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sexta-feira, março 28, 2025

Benfica FM | Temporada 2001/02

Nesta 4ª feira, voltei a ter o prazer de estar com os meus amigos Nuno Picado e Bakero do Benfica FM para fazermos mais uma temporada do Glorioso. Como só me chamam para o Vietname, aqui vai mais uma sessão da nossa travessia do deserto de 11 anos sem ganharmos o campeonato (e oito sem qualquer troféu...). No entanto, esta época de 2001/02 foi a que nos permitiu voltar a sonhar com alguma consistência, porque a qualidade do plantel foi substancialmente melhorada, tendo dado frutos dois anos depois com a conquista da Taça (e o campeonato no ano seguinte). Foi a época em que Simão, Mantorras, Zahovic e Tiago (a meio dela), só para dizer alguns nomes, vieram para o Benfica. E também foi a época em que houve o último jogo no velho Estádio da Luz completo, por sinal uma roubalheira daquelas frente aos lagartos. Aliás, esta temporada foi marcada por alguns jogos em que houve autênticos assaltos à mão armada (nomeadamente essa trilogia Paços de Ferreira, lagartos e Boavista). Desfrutem!

quinta-feira, março 27, 2025

O Centro de Dia da Selecção

As provas nacionais pararam na semana passada para os quartos-de-final da Liga da Nações, em que a selecção nacional começou por ser derrotada na Dinamarca por 0-1, para três dias depois conseguir dar a volta à eliminatória e apurar-se para a final four com um 5-2, após prolongamento. Estes resultados são ambos muito enganadores, porque poderíamos ter trazido um cabaz de Copenhaga e aos 86’ do jogo da 2ª mão estávamos eliminados (2-2)...
 
A atitude burguesa da equipa na Dinamarca só não nos custou muito caro, por inépcia dos dinamarqueses e algumas boas defesas do Diogo Costa. Fizemos apenas dois(!) remates enquadrados com a baliza, ambos pelo Pedro Neto, e tivemos o Cristiano Ronaldo a jogar os 90’, com o Gonçalo Ramos na bancada... Só sofremos o golo aos 78’ pelo Höjlund, mas foi um milagre a eliminatória não ter ficado decidida.
 
Na 2ª mão, no estádio do outro lado da Segunda Circular, começámos por ter um penalty oferecido, que o Cristiano Ronaldo fez o favor de transformar num passe ao guarda-redes e só marcámos porque um defesa fez um autogolo aos 38’ num canto. Os dinamarqueses jogaram muitíssimo melhor do que nós em Copenhaga e empataram cedo na 2ª parte (Nissen, 56’). Revelámos sempre imensas dificuldades em criar perigo e só num remate de fora da área do Bruno Fernandes, com recarga do Cristiano Ronaldo depois de defesa do Kasper Schmeichel, aos 72’, voltámos a igualar a eliminatória. No entanto, um tremendo erro do Rúben Dias pouco depois (76’) permitiu ao Eriksen empatar o jogo e desempatar de novo a eliminatória. A quatro minutos do fim, foi o substituto Trincão a possibilitar irmos para prolongamento ao fazer o 3-2. Logo no primeiro minuto deste, o mesmo Trincão colocou Portugal finalmente na frente da eliminatória, para o também substituto Gonçalo Ramos (que só entrou porque o Cristiano Ronaldo pediu para ser substituído no final dos 90’...) fechar a contagem aos 115’.
 
Saímos deste duplo confronto praticamente com a certeza de que não é com o Roberto Martínez que iremos a algum lado. A selecção continua a estar montada em torno do Cristiano Ronaldo, só que ele já tem... 40 anos! Foi um peso morto em ambos os jogos, com a excepção do golo que marcou, mas viu-se bem a diferença na dinâmica da equipa no prolongamento, quando entrou o Gonçalo Ramos. Por outro lado, com tantos bons jogadores na selecção e alguns em grande forma, é incompreensível a insistência no Francisco Conceição, quando o Trincão está no banco. Entrou e decidiu o jogo a nosso favor (espero é que tenha gasto os golos todos até final da época nesta partida...!). Há lugares cativos na equipa e isso é imperdoável. Iremos defrontar a Alemanha nas meias-finais da final four, mas ou as coisas levam uma volta de 180º (o que não se está a ver bem como) ou vamos sofrer mais uma desilusão numa grande competição.

quarta-feira, março 19, 2025

Susto

Vencemos o Rio Ave em Vila do Conde (3-2) no passado domingo, mas, como todos os outros também ganharam, as distâncias mantiveram-se na frente. Depois de uma jornada europeia intensa, devo dizer que a equipa deu uma resposta bem melhor do que eu estava à espera e o resultado foi escasso perante tão grande domínio da nossa parte.

Num terreno tradicionalmente difícil, entrámos bastante bem na partida e começámos a criar perigo logo desde início. O Amdouni, a grande novidade no onze, teve uma boa oportunidade a passe do Aursnes, mas o remate rasteiro já dentro da área saiu ao lado. O Rio Ave respondeu num contra-ataque, mas o Clayton rematou muito por cima. Nós continuámos a tentar, numa dupla chance no mesmo lance pelo Bruma e Aursnes, ambas defendidas pelo guarda-redes Miszta. Eu estava com medo de ser um daqueles jogos em que nos fartamos de tentar, não conseguimos e o adversário marca na primeira ocasião real que tem, mas felizmente aos 30’ o Kökçü acabou com os meus temores com um golão de fora da área. Em cima do intervalo, o Pavlidis continuou o desperdício ao falhar um desvio já na pequena-área, na sequência de uma brilhante jogada do Amdouni na esquerda. Deveríamos ter chegado ao intervalo com a partida resolvida, mas estávamos só com a vantagem mínima.

Era fundamental alargar o marcador o mais cedo possível na 2ª parte, para nos colocarmos a salvo de um percalço e assim fizemos com um penalty sobre o Pavlidis, que o próprio marcou de maneira indefensável aos 53’. Com 2-0 a nosso favor e o jogo controlado, nada faria prever o que se passou a seguir. Uma perda de bola a meio-campo e uma falta intempestiva do Florentino provocou um livre perigoso à entrada da nossa área aos 64’, marcado pelo Aguilera com a bola a desviar no Pavlidis na barreira e a trair o Trubin. O Bruno Lage refrescou a equipa aos 75’, mas poucos segundos depois o Florentino teve um erro inacreditável numa saída de bola, deixando-se bater pelo Clayton, que só teve de fintar o Trubin e marcar...! Inimaginável! A 15’ do fim, estávamos empatados num jogo que já deveria estar resolvido há séculos. Felizmente, demos uma resposta cabal logo a seguir, aos 81’, com um passe fabuloso do Aursnes a desmarcar o entretanto entrado Aktürkoğlu, que contornou o guarda-redes e atirou para a baliza deserta. Poucos minutos volvidos, o mesmo Aktürkoğlu ficou cara-a-cara com o guarda-redes, depois de uma assistência do também entrado Leandro Barrreiro, mas a bola bateu caprichosamente no poste. O Rio Ave não mais criou perigo até final e resgatámos uma vitória justa, mas escusamente complicada.

Em termos individuais, o Kökçü terá sido dos melhores e não só pelo golão que marcou. O nosso jogo ofensivo passou muito por ele, o qual, apesar do Ramadão, se apresentou em boa condição física. O Pavlidis continua a sua senda goleadora, com um penalty marcado de forma exemplar, no entanto, deveria ter feito um bis, porque aquele falhanço em cima do intervalo é quase imperdoável. O Amdouni teve algumas acções de génio, mas por vezes ausenta-se muito do jogo. O Belotti entrou muito bem na parte final e foi importante para tornarmos a estar na frente, porque o golo da vitória começou nele. Do lado negativo, destaque absoluto para o Florentino, que está ligado aos dois golos do adversário.

O campeonato irá parar agora para o play-off da Liga das Nações e, quando voltar, espera-nos um calendário muito complicado. Temos saídas dificílimas e há que manter o foco durante os 90’, porque o que se passou neste jogo não se pode voltar a passar, sob pena de não termos tanta sorte...

quinta-feira, março 13, 2025

Previsível

Fomos derrotados pelo Barcelona (1-3) na 3ª feira e dissemos adeus à Liga dos Campeões. Se não tínhamos aproveitado para ganhar um jogo em casa contra 10 na semana passada, era muito difícil ser agora que o iríamos fazer contra onze no terreno de um dos adversários mais temíveis do futebol europeu. Até entrámos bem na partida, mas o Barcelona é muito superior e nem teve de atingir os seus limites para ganhar com tranquilidade.

Com o regresso do Florentino ao onze e alinhando com possivelmente a camisola mais feia de toda a nossa história (é inacreditável como alguém no Benfica tenha deixado passar isto...!), tentámos fazer pressão alta logo desde o início, mas, a partir do momento em que o Barça a ultrapassava, criava o pânico na nossa defesa. Aos 11’, o inefável Raphinha continuava o seu caminho de ser a nossa besta negra deste ano ao inaugurar o marcador depois de um remate mal efectuado pelo Lamine Yamal, que se converteu numa assistência para o brasileiro. Reagimos muito bem e o Otamendi empatou no minuto seguinte, numa cabeçada, depois de um canto do Schjelderup, aproveitando um ligeiro desvio do Lewandowski. O Barça era naturalmente mais dominador, enquanto nós falhávamos algumas vezes por adornarmos os lances na parte final, em vez de ser mais pragmáticos. Aos 27’, os catalães puseram-se novamente em vantagem pelo Lamine Yamal num golão em arco de fora da área. Depois disto, tivemos mais dificuldades em responder e o Barça sentenciou a eliminatória aos 42’ no bis do Raphinha, depois de um contra-ataque que se seguiu a uma má decisão do Aktürkoğlu perto da baliza adversária (calcanhar em vez de um passe mais fácil e fomos apanhados em contrapé pela arrancada do Baldé).

Na 2ª parte, os catalães baixaram (e muito) o ritmo, mas sem nunca perderem o controlo do jogo. Ainda metemos a bola na baliza pelo Aursnes, mas o Pavlidis estava fora-de-jogo no início da jogada. Continuámos a tentar ao longo dos segundos 45 minutos, mas sem nunca conseguimos verdadeiramente colocar o Barça em sentido. O Bruno Lage, para variar, lá tirou o Schjelderup (é sempre dos primeiros a sair, não há que saber...) e colocou o Amdouni (também saiu o Aktürkoğlu para entrar o Renato Sanches), mas ficámos a perder, porque o suíço passou um pouco ao lado da partida. O Barça só não alargou a vantagem, porque o De Jong falhou uma emenda perto da pequena-área. Até final, ainda houve uma boa jogada individual do Renato Sanches culminada com um péssimo remate de pé esquerdo muito por cima e uma cabeçada do Amdouni que iria na direcção da baliza, se não fosse ter ficado nos pés do Koundé antes de lá chegar.

Em termos individuais, o Otamendi terá sido o melhor e não só pelo golo, já que se fartou de cortar bolas, estando sempre muito em jogo. Saúda-se o regresso do Florentino, embora se tenha percebido que não estava na sua melhor forma. O Aursnes também esteve muito bem, especialmente na 2ª parte. Já os turcos (Kökçü e Aktürkoğlu) estiveram no pólo oposto, provavelmente como consequência do Ramadão. O Schjelderup, infelizmente, deve ter feito dos últimos minutos da temporada, porque já se percebeu que o Lage não gosta nada dele e vai preferir sempre o Bruma para aquela posição. O Pavlidis não esteve mal, com a ressalva negativa para os inúmeros foras-de-jogo em que foi apanhado.

Iremos no domingo a Vila do Conde antes da pausa para a selecções. Terá havido tempo de descanso suficiente desde Barcelona e espera-se uma vitória, apesar de ser um campo tradicionalmente difícil. Foco total no campeonato a partir de agora!

terça-feira, março 11, 2025

Tranquilo

Vencemos o Nacional no passado sábado por 3-0 e mantivemos os três pontos de distância para a lagartada (com menos um jogo), que ganhou no Casa Pia por 3-1, tendo aumentado para seis frente ao CRAC, que foi derrotado em Braga (0-1). Não gosto nada de ter jogos do Benfica no dia dos meus anos (apesar deste momento inultrapassável), porque, se por acaso corre mal, fico com o dia obviamente estragado, mas claro que uma vitória do Glorioso e uma derrota do CRAC deram-me uma dupla prenda muito saborosa.

Com o regresso dos suplentes por estarmos a meio da eliminatória da Champions frente ao Barcelona, eu tinha pedido um jogo calmo e decidido relativamente cedo para não me enervar em dia de aniversário, e o Benfica fez-me a vontade. Abrimos o marcador logo aos 5’ pelo Amdouni, depois de uma recuperação do Dahl a aproveitar um mau passe do guarda-redes Lucas França na saída de bola. No entanto, este guarda-redes esteve em grande minutos depois ao defender um remate do Belotti e principalmente outro do Amdouni, que ainda estou para saber como não entrou... Aos 19’, penalty a nosso favor, por derrube sobre o Belotti, que o Kökçü converteu sem hipóteses para o Lucas França, fazendo o 2-0. Até ao intervalo, poderíamos (e deveríamos) ter resolvido a partida de vez, mas o guarda-redes continuava a exibir-se em bom plano e os nossos avançados mantinham-se perdulários, com realce para uma boa jogada de combinação entre o Amdouni, Kökçü e Belotti, com este a permitir a intervenção do guarda-redes na cara deste. Em cima do intervalo, o VAR Sr. Ricardo Baixinho sinalizou um pequeno toque do António Silva num avançado e o árbitro Sr. André Narciso assinalou penalty contra nós. Teria sido péssimo ir para o descanso com o jogo, que já deveria estar mais do que resolvido nesta altura, em aberto, mas felizmente o Samuel Soares fez uma magnífica defesa ao penalty do Dudu.

A 2ª parte começou praticamente com uma bola à barra do Bruma numa jogada de contra-ataque e, pouco depois, o mesmo Bruma estava em fora-de-jogo quando fez a assistência para o Dahl, que assim viu ser anulado um golão seu de pé direito de fora da área. Dez minutos depois do recomeço, uma perda de bola em zona perigosa do Amdouni deu ao Nacional a única verdadeira oportunidade, mas o remate do Dudu já na pequena área saiu felizmente ao lado. Daqui até final, a partida foi-se arrastando sem que nós conseguíssemos criar grande perigo, mesmo com a entrada de alguns titulares, até que mesmo em cima dos 90’, num livre para a área, um defesa do Nacional colocou a mão na bola e o entretanto entrado Pavlidis marcou um dos melhores penalties de que me lembro: golo ao canto superior esquerdo da baliza, sem a mínima hipótese para o Lucas França. Fazíamos o 3-0 selando uma vitória tranquila, tal como eu tinha pedido.

Em termos individuais, o Amdouni esteve em destaque durante a 1ª parte, mas depois decaiu a seguir ao intervalo, assim como o Kökçü. Quanto ao Dahl, é mesmo para exercer a opção o mais depressa possível, porque já ninguém duvida que é uma mais-valia. O Belotti falhou um golo feito, mas é um upgrade em relação ao Cabral como suplente do Pavlidis. O Samuel Soares foi muitíssimo importante com aquele penalty defendido que, a ser concretizado, tornaria a 2ª parte muito mais stressante. O Otamendi atravessa uma das melhores fases do ano.

Jogamos daqui a algumas horas em Barcelona o acesso aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. Será uma missão (quase) impossível, mas o que se exige é que a equipa esteja à altura da história do clube e dê a maior luta que conseguir. De qualquer forma, o jogo em Vila do Conde no próximo domingo é que é fundamental.

quinta-feira, março 06, 2025

Desperdício

Perdemos ontem na Luz com o Barcelona (0-1) e irá ser preciso um milagre para nos qualificarmos para os quartos-de-final da Champions. Até porque esse milagre aconteceu nesse jogo, com a expulsão do central Cubarsí logo aos 22’, que nos deixou em superioridade numérica durante grande parte do encontro e permitiu que o nivelássemos, porque enquanto estivemos 11 para 11, o domínio dos catalães foi enorme. Infelizmente, não soubemos aproveitar essa vantagem e não só não conseguimos marcar, como ainda nos demos ao luxode sofrer, estabelecendo um recorde negativo (nunca uma equipa da casa tinha perdido um jogo na Champions estando tanto tempo a jogar com mais um...).

O Bruno Lage não inventou e colocou a equipa expectável, com o regresso do Leandro Barreiro ao meio-campo e o Dahl no banco. Logo aos 20 segundos(!), tivemos uma óptima ocasião através do Aktürkoğlu, que viu o seu remate ser defendido pelas pontas dos dedos(!) do Szczesny para canto. O Leandro Barreiro também teve uma chance nos minutos iniciais, mas não acertou com a baliza, enquanto do outro lado foi o Dani Olmo a atirar a rasar o nosso poste. A partir daí e até à expulsão, o Barça dominou completamente, com o Trubin a efectuar uma magnífica defesa a três tempos(!), provavelmente, a melhor desde que chegou à Luz. Até que se deu aquele lance em que o Pavlidis furou brilhantemente no meio da defesa contrária e sacou a expulsão ao Cubarsí. No livre, o Szczesny defendeu o remate do Kökçü e o domínio do jogo passou a ser naturalmente nosso a partir daí. No entanto, só numa cabeçada do Aktürkoğlu perto do intervalo é que estivemos perto do golo, com nova defesa do guarda-redes polaco. Logo depois da expulsão, o Hansi Flick tirou o Dani Olmo e colocou outro central, o Ronald Araújo, e conseguiu fechar bem os caminhos para a sua baliza durante a maior parte do tempo.

Na 2ª parte, aumentámos o ritmo e consequentemente criámos mais perigo. Mas, nessa altura, entrou em grande o factor desperdício. Começou logo pelo Pavlidis a desviar por cima um centro da esquerda, para logo a seguir ser o Aursnes a rematar fraco quando estava em óptima posição, depois de nova jogada na esquerda do Schjelderup. As nossas jogadas de ataque eram todas predominantemente por este lado e o Schjelderup teve outra oportunidade, com um remate mal enquadrado. Até que aos 60’, aconteceu o balde de água fria com um mau passe do António Silva (que até estava a fazer um bom jogo...) numa saída para o ataque a ser interceptado pelo Raphinha, que rematou de fora da área, com a bola ainda a ser ligeiramente desviada pelo Otamendi e caprichosamente a entrar no canto inferior direito da baliza do Trubin. Deu a sensação que, sem esse desvio, iria ao lado. Sentimos bastante o golo sofrido e nunca mais tivemos a preponderância desses primeiros 15’ da segunda parte, embora, logo a seguir ao golo, o Kökçü tenha tido um remate de pé esquerdo à entrada da área, que saiu ao lado, quando poderia ter feito bem melhor. Para a nossa baixa de produção, muito contribuiu o Bruno Lage na altura das substituições. O Tomás Araújo já tinha saído antes do golo por problemas físicos para a entrada do Dahl, mas aos 70’ o Lage resolveu tirar o Schjelderup, que estava a ser de longe o nosso jogador mais perigoso, e o Leandro Barreiro para entrarem o João Rêgo e Belotti. E isto com o Aktürkoğlu a estar completamente fora dela desde o início da 2ª parte...! É incompreensível que o Bruno Lage vá para o campo já com ideias definidas sobre a saída do Schjelderup, independentemente do modo como ele esteja a jogar... É que só pode ser isso, não há outra explicação! Por isso, pela segunda vez na vida, assobiei veementemente uma substituição de um treinador do Benfica (só comparável à saída do João Neves contra o Farense no ano passado, feita pelo Schmidt)! Como se isso já não bastasse, nunca até hoje jogámos grande coisa com dois pontas-de-lança em campo, mas havia mesmo de ser contra o Barça que o iríamos fazer... Enfim...! Mas lá fomos tendo mais algumas oportunidades, nomeadamente com um remate do Aktürkoğlu já na área (que tirou a bola ao Aursnes que vinha embalado de trás!) a ser defendido sem grande dificuldade pelo Szczesny, e, já no final, com outro do regressado Renato Sanches a ser defendido com mais dificuldade pelo polaco. Pouco antes disso, houve um penalty sobre o Belotti, mas que foi revertido pelo VAR, por milimétrico fora-de-jogo do italiano.

Em termos individuais, o Schjelderup foi dos melhores, especialmente na 2ª parte, mas infelizmente, o Bruno Lage nunca o deixa jogar até aos 90’. O Pavlidis também esteve muito bem, exceptuando no que se refere à finalização, mas é indiscutível que atravessa uma fase de grande confiança. O Carreras levou um amarelo e irá fazer muita falta em Barcelona. O Trubin teve aquelas três defesas no mesmo lance e, só por isso, merece igualmente uma menção. O António Silva acaba por estar ligado ao resultado, o que é pena, porque nem tinha estado nada mal até então. Já o Otamendi fez o seu 100º jogo na Champions com uma boa exibição.

Graças a esta norma da UEFA que nunca ninguém me conseguiu explicar (porque é que umas equipas têm oito dias entre jogos e outras seis...!), não vamos ter descanso quase nenhum com a partida frente ao Nacional no sábado e a ida a Barcelona na 3ª feira. Dito isto, é bom que não nos desconcentremos frente aos madeirenses, principalmente depois deste resultado que nos coloca praticamente fora da Liga dos Campeões.

P.S. – Andaram a tentar durante vários anos e finalmente parece que vão conseguir...! Por volta dos 35’, os No Name não se lembraram de melhor do que reeditar o que fizeram no jogo frente ao CRAC e que, na altura, desconcentrou a equipa a ponto de sofrer o golo do empate: acenderam uma quantidade inacreditável de pirotecnia e fizeram com que o jogo tivesse de ser interrompido durante uns minutos! Como estávamos com uma pena suspensa da UEFA por causa disto mesmo, agora é que eles devem mesmo conseguir interditar o Estádio da Luz! Espero é que tenhamos sorte e que seja só o sector onde eles estão, tal com o aconteceu com as claques da lagartada. Eu gostava muito de perceber o que vai na cabeça desta cambada de acéfalos para, depois de todos os avisos que tivemos da UEFA, continuar a fazer isto! Ou melhor, se calhar até, sei: não vai nada na cabeça deles, porque simplesmente não há nada lá dentro! Só isso explica este comportamento infame!

sábado, março 01, 2025

A caminho do Jamor

Vencemos o Braga (1-0) na Luz na passada 4ª feira e qualificámo-nos para as meias-finais da Taça de Portugal, onde iremos defrontar o Tirsense do Campeonato de Portugal. Dado que é um adversário do quarto escalão do futebol nacional, que está a lutar para não descer às distritais e que é uma eliminatória a duas mãos, era só o que mais faltava não irmos à final da Taça em Maio. Seria o maior escândalo da nossa história.

Sabedor que este era verdadeiramente o jogo que decidida a ida à final, o Bruno Lage voltou a apostar na equipa mais forte, com as novidades Dahl e Bruma em vez dos habituais Leandro Barreiro e Schjelderup (de quem decididamente o Lage não gosta muito...). Entrámos muito bem na partida e o Aktürkoğlu atirou ao poste, depois de um bom lance individual, com o Pavlidis a não conseguir marcar na recarga. Pouco depois, o Braga teve a única verdadeira oportunidade numa cabeçada do Racic num canto que saiu a rasar o poste, num lance em que o António Silva foi, à semelhança de muitos outros iguais, mais uma vez batido... O Bruma ainda meteu a bola na baliza, mas o Pavlidis estava fora-de-jogo no decurso da jogada e o guarda-redes Horníček defendeu um remate do Aktürkoğlu, bem desmarcado pelo Kökçü, até que aos 38’ marcámos finalmente num bom remate do Pavlidis de fora da área, depois de uma assistência do Dahl, que a aproveitou um mau passe do Paulo Oliveira. Era um golo mais do que merecido tamanhas foram as oportunidades que tivemos e, em cima do intervalo, foi o Kökçü a não conseguir desviar quase sobre a linha um centro do Carreras. Ou seja, deveríamos ter chegado ao descanso com a eliminatória resolvida e o jogo ainda ficou em aberto.

Na 2ª parte, o ritmo não foi tão elevado, mas tivemos uma soberana ocasião para fechar a partida, pouco depois do reinício,  com o Bruma isolado pelo Carreras a permitir a defesa do Horníček. Logo a seguir, foi o Pavlidis a não conseguir acertar bem na bola depois de um centro do Aktürkoğlu, que desviou num defesa. O extremo Roger era o jogador mais perigoso do Braga, mas conseguimos controlá-los minimamente e não permitimos grandes chances para marcarem. Foi, aliás, nossa a melhor ocasião até final, com o entretanto entrado Schjelderup a ter uma boa jogada individual, culminada com um remate defendido pelo guarda-redes, mas o norueguês deveria ter dado para o lado, porque o Belotti estava isolado... Não merecíamos ter ansiado tanto pelo final do jogo pelas enormes oportunidades que tivemos para o resolver mais cedo.

Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter decidido a eliminatória. O Kökçü também esteve em bom plano, especialmente na 1ª parte, juntamente com o Aktürkoğlu na direita. O Dahl não esteve tão bem como em partidas anteriores, mas existem já poucas dúvidas sobre termos de exercer a opção de compra. O Bruma fez o jogo mais fraco desde que está no Benfica, o Otamendi esteve imperial na defesa e o Samuel Soares acabou por ter pouco trabalho.

Teremos agora uma semana para preparar o Barcelona, dado que a ida ao Gil Vicente foi adiada para o final do mês. Mas convém não nos esquecermos que o campeonato (e a Taça) são as nossas prioridades.

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Supremacia

Vencemos o Boavista na Luz (3-0) no passado sábado numa jornada assaz favorável para as nossas cores, já que os outros dois empataram: a lagartada 2-2 na Vila das Aves e o CRAC 1-1 em casa frente ao V. Guimarães, com os golos do empate dos adversários a surgirem em ambos os casos já perto do final da partida, o que deu logo outro sal à coisa...! Assim sendo, estamos agora em igualdade pontual com os verdes no 1º lugar e vimos os azuis alargarem a distância para nós para seis pontos.

Perante o último classificado e depois de uma jornada europeia, o Bruno Lage promoveu novamente a rotação da equipa. E começou logo pela baliza, com o Samuel Soares a substituir o Trubin, que esteve longe de estar bem frente ao Mónaco e é bom que sinta que o lugar não esteja completamente seguro. O Leandro Santos voltou à lateral-direita e a frente de ataque foi toda renovada, com o Belotti, Amdouni, Bruma e Dahl. Começámos numa toada muito morna, com o Amdouni a falhar uma oportunidade clamorosa, de peito, em cima da baliza, depois de um canto. O Boavista, com muitos reforços de Inverno, mas ainda quase nada entrosados com a equipa, não criava perigo praticamente nenhum e fomos nós a abrir o marcador aos 28’ numa boa jogada do Bruma pela esquerda, com assistência para o Belotti na área desfeitear o guarda-redes. Até ao intervalo, foi o italiano a estar em destaque com um remate de primeira ao poste, depois de centro na direita, e outro bem defendido pelo Vaclik (a primeira de uma série inacreditável de defesas), que não se percebe como é que estava desempregado...

Tudo se tornou ainda mais desequilibrado pouco depois do intervalo com a (justa) expulsão do Reisinho por ter atingido com os pitons a perna do Kökçü. Teve seguimento o nosso festival de desperdício, com o Vaclik a continuar a ser o grande responsável. O Amdouni e o Bruma viram-no defender quando estavam isolados perante ele, com o Belotti também a ter uma ocasião em que o guarda-redes defendeu com o ombro. Foi preciso entrar o Pavlidis para que fizéssemos o golo da tranquilidade aos 70’, ao desviar para a baliza uma assistência do Aktürkoğlu, também entrado, na direita depois de ser desmarcada por um passe do Kökçü. Logo a seguir, o Vaclik fez possivelmente a sua melhor defesa, quase à queima-roupa, num remate de recarga a meias entre o Kökçü e o Pavlidis. Até que aos 77’ fechámos de vez a partida com o 3-0 num penalty indiscutível sobre o Dahl, que o Kökçü marcou sem espinhas. Até final, ainda deu para entrar novamente o Nuno Félix e para a estreia do Diogo Priostes na equipa principal.

Em termos individuais, o Dahl foi para mim o melhor em campo. Muito inteligente a jogar, com boa capacidade técnica, está a ser uma indiscutível mais-valia. É bom que preparemos 8 M€ para exercer a opção de compra à Roma. O Belotti também esteve em destaque, em especial na 1ª parte, com um golo e mais duas chances que lhe poderia ter valido um hat-trick. O Bruma ficou em branco, mas teve intervenção no primeiro golo e está a revelar-se igualmente muito útil, porque deu rendimento imediato. Sem ter de forçar muito, no geral, toda a equipa se exibiu a um nível satisfatório.

Defrontaremos amanhã o Braga nos quartos-de-final da Taça e, em caso de vitória, jogaremos as meias-finais frente a uma equipa do Campeonato de Portugal, pelo que temos uma completa via aberta para ir ao Jamor. Estamos em todas as frentes, mas há que chegar aos jogos decisivos, pelo que a concentração competitiva é fundamental nesta fase, em que a equipa começa a revelar algum desgaste físico.

quinta-feira, fevereiro 20, 2025

Susto

Empatámos com o Mónaco (3-3) na passada 3ª feira e garantimos um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Eu bem tinha ficado com a sensação de que ainda poderíamos lamentar termos desperdiçado uma óptima oportunidade de acabar com a eliminatória em França, depois de estarmos em vantagem numérica, e este jogo confirmou essa suspeita. Sofremos a bom sofrer e só a seis minutos do final é que nos livrámos do prolongamento.
 
O regresso (antecipado) do Aursnes foi a grande novidade no onze. Tivemos logo uma grande ocasião nos primeiros minutos, com um desvio do Leandro Barreiro num livre para a área a ser defendido pelo guarda-redes Majecki. Mas a resposta foi praticamente imediata com o Trubin a fazer bem a mancha perante um adversário. No entanto, fomos nós a inaugurar o marcador aos 22’ numa boa jogada individual do Pavlidis a bater um defesa, depois de o Barreiro ter ganho a bola na pressão sobre outro defesa, e assistir o Aktürkoğlu do lado oposto, que marcou em carrinho. O Mónaco reagiu bem ao golo sofrido e o Embolo atirou de cabeça ao poste, para logo a seguir chegar à igualdade aos 32’ através do Minamino, num remate em que o Trubin foi mal batido, depois de um lançamento lateral a nosso favor! O Schjelderup rematou fraco, quando estava em relativa boa posição, mas mesmo em cima do intervalo foi o Embolo a falhar escandalosamente o segundo golo, num contra-ataque em que ficou só com o Trubin pela frente, mas atirou muito por cima.
 
Não estivemos nada confortáveis no jogo durante a quase totalidade da 1ª parte e a tendência não se alterou no início da 2ª. A falta do muro Florentino neste tipo de partida nota-se sobremaneira e, aos 52’, a eliminatória ficou igualada: jogada na direita conduzida pelo fantástico Akliouche e remate do Ben Seghir já dentro da área, com o Trubin a nem se mexer. Era óbvio que o Bruno Lage tinha de fazer alguma coisa e retirou o muito apagado Schjelderup e o Aktürkoğlu para colocar o Dahl e o Amdouni. Melhorámos bastante com estas substituições, ficando mais próximo de um 4-4-2, com o suíço a fazer companhia ao Pavlidis e o Aursnes a derivar para a direita. Começámos a surgir no meio-campo ofensivo com outro peso, embora os monegascos nunca tivessem descurado o contra-ataque. Aos 72’ beneficiámos de um penalty de VAR, por falta sobre o Aursnes, que o Pavlidis concretizou da melhor maneira quatro minutos depois. Do modo como estava a partida, todos pensámos que estava feito, mas o que é certo é que um erro do Otamendi, que foi à queimasobre um adversário e perdeu no confronto físico, proporcionou ao recém-entrado Ilenikhena isolar-se e fazer o 2-3 aos 81’, com um remate em que, mais uma vez, o Trubin foi muito mal batido, com a bola a passar-lhe por baixo do corpo. O que nos valeu foi que aos 84’, o Kökçü desviou ligeiramente um óptimo centro do Carreras para a área e restabeleceu a igualdade para nós. Foi a loucura completa no estádio! Até final, ainda deu para o árbitro assinalar novo penalty a nosso favor, mas desta vez revertido pelo VAR, porque considerou que foi o Dahl a tocar no pé do defesa e não o contrário. Perdemos a hipótese de ganhar o jogo, mas conseguimos o mais importante com a qualificação para os oitavos.
 
Em termos individuais, destaque para o Pavlidis com um golo e uma assistência, para o Kökçü, pelo golo decisivo e por uma 2ª parte em que subiu exponencialmente de produção, depois de uma 1ª em que o jogo lhe passou ao lado, e para o Dahl (e Amdouni) que ajudaram bastante à melhoria da equipa com a suas entradas. Ao invés, o Otamendi já teve melhores noites, o Tomás Araújo pareceu não completamente recuperado dos problemas físicos e, principalmente, o Trubin ficou muito ligado a dois dos golos sofridos.
 
Teremos amanhã o sorteio para saber se nos irá calhar o Liverpool ou o Barcelona. Eu preferia este último, mas o nosso principal foco tem é de estar na recepção ao Boavista no sábado e no campeonato nacional.

segunda-feira, fevereiro 17, 2025

Crucial

Vencemos no sábado o Santa Clara nos Açores por 1-0 e, com o empate da lagartada em casa frente ao Arouca (2-2), reduzimos distância para o 1º lugar para dois pontos, com o CRAC a manter-se atrás de nós os mesmos quatro (venceu o Farense fora por 1-0, com o golo a ser precedido de falta claríssima, não assinalada nem pelo árbitro Tiago Martins, nem pelo VAR Bruno Esteves...!). E o fim-de-semana ainda poderia ter sido melhor, porque a lagartada esteve a jogar com menos um durante grande parte da 2ª parte e o Arouca teve duas soberanas ocasiões perto dos 90’...!
 
Com esta questão do calendário da Champions que nunca ninguém me explicou a razão (porque raio umas equipas jogam na 3ª e na 4ª, tendo oito dias entre jogos, e outras 4ª e 3ª, tendo seis dias, com jogos nacionais no fim-de-semana?! Porque é que não se joga 3ª e 3ª e 4ª e 4ª, ficando sempre com sete dias entre jogos, tal como na Liga Europa...?! Não seria mais justo?), vamos ter três jogos em seis dias e, portanto, o Bruno Lage fez uma revolução no onze, dando a titularidade a três reforços de Janeiro (Brumo, Dahl e Belotti) e estreando o jovem Leandro Santos como titular na lateral direita. Confesso que fiquei muito apreensivo por ver esta equipa, porque é óbvio que estávamos a dar prioridade à Liga dos Campeões em detrimento do campeonato, sendo que, se passarmos o Mónaco, iremos defrontar o Liverpool ou o Barcelona...! Portanto, é uma estupidez dar prioridade à Champions, além de que, se tivéssemos aproveitado como devíamos a vantagem numérica no Mónaco, poderíamos já ter a eliminatória resolvida...! Como se tudo isto já não bastasse, íamos ao terreno do 5º classificado e uma das surpresas do campeonato, pelo que havia tudo para correr mal.. Felizmente, enganei-me!
 
O jogo começou com duas flagrantes oportunidades para ambos os lados, com o Trubin a salvar-nos depois de uma escorregadela do Carreras, que deixou o Vinícius Lopes isolado, e o Belotti a ter um dos falhanços do ano, ao não conseguir desviar para a baliza deserta uma bola por si rematada e que tinha sido defendida pelo guarda-redes, Gabriel Batista. Inacreditável! Pouco depois, por volta do quarto-de-hora, o guardião ucraniano entrou novamente em acção, defendendo o remate do Ricardinho também completamente isolado. A partir daqui, não mais o Santa Clara teve tão flagrantes oportunidades e foi nossa a melhor até ao intervalo numa cabeçada do António Silva à barra, na sequência de um livre.
 
A 2ª parte começou com a entrada do Kökçü para o lugar do Florentino, que até estava a ser dos melhores em campo. Pareceu estupidez do Lage, mas soubemos ontem que temos mais um lesionado para a colecção...! Outra lesão muscular e mais umas semanas de fora, desta feita para o único verdadeiro trinco que temos...! Com a presença do turco melhorámos em termos atacantes, mas foi o Santa Clara o primeiro a criar perigo, com o Trubin novamente em destaque ao defender um remate cruzado da esquerda. No entanto, fomos nós a chegar à vantagem aos 55’ num cruzamento rasteiro do Amdouni na direita, que o Bruma desviou para a baliza com o pé de apoio (o esquerdo)! Ou seja, acabámos por ter muita sorte porque o nosso nº 27 ia tendo o maior falhanço do ano, mesmo considerando a chuva e o estado do relvado... Era fundamental colocarmo-nos na frente primeiro e conseguimos controlar melhor a partida a partir do 1-0. O Leandro Barreiro teve um disparo num livre que passou a rasar o poste e nos últimos 15’ ficámos com mais um em campo, por via da expulsão do Sidney Lima (se fosse eu, jogador meu, que já tivesse um amarelo e fizesse uma falta daquelas, ficava longas temporadas sem jogar...!). Porém, não foi por isso que não sofremos até final, com um remate ao lado já dentro da área num ressalto de um livre, que passou muito perto do poste, e com um cruzamento da esquerda, em que o Trubin voltou a resolver, desta vez à segunda. Em termos atacantes, foi o entretanto entrado Pavlidis a ter a última chance, já para lá dos 90’, num remate de pé esquerdo, bem defendido pelo guarda-redes Gabriel Batista., se bem que, se tivesse aberto na esquerda, tinha o Aktürkoğlu completamente isolado. Mas, felizmente, não foi necessário este golo para vencermos a partida.
 
Em termos individuais, destaque para o Bruma pelo golo, o Florentino estava a fazer uma óptima 1ª parte antes de se ter lesionado e gostei dos novos laterais – Leandro Santos e Dahl. Outra figura incontornável desta vitória foi o Trubin que nos manteve a balizar a zeros em mais do que uma ocasião. O Belotti dá muita luta, mas não pode falhar golos daqueles, pelo que o lugar do Pavlidis não está em risco.
 
Iremos amanhã defrontar o Mónaco para tentar chegar aos oitavos-de-final da Liga do Campeões, mas é no campeonato que temos de concentrar todo o nosso esforço. Só espero é que as lesões nos larguem de vez...!

quinta-feira, fevereiro 13, 2025

Imperdoável

Fomos ao Mónaco ontem vencer por 1-0 e colocarmo-nos em vantagem no play-off de acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. No entanto, saí do jogo com um enorme sentimento de frustração, dado que perdemos uma oportunidade de ouro de sair de França com a eliminatória resolvida, dado que jogámos contra dez durante grande parte da etapa complementar.

Com a equipa-tipo de volta, até nem entrámos mal nos primeiros minutos, com um remate de longe do Carreras ao lado e uma perda de bola infantil dos monegascos, com o Pavlidis e Aursnes a fazerem o mais difícil, que foi não terem criado perigo nenhum. Do outro lado, valeu-nos o Trubin num remate sob o lado esquerdo, fazendo uma grande defesa para canto. Depois daqueles dois lances, deixámos que o Mónaco tomasse conta da partida praticamente até ao intervalo. No então, apesar de entrar na nossa defesa com relativo à-vontade, não chegou a colocar o Trubin muito à prova. Mesmo antes do final dos primeiros 45’, tivemos duas óptimas ocasiões, num remate do Carreras de pé direito, depois de boa jogada do Pavlidis, defendido pelo guarda-redes (não se percebe porque é que não rematou de primeira com o pé esquerdo...) e um desvio de calcanhar do António Silva, depois de um remate de primeira do Aktürkoğlu na sequência de um canto, que também não passou muito longe do poste.

A 2ª parte não poderia ter começado melhor, com o nosso golo a surgiu logo aos 48’ de uma óptima abertura do Tomás Araújo para o Pavlidis (mesmo no limite do fora-de-jogo!), que bateu o defesa (embora este tenha sido um pouco anjinho...!) e depois picou a bola com muita classe por cima do guarda-redes. Um golão! Quatro minutos depois, o jogo tornou-se ainda mais fácil para nós, dado que o Al Musrati pediu o segundo amarelo para o Carreras ao árbitro e este, ao invés, mostrou-lhe a ele. Eu sei que está nas regras, mas acho que o Sr. Maurizio Mariani poderia ter usado mais o senso comum e não mandar um jogador para a rua por causa daquilo... Com mais um elemento em campo, tínhamos uma oportunidade de ouro para decidir já a eliminatória a nosso favor. Mas infelizmente não só não o conseguimos, como em muitas alturas deu a sensação, pela falta de intensidade atacante, de que estávamos satisfeitos. O Bruno Lage veio dizer no final que não tivemos killer instinct, mas quem o tem de fornecer à equipa é ele! Até parece que está fora de todo o processo...! Claro que tivemos oportunidades para aumentar a vantagem, sendo a do Pavlidis , porventura, a maior delas todas, com um desvio já na pequena-área a centro do Schjelderup, que o Majecki defendeu. Também o entretanto entrado Amdouni falhou claramente um remate na área, que teria dado golo. Terminámos o jogo com três(!) pontas-de-lança em campo, mas desperdiçámos esta soberana hipótese. Se, por acaso, alguma coisa correr mal no jogo de cá, bem podemos lamentar esta oportunidade perdida. E, como se já não bastasse isto, ainda vimos o Tomás Araújo e o Di María (entrado na 2ª parte), saírem lesionados. O argentino tem um problema muscular e vai certamente parar durante uns tempos.

Em termos individuais, destaque para o Pavlidis pelo golão que marcou. O Florentino voltou a estar imperial no meio-campo, mas teve de sair mais cedo, por causa do amarelo que levou e que o vai afastar da 2ª mão. O Otamendi comandou as tropas defensivas da melhor maneira. Todos os outros estiveram num nível médio, com o Leandro Barreiro a ser dos que melhor entraram vindos do banco.

Nunca percebi porque é que, na Champions, há equipas que têm oito dias entre jogos e outras seis. Vai ser o nosso caso desta vez, ainda por cima com a dificílima deslocação a casa do Santa Clara pelo meio. Vão ser dias muitos intensos, com pouco descanso e, para complicar ainda mais as coisas, com lesionados na equipa. Veremos que temos estofo para isto...

terça-feira, fevereiro 11, 2025

Sofrido – parte II

Vencemos o Moreirense no passado sábado por 3-2 e aproveitámos o empate da lagartada em Mordor (1-1) para estar agora equidistante dos dois: quatro pontos à frente do CRAC e a quatro dos verdes. Conseguimos o mais importante, mas foi uma partida muito parecida com a da Amadora, em que ficámos a ganhar por dois golos muito cedo e acabámos com o credo na boca.
 
Quando aos 15’, o Pavlidis já tinha feito um bis com um penalty aos 7’ e um remate na pequena-área na sequência de um canto, estava longe de imaginar o que viria a seguir. Resolver cedo um jogo antes das competições europeias é algo que todas as equipas ambicionam, mas o jogo voltou a reabrir aos 19’ quando o Moreirense reduziu pelo Benny, com a bola ainda a desviar no Otamendi, num lance um pouco consentido da nossa parte, dado que resultou de um lançamento lateral a favor deles. Abanámos um bocado e poderíamos ter sofrido um empate também num canto, mas um jogador à beira da baliza atirou por cima. Pouco depois da meia-hora, com apenas dois minutos de intervalo, aconteceram dois lances que tiveram exactamente a mesma consequência e que espero que não nos dêem cabo da época: o Bah e o Manu fizeram ambos uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo e só voltam já depois do início da nova temporada! Nunca tinha visto nada assim! Em cima do descanso, aos 42’, na sequência de outro canto voltámos a alargar a vantagem para dois golos num cabeceamento do Otamendi. Era fundamental voltarmos a ter essa tranquilidade, mas mesmo assim no tempo de compensação da 1ª parte o Trubin salvou-nos de sofrer outro golo, fazendo bem a mancha a um adversário, depois de ter também defendido uma cabeçada deste.
 
Depois do intervalo, o jogo baixou de ritmo, mas o Moreirense nunca desistiu dele e acabou por ter tantas chances como nós. Um remate do Aursnes foi defendido pelo guarda-redes Kewin, que também conseguiu roubar a bola ao entretanto entrado Leandro Barreiro, que o tentou contornar em vez de rematar logo. Na nossa baliza, contámos um pouco com a aselhice adversária, especialmente numa cabeçada à vontade só com o Trubin pela frente, que saiu ao lado. Num remate de longe, foi o guardião ucraniano a defender para canto, mas aos 85’ numa péssima saída de bola do Carreras, com um passe muito arriscado para o meio, interceptado por um avançado, o Moreirense fez mesmo o 3-2 através do Ivo Rodrigues. O Bruno Lage, só com uma paragem para fazer por via das duas lesões na 1ª parte, estreou o Belotti e o Bruma, para além da entrada do já referido Leandro Barreiro, mas não nos livrámos de terminar o jogo muito desconfortáveis, com um último lance a ser contestado pelo adversário, mas dá-me a sensação de que o Florentino tem o braço encostado ao corpo quando corta a bola para canto. De qualquer forma, é incompreensível que a BTV só tenha mostrado imagens de um ângulo na repetição! Pomo-nos a jeito para nos criticaram e eu detesto isso, porque gosto de ter moral para falar! Não pode ter havido só duas câmaras a filmarem o lance. Lamentável!
 
Em termos individuais, destaque para os dois golos do Pavlidis, que espero que tenha finalmente atinado com a baliza. O Schjelderup não esteve tão em destaque como em partidas anteriores, mas nunca desiste de tentar algo diferente. O Trubin foi importante para não sofrermos mais golos e a equipa melhorou com a entrada do Florentino, aquando da lesão do Manu.
 
Iremos amanhã ao Mónaco para a Champions e quase que aposto que a equipa se vai exibir a um melhor nível. No entanto, há que não esquecer que o campeonato é o principal objectivo, pelo que esta diferença de postura competitiva entre as duas competições é algo que tem de ser corrigido rapidamente.

terça-feira, fevereiro 04, 2025

Sofrido

Vencemos no domingo o Estrela na Amadora pela margem mínima (3-2) e continuamos a seis pontos da lagartada, que venceu o Farense em casa por 2-0, tendo agora dois de vantagem perante o CRAC, que foi empatar a Vila do Conde (2-2). Foi uma vitória justa num jogo que deveria ter sido muito mais descansado do que foi.

É difícil de perceber algumas das idiossincrasias do Bruno Lage. Como, por exemplo, o que é que ele tem contra o Schjelderup...?! Desde a rábula da substituição dele ao intervalo na final da Taça da Liga, depois de ter apontado o nosso golo, até ser quase constantemente dos primeiros a sair, com a pièce de résistance ter ido para o banco nesta partida...! Ele que é indiscutivelmente um dos jogadores em melhor forma do plantel e dos poucos desequilibradores que temos actualmente. Entrou no onze o Aktürkoğlu, que não está actualmente de todo ao mesmo nível do norueguês. Outra novidade foi a entrada directa do Manu no onze, por troca com o Florentino, que tinha sido dos melhores em Turim. No entanto, apesar daquela decisão muito discutível na formação da equipa (o Schjelderup no banco), não poderíamos ter entrado melhor, com o 0-1 a surgir logo aos 6’ num canto através do Otamendi ao segundo poste, com a bola a ser defendida claramente para lá da linha, mas a equipa de arbitragem a ter necessidade da confirmação do VAR... Aos 10’, aumentámos a vantagem com um autogolo do Dramé, depois de livre directo do Di María, e, pensámos todos, dávamos a estocada final. Puro engano. O Estrela Amadora reduziu aos 28’ num remate de fora-da-área do Diogo Travassos, que o Otamendi tentou interceptar, mas só conseguiu desviar do alcance do Trubin. No entanto, aos 35’ voltámos a ter dois golos de diferença, com um remate indefensável do Pavlidis, depois de intercepção do Manu no meio-campo. Até ao intervalo, deveríamos ter resolvido o encontro de vez, com um chapéu do Aktürkoğlu ainda a tocar ligeiramente no poste, depois de ser isolado por um mau atraso de cabeça do Ferro.

A 2ª parte começou pessimamente com novo golo do Estrela Amadora. Não foi só o facto de ter sido golo, foi mais até o tremendo disparate que lhe deu origem...! Má reposição de bola do Trubin, má recepção do Pavlidis, com a bola a voltar para a nossa área, onde estava o Chico Banza sozinho, que só teve de contornar o Trubin e marcar...! Quase digno dos Apanhados... Inacreditável! Perante uma equipa com tremendas dificuldades técnicas, oferecemos-lhe a oportunidade de voltar à discussão do jogo. Voltámos naturalmente a dominá-lo, mas estando sempre sujeitos a um lance fortuito que deitasse tudo a perder. Tivemos oportunidades pelo Aursnes (defendida pelo guarda-redes com a cabeça!), pelo Di María (num remate muito fraco) e pelo Pavilis, que depois de se ter desenvencilhado de dois defesas rematou incompreensivelmente por cima, quando só tinha o guarda-redes pela frente! O Lage começou a fazer substituições e foi o Arthur Cabral que esteve no lance do penalty a nosso favor por mão na bola. No entanto, parece que ninguém na estrutura se lembra dos dois penalties falhados pelo Cabral no mesmo jogo(!) da temporada passada frente ao Chaves e colocaram-no de novo a marcar este. Resultado? Nova defesa do guarda-redes! Poderíamos ter selado a vitória em cima dos 90’, mas ainda deixámos o jogo na incerteza até ao apito final. O mesmo Cabral ainda teve um calcanhar que foi defendido pelo Gudzulic, mas, felizmente, o Estrela Amadora não conseguiu ter mais nenhum lance que colocasse em perigo a nossa baliza e acabámos mesmo por conseguir os três pontos.

Em termos individuais, o Pavlidis merece destaque por ter estado em todos os nossos golos: desviou a bola para o Otamendi no canto do primeiro, rematou e a bola embateu no Dramé no segundo e marcou o terceiro. Porém, o segundo golo deveria ter sido dele, porque acertou mal na bola e, naquela boa jogada na 2ª parte, não se percebe como é que depois remata pessimamente...! O Manu teve uma óptima estreia a titular, dando imensa fluidez ao nosso jogo no meio-campo, principalmente porque joga quase sempre ao primeiro toque. Todo o resto da equipa esteve num nível mediano.

Esta semana, excepcionalmente, não temos jogo a meio dela e espero que a equipa aproveite para descansar, dado que vem aí outra sequência infernal de partidas, muitas delas (Taça de Portugal e Champions) decisivas. No próximo sábado, receberemos o Moreirense na Luz e há que aproveitar o confronto entre o CRAC e a lagartada para roubar pontos a quem os perder.

sexta-feira, janeiro 31, 2025

Bipolaridade

Vencemos a Juventus em Turim na 4ª feira (2-0) na última jornada da Champions e qualificámo-nos para o play-off como cabeças-de-série. Depois do descalabro frente ao Casa Pia e do vendaval que o áudio do Bruno Lage provocou, não poderíamos ter dado uma melhor resposta em campo. A qual confirmou que, nesta época, somos autenticamente uma equipa bipolar.

Com o Carreras castigado e o Beste prestes a ser vendido (mas a estar no banco), o Lage colocou o Bah na lateral-esquerda. O jogo começou em alta rotação e aos 6’, já poderia estar 1-3 para nós! O Di María centrou de trivela muito alto e o Pavlidis, que só tinha de encostar, não conseguiu chegar à bola, o Schjelderup rematou cruzado ao lado quando estava cara-a-cara com o guarda-redes, o Mbangula de cabeça colocou o Trubin à prova e novamente o Schjelderup, desmarcado muito bem pelo Pavlidis, permitiu a defesa com o pé do Perin. E só tinham passado literalmente meia-dúzia de minutos de jogo! Estávamos bastante melhor do que a Juventus na partida e colocámo-nos muito justamente na frente aos 16’ num alívio do Aursnes, a seguir a um canto, que o Bah dominou muito bem e isolou-se, tendo dado para o lado para o Pavlidis só ter de encostar (no entanto, o remate do grego passou muito perto do guarda-redes, pelo que ele acabou por ter alguma sorte por ter conseguido marcar; com uma baliza tão grande, não se percebe como é que ele não desviou mais a bola para não correr riscos...). A Juventus não conseguia responder, sendo o parvalhão do Francisco Conceição o jogador mais perigoso deles, e foram do Pavlidis as duas melhores oportunidades até ao intervalo, com um cabeceamento que deu a sensação de golo, mas o Perin defendeu, e, em cima do intervalo, estando completamente isolado(!), rematou à figura... Inacreditável! (Mas a dar razão àquela minha impressão de que o remate do golo também não foi nada bem feito...)

Na 2ª parte, remetemo-nos um pouco mais à defesa, mas sem deixar os italianos criar assim tantas oportunidades. Para isso, muitos contribuíram algumas intercepções que o Otamendi e o António Silva foram fazendo. No ataque, o Kökçü teve um remate ao lado logo nos primeiros minutos, mas os italianos só criaram verdadeiro perigo com um disparo do Kenan Yildiz à malha lateral. O Lage foi fazendo substituições, tendo entrado o Leandro Barreiro e o Aktürkoğlu para os lugares do Di María e Schjelderup, e foi o luxemburguês a aparecer bem na frente, mas a não conseguir desviar convenientemente um cruzamento da esquerda do turco. A dez minutos do fim, demos a estocada final através do Kökçü com um remate colocado já na área, depois de uma assistência do Pavlidis com o Aktürkoğlu a ter um papel importante, ao deixar passar a bola entre as pernas para o seu compatriota. O empate teria chegado para a qualificação, mas a vitória saberia muito melhor e, com tão pouco tempo para jogar, não seria crível que os italianos conseguissem dar a volta ao jogo, como não conseguiram. O prémio suplementar de termos ganho foi o facto de sermos cabeças-de-série no sorteio, o que nos permite ter a 2ª mão do play-off na Luz.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis, com um golo e uma assistência. Mas quem encheu verdadeiramente o campo foi o Florentino, que prova mais uma vez a sua imprescindibilidade neste tipo de jogos. Não deixou os adversários descansarem um só minuto! O Schjelderup voltou a ser um perigo à solta na esquerda, mas tem de melhorar o seu remate com o pé canhoto... O Di María passeou classe nalguns pormenores, embora não tenha estado envolvido nos golos. Boa partida igualmente de toda a defesa, com especial menção para o Bah numa posição que não é a sua. O Trubin esteve igualmente bastante seguro.

Altura de mudar o foco para o campeonato, algo que não tem sido muito apanágio desta equipa. Iremos à Amadora defrontar o Estrela no domingo e não podemos correr o risco de perder mais pontos para a lagartada. A Liga dos Campeões é muito boa para o prestígio, mas eu quero é títulos!

P.S. – Entretanto, aconteceu esta manhã o sorteio do play-off e só tínhamos dois adversários possíveis: Mónaco ou Brest. Eu teria preferido este, mas iremos voltar a defrontar os monegascos, que derrotámos já nesta Champions numa partida em que tivemos bastante sorte. Toda a atenção é pouco, até porque eles quererão desforrar-se disso...

terça-feira, janeiro 28, 2025

Inconcebível

Perdemos frente ao Casa Pia em Rio Maior no passado sábado (1-3) e, com a vitória da lagartada em casa frente ao Nacional (2-0), passámos a ter uma diferença de seis pontos para o 1º lugar. E só não caímos para terceiro, porque dois penalties não foram suficientes para o CRAC ganhar ao Santa Clara em Mordor (1-1), ficando com os mesmos pontos do que nós. Fazendo contas simples, quando o Bruno Lage chegou ao Benfica, estávamos a cinco pontos da liderança, com um jogo em atraso, agora, depois deste descalabro de três derrotas nas últimas quatro jornadas para o campeonato, estamos a seis...
 
Estando a ter uma semana muito intensa em termos de trabalho, não consegui fazer o post mais cedo e, para ser franco, também não tinha muita vontade de escrever e isto vai ser mais curto. Até entrámos bem na partida (para variar um bocado) e colocámo-nos em vantagem aos 14’ num penalty do Di María, depois de um derrube claro ao Leandro Barreiro. O Aktürkoğlu ainda atirou uma bola ao poste, mas a partir da meia-hora o jogo virou. Um mau passe do António Silva resultou no golo do empate pelo Cassiano aos 32’. 
 
Na 2ª parte, tentámos responder, mas sem muito engenho, até porque o Bruno Lage tinha feito algumas poupanças na equipa, com o Pavlidis e o Schjelderup de fora, eles que tinham sido dos melhores frente ao Barcelona. O Casa Pia colocou-se na frente aos 60’ através de um contra-ataque concretizado pelo Nuno Moreira e deu a estocada final já na compensação, também noutro contra-ataque, pelo Livolant.
 
Não vou fazer destaques individuais, porque o que se passou foi mau demais. Para piorar as coisas, ainda saiu a público um áudio de uma conversa do Bruno Lage com alguns adeptos, aquando do regresso a Lisboa, que é sintomática do desnorte que a equipa vive.
 
Iremos amanhã defrontar a Juventus numa partida importantíssima para a nossa continuidade na Liga dos Campeões, em que um empate nos assegura a qualificação. Mas nem quero pensar no que poderá acontecer caso não a consigamos...