a torcer pelo real madrid em munique... e a torcer contra o werder bremen e leverkusen na uefa...
numeros:
golos
nuno gomes 10
miccoli 8
simao 8
katsouranis 7
asssistencias
simao 12 (inedito, nunca tinha passado das 7 nestes anos todos de benfica)
nuno gomes 6
nelson 5
katsouranis 4
katsouranis forever...
Embora o apuramento não tenha sido mais do que o cumprimento da 'obrigação' do Benfica, não deixa de ser meritório (pois como bem sabemos, nem sempre a superioridade teórica se concretiza em campo).
De qq forma, eu já sabia que a vitória estava assegurada, mesmo depois de termos sofrido o 1-0, pq encontrei o MB à hora do almoço ;-).
Poderíamos falar do facto de o Benfica ter 'concedido' ao Dínamo a oportunidade de se adiantar no marcador, mas o importante mesmo foi a capacidade de inverter o resultado negativo, o que é uma evolução em relação a alguns jogos desta época, em que o Benfica, em situação de desvantagem, e mesmo contra equipas inferiores, não foi capaz de o fazer e é sempre bom para aumentar os níveis de confiança da equipa.
Agora venha o PSG, que considero estar também ao nosso alcance.
Quanto ao futuro próximo para mim o Benfica enfrenta dois problemas:
- o desgaste do Katsouranis e a ausência de quem o substitua (há o Beto, mas esse não conta...), mais ainda agora que não podemos contar com o Nuno Assis, pois nesse caso o Karagounis poderia fazer um pouco o papel do Katsouranis nos jogos em casa, onde o papel defensivo do Katsouranis não é tão necessário.
- o posicionamento do Rui Costa em campo (desejando que ele recupere rapidamente), pois na minha opinião, o Benfica rende mais com o Simão a jogar na posição "natural" do Rui Costa, pois o Simão imprime mais velocidade ao jogo. Isto está também de alguma forma relacionado com a questão do Katsouranis, pois o Rui Costa, jogando na "ala" do losango, está sujeito a um maior desgaste...
A diferença no número de assistências do Simão para melhor é que ele agora marca os livres indirectos e os cantos quase todos. Como consequência disso passámos também a marcar mais golos na sequência desses lances. Anteriormente quem marcava esses lances era quase sempre o Petit, e era raro marcarmos algum golo.
D'Arcy: eu não embirro com o Nélson (nem com nenhum jogador do Glorioso, aliás). Só acho é que ele está muitos furos abaixo do que já produziu. Tem grande potencial, é inquestionável, mas ultimamente desceu muito de forma. E isso nota-se na forma como tem medo de partir para cima dos defesas quando está a atacar. O pior é que não temos alternativas a ele e não sei se esta falta de concorrência interna acaba por lhe ser prejudicial.
TMA: essa capacidade para inverter resultado negativo é salutar. Felizmente vão longe os tempos em que assim que sofríamos um golo já não conseguíamos melhor do que o empate.
Anónimo (10h29): estamos de facto em 5º lugar, mas para o ano será muito difícil não começarmos em 9º, já que "deitamos fora" o bom ranking de 2002/2003. Vai depender tudo da performance das nossas equipas para o próximo ano.
Os rankings das equipas portuguesas na UEFA são, como diria o Jaime Pacheco, uma faca de dois 'legumes'. Para mim Portugal está condenado a oscilar. Conseguir bons resultados obviamente leva a que mais equipas participem, mas por outro lado, neste momento apenas o Benfica e o FCP me parecem capazes de um desempenho minimamente consistente. A final da UEFA do SCP foi acidente de percurso e o desempenho deste ano do Braga dificilmente se repete.
Nacionais, Leirias e afins estão tipicamente condenados a cair na primeira ronda. Logo, a presença de muitos clubes acaba por não ser necessariamente benéfico para Portugal...
Para mim é muito simples, o Benfica tem de ser sempre campeão ou ficar, na pior das hipóteses, em 2º lugar. Assim terá sempre acesso (directo ou inderecto) à CL. Mesmo o 3º lugar garante a UEFA, o que seria um mal menor. O resto é problema dos outros clubes...
Estou de acordo contigo, TMA! I couldn't care less para as outras equipas portuguesas, o ranking de Portugal só me interessa mesmo na perspectiva do Glorioso. Especialmente naqueles anos maus em que ficamos em 3º lugar, mas mesmo assim podemos disputar a 3ª pré-eliminatória da Champions.
S.L.B.: piores foram os anos em que nem em 3º ficámos e nem à UEFA fomos. E o que mais me custou até foi o ano em que ficámos em 4º (o ano em que ficámos em 6º foi tão mau que realmente não merecíamos de todo ir à UEFA).
boas.
1º temos uma alternativa credivel ao nelson (a tentar contra um clube menor ou em casa, pra não haver crucifixão nocaso de falhar) que é o Miguelito. Tem que jogar!
2º Estava mesmo a contar ir ver o SLB a Paris, mas o trabalho trocou-me as voltinhas todas!!!!!!!!! grrrr
eu sei que começamos em baixo. perdemos um ano muito bom no somatório - mas se fores ver, a alemanha perde quase tantos pontos como nós.
o problema continua a ser a roménia, que vai perder um dos seus anos mais fracos. nos perdemos 10 pontos... eles perdem 2. e neste momento so estamos 2 pontos a frente deles... ou seja temos que lhes ganhar 6 pontos no que resta desta epoca mais a proxima.
holanda e rússia acho que passamos.
descansar o katsouranis? eu nao tenho duvidas. joao coimbra. nao ha que ter medo. ele tem bom toque e alguma inteligencia - e o beto nao.
ganda porto. cinco golos, quatro irregulares... pode ser quer nao voltem a ganhar campeonatos assim...
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