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sexta-feira, outubro 24, 2025

Eleições do Benfica 2025 – Os meus 50 votos

Em 2020, escrevi aqui as razões pela quais votei em João Noronha Lopes. Dado que elas permanecem perfeitamente válidas, amanhã vou voltar a fazer o mesmo. É por demais evidente que o nosso clube precisa de uma mudança. Tanto de rumo, como de pessoas. Passado muitos anos, o poder inevitavelmente corrompe. Ou, pelo menos, cria muitos vícios. Senão do próprio detentor dele, inevitavelmente das pessoas que o rodeiam. É contra isso que urge combater e principalmente é por isso que eu vou votar pela mudança.

Mas não é uma mudança a qualquer custo. É um mudança que assenta em alguém que conseguiu reunir  em seu redor um núcleo de pessoas que sempre admirei e respeitei. Não acho crível que Nuno Gomes, Bagão Félix, Luís Tadeu ou Suzete Abreu estejam completamente equivocados.

Posto isto, espera-se que seja uma votação que bata o recorde do nosso clube (38 102 votantes).
Estas serão as eleições mais concorridas de sempre com seis candidaturas. Com tanta gente, deverá haver uma 2ª volta. No passado, está bom de ver que nunca votaria (portanto, Rui Costa e Luís Filipe Vieira ficam de fora) e dos restantes candidatos, nenhum deles me parece à altura de João Noronha Lopes: Cristóvão Carvalho assustou-me com aquela proposta de endividamento de 100M€/ano, Martim Mayer pareceu-me com uma boa postura, organizado, mas ainda algo inexperiente e João Diogo Manteigas tem o grave problema de ter um ar muito arrogante e pedante (poder ser a melhor pessoa do mundo, mas é isso que passa cá para fora).

Posto isto, espero que tudo decorra dentro do maior civismo e que seja uma enorme manifestação de benfiquismo!

quinta-feira, outubro 23, 2025

Castigador

Na passada 3ª feira, averbámos a terceira derrota seguida nas três primeiras jornadas da Liga dos Campeões, perdendo clamorosamente em Newcastle por 0-3. Foi um resultado bastante pesado perante a nossa exibição na 1ª parte, mas a parte final da partida matou-nos completamente e fomos passados a ferro pelo poderio físico dos ingleses.

Como Tomás Araújo na lateral-esquerda, ficando o Dahl no banco, não entrámos mal na partida e o Lukebakio teve mais de uma oportunidade para inaugurar o marcador, mas o guarda-redes efectuou uma boa defesa já quase sem ângulo na primeira e o poste salvou o Newcastle na segunda, um remate maravilhosa de fora-da-área. Uma má saída de bola da nossa parte (responsabilidade do Aursnes) aos 32' resultou no primeiro golo dos ingleses através do Gordon. Até ao intervalo, ainda tivemos outra oportunidade pelo inevitável Lukebakio num remate fora da área, com boa defesa do Nick Pope.

Na 2ª parte, deixámos de conseguir acercar-nos com perigo da baliza adversária e o Trubin salientou-se na nossa, impedindo que o resultado fosse aumentando. Mas não existem milagres eternos e o Newcastle fez o 0-2 aos 71', num lance inacreditável que começou num canto a nosso favor! O guarda-redes ficou com a bola e lançou com as mãos o Barnes, que correu meio campo e, apesar da oposição do Tomás Araújo, conseguiu bater o Trubin. A partir daqui, baixámos os braços e só sofremos mais um golo (bis do Barnes aos 83'), porque o Trubin foi o nosso melhor jogador.

Este começo tenebroso na Champions deve fazer-nos reflectir. Assim como devemos refletir no facto de termos gasto tanto dinheiro em reforços e termos o Tomás Araújo na lateral-esquerda, com dois laterais-esquerdos de raiz no banco, o Ivanonic que entrou na 2ª parte para jogar a extremo e o Aursnes a acabar a lateral-direito com a lesão do Dedic. Por outro lado, no ano passado tínhamos excesso de extremos e este ano temos... um: o Lukebakio, porque pelos vistos o Schjelderup conta pouco e não há mais nenhum...

No sábado iremos receber o Arouca em dia de eleições. Prevê-se um dia bastante agitado na Luz.

terça-feira, outubro 21, 2025

Pavlidis a sobrar

Estamos a minutos de entrar em campo com o Newcastle para a Champions, mas questões de trabalho impediram-me de postar mais cedo a vitória em Chaves (2-0) para a Taça de Portugal na passada 6ª feira. Depois da pausa das selecções, o Mourinho não cometeu o erro do Lage no ano passado, quando jogou contra o Pevidém com os suplentes e depois os titulares espalharam-se à grande frente ao Feyenoord, por falta de ritmo. Só o Samuel Soares e o João Rego foram novidades, juntamente com o Tomás Araújo no lugar do Otamendi, de resto alinharam os habituais titulares.

Um bis do Pavlidis (8' e 79') decidiu um jogo difícil a nosso favor, mas as coisas não foram fáceis, tal como se previa. O Chaves está na II Liga e, apesar de ser alinhado sem alguns titulares, ainda colocou a baliza do Samuel Soares em perigo, muito por culpa dele, que deixou escapar pelas mãos duas bolas inacreditáveis... O golo cedo tranquilizou-nos (que golão do Pavlidis, a propósito!), mas o resto da 1ª parte foi um marasmo quase total, excepção feita a uma oportunidade soberana do Lukebakio isolado, bem defendida pelo guarda-redes sérvio Gudžulić.

Na 2ª parte, veio o Schjelderup no lugar do apagado João Rego e melhorámos um bocado. O Barrenechea teve duas oportunidades, com o pé e cabeça, mas o guarda-redes voltou a mostrar-se à altura. Antes de entrarmos nos minutos finais, que seriam certamente mais tensos, o Pavlidis resolveu a questão com um remate rasteiro sem hipóteses.

Em termos individuais, destaque total para o ponta-de-lança grego. Iremos defrontar o Atlético na próxima eliminatória na reedição de um derby que tem história no futebol português.

sábado, outubro 18, 2025

Irlanda e Hungria

As provas nacionais pararam na semana passada para mais uma jornada de qualificação para o Mundial 2022. A selecção nacional jogava dois jogos em casa que, em caso de dupla vitória, lhe garantiriam a qualificação ao fim de apenas quatro jornadas.

No passado sábado, defrontámos a Irlanda e houve uma desinspiração generalizada de quase toda a equipa. Os irlandeses fecharam-se muito e bem e só conseguimos marcar no tempo de compensação (91’) pelo Ruben Neves, numa boa cabeçada depois de um centro do Trincão. A 15’ do fim tivemos uma soberana oportunidade, mas o Cristiano Ronaldo permitiu a defesa do guarda-redes num penalty marcado para o meio da baliza. Para (não) variar, o Roberto Martínez demorou bastante a lançar um segundo ponta-de-lança em campo, só o fazendo aos 86’ (já se sabe que o Cristiano Ronaldo tem lugar cativo...) e a presença de mais um jogador na área atrapalhou as marcações contrárias, permitindo o cabeceamento vitorioso do Rúben Neves.

Na passada 3ª feira, recebemos a Hungria e empatámos 2-2. Começámos mal, a sofrer o 0-1 logo aos 9’, mas demos a volta ainda na 1ª parte com dois golos do Cristiano Ronaldo (22’ e 48’) a corresponder bem a centros do Nélson Semedo e Nuno Mendes, respetivamente. Chegámos ao intervalo em vantagem, o que era bastante importante, e esperava-se que na 2ª parte fechássemos o jogo e a qualificação. Atirámos duas bolas aos postes (Rúben Dias e Bruno Fernandes), o João Félix teve um cabeceamento brilhantemente defendido pelo guarda-redes, mas sofremos um balde de água fria aos 91’, com o golo do empate do Szoboszlai. Defendemos muito mal nos minutos finais e, sinceramente, não percebo a insistência no Renato Veiga como central titular...

Daqui a cerca de um mês teremos os dois últimos jogos (ida à Irlanda e recepção à Arménia), onde bastará um ponto para nos qualificarmos. É impensável que isso não suceda, mas com os jogadores que temos continuamos a produzir muito pouco futebol...

quarta-feira, outubro 08, 2025

Trancado

Empatámos 0-0 em Mordor no passado domingo, e mantivemo-nos a quatro pontos deles, não perdendo igualmente pontos para a lagartada (continuamos a de distância), que empatou 1-1 em casa contra o Braga. Perante uma equipa que tinha ganho todos os nove jogos oficiais até agora e que comanda o campeonato, e dado que o nosso histórico dos últimos tempos, tanto em termos de resultados, como principalmente exibicional não era nada famoso, não se pode dizer que foi um mau resultado.

Confesso que, antes do jogo, tinha um certo receio de que acontecesse um descalabro (que nos deixaria a uns imensos sete pontos numa fase tão precoce da temporada), mas nada disso se passou. Até pode ser que o Mourinho já tenha perdido grande parte da aura que já teve (caso contrário, não estaria a treinar em Portugal neste momento), mas não há dúvidas que monta muito bem as suas equipas em termos tácticos, especialmente nestes jogos mais complicados. Conseguimos manietar completamente o CRAC, que teve muito poucas oportunidades de golo. A parte pior foi que também não chegámos muitas vezes à baliza contrária. Com o Aursnes sob a esquerda e apenas o Pavlidis e Lukebakio como homens atacantes, um livre frontal do Sudakov foi tudo o que fizemos na 1ª parte, enquanto do outro lado um calcanhar do Gabri Veiga e, principalmente, um remate do Pepê por cima em excelente posição, depois de um mau alívio do Otamendi, foi o que nos assustou mais.

Na 2ª parte, apesar das substituições que os treinadores foram fazendo (mais o CRAC do que nós), o jogo continuou muito bloqueado e com pouco espaço para a fantasia. No entanto, houve duas bolas na barra para cada um dos lados, com a nossa a ser quase um autogolo do Kiwior num mau alívio e a deles, em cima dos 90’, do Rodrigo Mora, depois de uma perda de bola perigosa do Barrenechea no meio-campo. Porém, não sei se o jogador do CRAC não estaria ligeiramente em fora-de-jogo. O Mourinho veio dizer no final que, por causa do surto viral que sofremos, o Ivanović não estava em condições de ir a jogo e, de facto, sentiu-se déficit no nosso banco em termos atacantes, quando se justificou arriscarmos um pouco mais.

Em termos individuais, o Sudakov mostrou que é um jogador com classe e é bom que apareça nestes jogos, o Lukebakio, enquanto teve pernas, especialmente na 1ª parte, foi por onde tivemos mais esperança de criar perigo na área contrária, o Pavlidis deu bastante luta aos defesas contrários, e a dupla sul-americana de meio-campo (Barrenechea e Ríos) não esteve mal. Na defesa, o António Silva subiu de produção em relação ao que tinha vindo a fazer, e o Dahl não foi o elo mais fraco, apesar de se ter a ver com o Pepê primeiro e o William Gomes depois.

O campeonato vai agora parar por causa da qualificação para o Mundial de futebol, mas quando voltarmos teremos uma deslocação difícil a Chaves para a Taça e depois Champions. O problema é que, como os jogadores estão todos fora nas selecções, continuamos sem poder treinar decentemente.

sábado, outubro 04, 2025

Inglório

Perdemos em Londres frente ao Chelsea na passada 3ª feira na 2ª jornada da Liga dos Campeões. A defrontar os campeões do mundo e depois das últimas exibições tão lamentáveis da nossa parte, esperava o pior, mas a equipa deu uma resposta muito satisfatória. Perdemos na sequência de um autogolo do Richard Ríos, mas o resultado mais justo até era um empate.

As primeiras oportunidades foram inclusivamente nossas com o Lukebakio a atirar ao poste e o Ríos a permitir a defesa do guarda-redes Sánchez num remate de pé esquerdo numa boa combinação colectiva. Isto apesar de a posse de bola ser maioritariamente dos londrinos. Aos 18’, enorme azar da nossa parte, com o Ríos a fazer um autogolo depois de um centro para a área do Garnacho, que tinha sido desmarcado pelo Pedro Neto do outro lado do campo. Até ao intervalo, o Trubin ainda safou um golo com uma defesa perante o remate do George.

Na 2ª parte, o Aursnes apareceu isolado duas vezes frente ao Sánchez, mas não conseguiu meter a bola na baliza em ambas, embora os lances fossem posteriormente invalidados por fora-de-jogo. O Trubin voltou a mostrar-se com uma defesa a dois tempos numa cabeçada do Estevão e o entretanto entrado Ivanović atirou de pé esquerdo ao lado, quando poderia ter feito melhor. Mas a partida esteve sempre muito equilibrada e demos a sensação de que poderíamos marcar a qualquer momento, o que infelizmente não se veio a concretizar.

Em termos individuais, o Lukebakio foi o mais perigoso enquanto teve gás, o Pavlidis voltou a dar muita luta e a aparecer bastante em jogo, e o Trubin impediu o dilatar da vantagem. Mas a equipa esteve globalmente bem, talvez só com o Sudakov a fazer o jogo mais fraco desde que se estreou com o manto sagrado.

Amanhã voltamos a ter campeonato com a muito importante ida a Mordor. Estamos com quatro pontos de desvantagem, eles estão a jogar muito bem, mas não podemos perder de maneira nenhuma, sob pena de se criar já um fosso considerável com apenas oito jornadas decorridas.

sábado, setembro 27, 2025

Lisonjeiro (e muito!)

Voltámos ontem às vitórias na Luz perante o Gil Vicente (2-1), numa partida em que fomos claramente inferiores ao adversário. Sorte e Trubin ajudaram a que conseguíssemos manter a vantagem conquistada ainda na 1ª parte, depois de uma reviravolta no marcador. Mesmo com a condicionante física, a exibição deixou imenso a desejar...

Depois da má imagem deixada perante o Rio Ave, o José Mourinho resolveu (e bem) jogar com extremos, dando a titularidade ao Lukebakio e ao Schejlderup, com o Aursnes a ocupar o lugar do castigado Barrenechea. Mas não podíamos ter começado pior, com o Trubin a fazer uma magnífica defesa pouco depois dos 20 segundos! O Gil Vicente controlava o jogo e foi sem surpresa que chegou à vantagem aos 11’ num livre directo do Luís Esteves (num lance que foi precedido de falta sobre o António Silva que o árbitro, Sr. João Gonçalves, não assinalou). Tivemos uma boa resposta e foi mesmo o nosso melhor momento no jogo o período até à meia-hora, em que conseguimos dar a volta ao resultado. Um centro na esquerda do Schejlderup ressaltou na defesa do Gil e o Pavlidis super-rápido, à ponta-de-lança, aproveitou a fazer a igualdade com um remate por baixo das pernas do Andrew. Estávamos no minuto 18 e oito minutos depois, aos 26’, colocámo-nos na frente na sequência de um indiscutível penalty sobre o Lukebakio, que se desmarcou muito bem e dominou ainda melhor uma bola longa do Otamendi, até ser derrubado já na área. No penalty, o Pavlidis não deu hipótese ao guarda-redes. Em cima do intervalo, o Lukebakio teve uma soberana oportunidade de nos dar tranquilidade, mas o remate de pé direito saiu ao lado da baliza.

Com o terceiro jogo em apenas seis dias, já se esperava que a 2ª parte fosse difícil. Mas faltou concentração competitiva no primeiro quarto-de-hora, onde o Gil só não deu a volta ao marcador por manifesta infelicidade. Duas bolas aos postes, um golo anulado por seis centímetros(!) e o Trubin a efectuar mais uma defesa complicada foram o purgatório que tivemos de atravessar sem que tivemos energia e engenho para criar perigo na baliza contrária. Só com a entrada do Leandro Barreiro a 20’ do fim é que conseguimos estancar os ataques adversários, que até então entravam no nosso meio-campo completamente à vontade. Quando o árbitro apitou para o final, foi uma enorme sensação de alívio.

Em termos individuais, óbvio destaque para o Pavlidis com um bis e para a confirmação que esta temporada ou é o Lukebakio a sacar coelhos da cartola ou estamos bem arranjados. O belga é um óptimo desequilibrador, mas parece caso único no plantel, dado que o Schejlderup baixou de rendimento a partir do momento em que deixou de ter a concorrência do Aktürkoğlu, o que é no mínimo estranho... O Trubin também foi fundamental para a nossa vitória. Do lado menos, o Dahl revela a cada jogo que passa que era bastante melhor como substituo do que como titular indiscutível e o Ríos, lamento muito, continua a não me convencer. Especialmente pelo preço que custou, esperava muito mais.

A Champions regressará na 3ª feira, com a deslocação a Londres para defrontar o Chelsea. Com a inesperada derrota em casa frente ao Qarabağ, temos de ir buscar esses pontos a algum lado...

quinta-feira, setembro 25, 2025

Desilusão

Empatámos com o Rio Ave na Luz (1-1) na passada 3ª feira, no acerto da 1ª jornada que tinha adiada por causa da pré-eliminatória da Champions frente ao Nice e já estamos com quatro pontos de atraso para o CRAC e um em relação à lagartada em apenas seis jornadas...
 
O Mourinho manteve a mesma equipa que defrontou o AVS, mas isso foi um erro por uma razão muito simples: jogámos sem nenhum extremo de raiz, o que fez com que afunilássemos muito o jogo e nunca tivéssemos a rapidez exigida para desequilibrar a muralha defensiva dos vila-condenses. A 1ª parte foi, por isso, uma pasmaceira completa, praticamente sem nenhum lance digno de registo.
 
Na 2ª parte, viemos com outra disposição, com uma cabeçada perigosa do Pavlidis, depois de cruzamento do António Silva(!), mas só melhorámos verdadeiramente depois das entradas de extremos: Lukebakio (principalmente) e Schjelderup (bastante menos). O belga passou a ser o maior, ou melhor, o único desequilibrador da equipa e as jogadas de perigo vieram todas do seu lado. Uns minutos antes destas entradas, já tínhamos metido a bola na baliza aos 61’, mas o VAR chamou o Sr. Sérgio Guelho, que anulou o golo por pisão do Otamendi na jogada. A acção do nosso jogador não só é inadvertida, como o adversário é pisado na ponta da bota, pelo que poderia perfeitamente não ter feito aquela fita toda. Enfim, futebol moderno... O Lukebakio começou a abrir o livro e conseguiu aparecer isolado frente ao guarda-redes, depois de um bom domínio de bola num lançamento em profundidade, mas o chapéu não saiu muito alto e o Miszta conseguiu defender. A cerca de 15’ do final, o belga fez um óptimo cruzamento da direita, mas o Richard Ríos falhou escandalosamente o desvio quase em cima da linha de golo...! Aos 86’, finalmente a explosão de alegria no estádio com o golo do Sudakov, depois de outra jogada brilhante do Lukebakio na direita. No entanto, no primeiro minuto de compensação veio o balde de água gélida, num contra-ataque dos vila-condenses com o André Luiz a conduzir a jogada toda na direita e a fazer um golão num remate em arco. Provavelmente, não chegaria à bola, mas não gosto nada de ver um guarda-redes a não se fazer aos lances e já não é a primeira vez que o Trubin come golos de pé... Só conseguimos chegar perto da baliza adversária mais uma vez, com um cabeceamento do Pavlidis, que perdeu força, porque também bateu num defesa.
 
Em termos individuais, gostei do Sudakov e do Lukebakio, que parece ser o desequilibrador que nós precisamos (é pena é ser caso único...). Do lado dos menos bons, o Ríos ainda não me convenceu nadinha (em especial, se levarmos em consideração o preço que custou) e o Aursnes estará a atravessar a sua fase menos brilhante com o manto sagrado. O Dahl na lateral-esquerda está a demonstrar que era muito melhor substituto do Carreras do que titular indiscutível...
 
Iremos defrontar amanhã o Gil Vicente e espera-se que tratemos de acabar com esta malapata de três jogos seguidos sem vencer na Luz. Para isso ajudará certamente alinhar com jogadores certos nas respectivas posições, como, por exemplo, extremos... E jogar com outra rapidez, já agora.

terça-feira, setembro 23, 2025

Retoma

Derrotámos o AVS na Vila das Aves no passado sábado por 3-0 no regresso do José Mourinho ao banco do Benfica 25 anos depois. Somente com dois treinos, não era possível (nem desejável) uma grande revolução na equipa, mas conseguimos o mais importante, que era ganhar o jogo. E com alguma tranquilidade, que nunca existiu nos jogos fora para o campeonato até agora.

Um grande volume de trabalho tem-me impedido de postar mais perto do final dos jogos, mas vou tentar manter este blog minimamente actualizado apesar do tempo que entretanto passa. Na 1ª parte do jogo, o AVS foi-se fechando mais ou menos bem, embora nós tenhamos revelado mais atitude nas bolas divididas e o Ivanović poderia ter inaugurado o marcador logo nos minutos iniciais, mas rematou ao lado quando só tinha o guarda-redes pela frente. Essa foi, aliás, a única alteração do Mourinho: colocar o ponta-de-lança croata no lugar do Schjelderup. O AVS só teve uma verdadeira ocasião do golo, num remate ao poste do Tomané. Em relação ao nosso posicionamento no relvado, o Sudakov descaiu mais para a esquerda no meio-campo e foi ele a abrir o marcador já nos descontos da 1ª parte (49’), depois de um ressalto na sequência de uma jogada na área do Pavlidis. O ucraniano reagiu muito bem ao seu próprio remate e marcou na recarga.

Por via deste golo, a 2ª parte foi muito mais relaxada da nossa parte, mas não deixámos de tentar sempre alargar a vantagem. E essa foi a maior diferença que se viu em relação aos jogos anteriores fora de casa (E. Amadora e Alverca, nomeadamente). Nesses, o facto de ficarmos na frente do marcador não fez com que a equipa jogasse melhor. Aos 56' aumentámos para 2-0 num penalty muitíssimo bem marcado pelo Pavlidis, a castigar cotovelada (de raspão) na cara do Otamendi na sequência de um livre. E o resultado final foi estabelecido aos 64’ pelo Ivanović, depois de boa jogada individual do Pavlidis e também simulação de corpo excelente do croata antes de rematar.

Em termos individuais, o Sudakov deixou-nos de água na boca. Ainda não deve saber o nome de todos os colegas, mas tem muito futebol associativo. E bom remate! O Ivanović falhou um golo muito mais fácil do que aquele que marcou, porém a sua parceria com o Pavlidis, que este envolvido nos nossos três golos, promete trazer-nos felicidade futura. No aspecto defensivo estivemos bem, especialmente na 2ª parte, em que o AVS pouco incomodou.

Iremos receber daqui a pouco o Rio Ave na partida em atraso da 1ª jornada, dando sequência a uma série de três jogos só com três dias entre eles. No entanto, estamos todos curiosos para verificar se esta melhoria exibicional se mantém e se finalmente entramos nos eixos de vez.

quinta-feira, setembro 18, 2025

Fim de linha

Perdemos com o Qarabag (2-3) na Luz na estreia da Champions na passada 3ª feira. É uma das derrotas mais humilhantes de sempre da nossa história na principal competição europeia de clubes. Não é só a derrota em si, mas como ela aconteceu, dado que aos 16' estávamos a ganhar por 2-0...!

 

O Enzo Barrenechea inaugurou o marcador aos 6' de cabeça num canto marcado pelo Sudakov, estreante no onze, e o Pavlidis fez o 2-0 aos 16', aproveitando um ressalto nos defesas de uma bola que lhe tinha sido endossada pelo mesmo Sudakov. Mas quando os azeris reduziram aos 30' pelo Leandro Andrade, a equipa desmoronou-se e nunca mais se encontrou. Só não chegámos ao intervalo empatámos, porque uma bola bateu no poste e o Trubin safou outras duas. Na 2ª parte, houve a reviravolta, com golos do Duran logo aos 48' e, perto do final (86'), o Kashchuk conseguiu rodar sobre si próprio na nossa área(!), perante metade da nossa equipa, e fazer o resultado final.

 

Perante tamanho descalabro, o Rui Costa veio anunciar nessa mesma noite o despedimento do Bruno Lage. Acreditem que DETESTO relembrar isto, mas não era preciso ter grandes dotes adivinhatórios para antecipar o que aí vinha. Durou um ano, mas daqui a um mês há oportunidade do outro para pôr fim a este desnorte. Saibamos nós, sócios do Benfica, aproveitá-la.

terça-feira, setembro 16, 2025

Horroroso

Empatámos em casa com o Santa Clara (1-1) na passada 6ª feira e perdemos desta forma os primeiros pontos no campeonato. O golo do empate surgiu de um erro colossal do Otamendi já na compensação, embora estivéssemos a jogar contra 10 desde os 38’...!

A vontade de escrever sobre esta nossa exibição miserável é muito pouca, como é fácil de calcular. Enquanto esteve 11 para 11, tivemos sempre muitas dificuldades em quebrar a muralha defensiva do Santa Clara (que não fez antijogo, atenção) e as (escassas) oportunidades foram repartidas. Depois da expulsão, dominámos completamente, mas também sem criar muitas situações de finalização. No entanto, já na 2ª parte, aos 59’, fizemos o 1-0 numa recarga do Pavlidis a um cabeceamento do Otamendi defendido pelo guarda-redes na sequência de um livre para a área. Estava feito o mais difícil e, contra 10, não estava no programa de ninguém não ganharmos este jogo. Pura ilusão... Não o conseguimos fechar em tempo útil e, já depois do 90’, veio o tal erro inacreditável do Otamendi: tentou atrasar uma bola de cabeça, quando o poderia ter feito com o pé, falhando clamorosamente e permitindo ao Vinícius Lopes desfeitear o Trubin. Voaram dois pontos de uma forma absolutamente inconcebível. (E não esqueçamos que foi o empate frente ao Arouca em casa que nos fez perder o campeonato da época passada...)

Se é certo que o empate se deve ao lance infeliz do Otamendi, o que não se deve a ele é a exibição absolutamente miserável que fizemos. Não se pode dizer que tivesse sido uma surpresa, dado que já na Amadora e em Alverca prometemos isto, mas não se compreende que o plantel que temos apresente um futebol deste calibre. Iremos daqui a pouco ter a jornada inaugural da Champions, em casa frente ao Qarabag, onde tudo o que não seja uma vitória tornará o ambiente insustentável.

domingo, setembro 14, 2025

Arménia e Hungria

Na semana passada, o campeonato parou para a qualificação para o Mundial 2026 e, em apenas dois jogos, a selecção nacional praticamente garantiu o bilhete. Inserida num grupo com somente quatro equipas, por via da participação na final four da Liga das Nações, e com o Mundial a ter pela primeira vez 48 selecções(!), convenhamos que seria um escândalo se Portugal não se qualificasse.
 
Tendo ambos os jogos fora, no primeiro jogo, frente à Arménia (na 5ª feira anterior) goleámos por 5-0 com um bis do João Félix (10’ e 62’) e outro do Cristiano Ronaldo (21’ e 46’), tendo o João Cancelo (32’) feito o outro golo. Com o primeiro a surgir aos 10’, o jogo desbloqueou-se muito cedo e ao intervalo já ganhávamos por três. A Arménia mal conseguia passar do meio-campo e praticamente não criou perigo.
 
O segundo jogo (nesta 3ª feira que passou) afigurava-se bastante mais complicado, perante supostamente o adversário mais difícil. O Roberto Martínez inventou, colocando só um central de raiz (Rúben Dias), com o outro Rúben (o Neves) a fazer-lhe companhia. E foi por aí que a corda começou a quebrar, com a Hungria a inaugurar o marcador aos 21’ pelo Varga, de cabeça, na sequência de um contra-ataque, em que fomos apanhámos em contrapé e foi o Vitinha(!) a disputar o lance com ele... Empatámos aos 36’ pelo Bernardo Silva e na 2ª parte passámos para a frente com um penalty do Cristiano Ronaldo (58’). Como o Martínez deixou tudo na mesma, a Hungria empatou novamente pelo Varga, novamente de cabeça, perante um Rúben Neves que não se fez ao cruzamento... Estávamos no minuto 84’ e parecia que uma vitória importante ia voar pela janela... No entanto, reagimos muito bem pouco depois e o João Cancelo fez o 3-2 aos 86’. Livrámo-nos de boa, mas se calhar para a próxima é aconselhável colocar jogadores nas suas posições de origem... Digo eu... Ah, e já agora, se calhar, um jogador de 40 anos não deveria jogar 87’ num segundo jogo (ainda por cima fora de casa) em três dias, não...?
 
Em Outubro, teremos dois jogos em casa (Irlanda e Hungria) e duas vitórias selarão definitivamente a qualificação.

sexta-feira, setembro 05, 2025

Sofrido

Vencemos em Alverca no passado domingo por 2-1 e mantivemo-nos 100% vitoriosos no campeonato. Chegámos ao intervalo a ganhar por 2-0, mas a 2ª parte foi quase toda do adversário e, com o golo sofrido já perto do final, tivemos de sofrer para obter a vitória.

Infelizmente, excesso de trabalho impediu-me de postar mais cedo e, por isso, isto vai ser um pouco mais curto, dado que já passou quase uma semana do jogo. Não poderíamos ter começado melhor com o 1-0 logo aos 6’ pelo Schjelderup, que aproveitou um mau corte de um defesa depois de um cabeceamento para a área do Barrenechea e desfeiteou o guarda-redes. O golo deu-nos alguma tranquilidade, mas o Alverca também não descurou completamente a baliza do Samuel Soares, que teve de se aplicar numa ou outra ocasião. Em cima do intervalo, uma boa jogada do Dedić terminou com um bom golo da sua parte e fomos para o descanso com uma vantagem que nos deveria ter permitido ter um resto de jogo calmo. Revelámos uma grande eficácia com dois golos em três remates à baliza.

Na 2ª parte, já se esperava que abrandássemos (ainda) mais o ritmo, mas foi um pouco demais. Só numa boa jogada do Schjelderup, culminada com um remate ao poste, estivemos perto do terceiro golo, de resto foi basicamente ver o Alverca jogar. Os ribatejanos já tinham criado perigo logo no reinício num livre bem defendido pelo Samuel Soares e aumentaram ainda mais a pressão com o (estúpido) segundo amarelo ao Dedić (puxou um adversário quando já tinha um, parecido com o que o Florentino fez na Turquia). Aos 85’, fizeram o 2-1 pelo Davy Gui, depois de um mau corte do Otamendi, no primeiro golo sofrido por nós na temporada e até final ainda trememos, mas conseguimos manter a vantagem.

Em termos individuais, o Schjelderup foi o melhor do Benfica, mas ainda não se livrou de ser sempre o primeiro a ser substituído. Nem a venda do Aktürkoğlu aparentemente deu para mudar isso. O Dedić também estava a ser dos melhores, mas aquela expulsão idiota acabou por manchar a sua exibição e vai fazê-lo perder a recepção ao Santa Clara. O Ivanović foi titular em vez do Pavlidis, mas continua a revelar alguns problemas em dominar a bola (especialmente ao primeiro toque). Depois do jogo europeu, o Bruno Lage rodou um pouco a equipa, mas a frescura não esteve lá. Menção ainda para o último jogo do Florentino pelo Benfica, que foi depois vendido ao Burnley. Era um dos patinhos feios do plantel (“não sabe passar uma bola” e afins), mas ainda vamos ter saudades dele...

Os campeonatos europeus param esta semana por causa dos jogos de qualificação das selecções para o Mundial, mas quando voltarem estaremos já em vésperas de início de Champions.

quinta-feira, agosto 28, 2025

Cumprido

Vencemos ontem o Fenerbahçe por 1-0 e qualificámo-nos para a Liga dos Campeões. O grande objectivo da fase inicial da época foi atingido de uma forma categórica e não há como não ficar muito contente com isso. A nossa superioridade foi mais do que evidente e devo dizer que esperava mais da equipa turca treinada pelo José Mourinho.

Confesso que, numa partida em que precisávamos de ganhar, iniciar o encontro com apenas dois jogadores de tendência ofensiva (Pavlidis e Aktürkoğlu) me deixou um pouco apreensivo, mas poderíamos (e deveríamos) ter inaugurado o marcador logo aos 3’, quando o Leandro Barreiro permitiu escandalosamente a defesa do Livaković num desvio na pequena-área, depois de uma assistência do Pavlidis, num contra-ataque venenoso da nossa parte. A estratégia do jogo foi essa: chamar os turcos para o nosso meio-campo e lançar transições ofensivas muito rápidas. Metemos a bola na baliza por volta do minuto 10’ num canto, mas o Leandro Barreiro em fora-de-jogo perturbou o Nélson Semedo (que saiu lesionado do lance), impedindo-o de disputar a bola convenientemente com o Pavlidis, que concretizou ao segundo poste um desvio de cabeça do António Silva no primeiro. O VAR demorou imenso tempo a invalidar o golo, o que acabou por enervar bastante tanto o estádio como os nossos jogadores. À passagem dos 20’, novo golo anulado ao Benfica, numa bola parada por pretensa falta do Leandro Barreiro antes de cabecear vitoriosamente. Foi um escândalo inacreditável, porque o esloveno Sr. Slavko Vincic apitou assim que a bola entrou, impedindo deste modo a acção do VAR. E não houve falta nenhuma! Um falhanço inacreditável, dois golos anulados e o resultado mantinha-se a zeros, quando a eliminatória já deveria estar decidida. Jogávamos bem e o Pavlidis falhou um desvio depois de boa jogada do Aktürkoğlu na direita, mas aos 36’ marcámos finalmente noutra transição ofensiva rápida com bela assistência do Leandro Barreiro para o Aktürkoğlu, que rematou sem hipóteses para o Livaković. Até ao intervalo, o Leandro Barreiro teve mais duas ocasiões para marcar, mas não tentou o remate na primeira delas e falhou o desvio a centro do Dahl na segunda. Do outro lado, não se viu nada dos turcos em termos atacantes.

Na 2ª parte não fomos tão intensos como na 1ª, mas mesmo assim o António Silva num cabeceamento num canto proporcionou ao guarda-redes Livaković um boa defesa. A única verdadeira ocasião do golo do Fenerbahçe foi a cerca de 15’ do fim, num cabeceamento do marroquino En Nesyri à barra, depois de um centro da direita. Pouco depois, o Talisca atirou ao lado num remate rasteiro, mas ajudou-nos ao ver dois amarelos em 2’ e reduzir os turcos a 10 jogadores aos 82’. O Lage já tinha lançado o Schjelderup e o Ivanović aos 76’, talvez até um pouco tarde dado que estávamos a perder o controlo da partida e alguns dos nossos jogadores mostravam alguma fadiga, mas depois da expulsão nunca mais o Fenerbahçe conseguiu criar perigo e a nossa qualificação foi mais do que justa, tendo o resultado sido muito escasso para o que produzimos, especialmente na 1ª parte.

Em termos individuais, o meio-campo com o Ríos e Barrenechea exibiu-se em bom plano, o Leandro Barreiro, apesar de ter sido importante na primeira fase de pressão, não pode falhar um golo daqueles logo no início, a defesa esteve toda ela muito segura, com destaque para o capitão Otamendi, e o Pavlidis foi essencial para reter a bola à espera do apoio dos médios. O Aktürkoğlu, não obstante o golo, não teve das suas melhores exibições, assim como Aursnes, que me pareceu um pouco fatigado.

Sete jogos, seis vitórias, zero golos sofridos, um troféu conquistado e uma qualificação para a liga dos Campeões não poderíamos almejar muito melhor do que isto. Iremos no domingo a Alverca tentar fechar esta primeira fase da temporada com mais uma vitória, antes da paragem para as selecções. Veremos se a equipa consegue manter este nível competitivo nos jogos fora para o campeonato, dado que aquele na Amadora esteve longe de ser brilhante (para ser simpático). No entanto, mesmo sem grande nota artística, conseguimos até agora o que era essencial.

terça-feira, agosto 26, 2025

Ensaio

Vencemos o Tondela no sábado na Luz por 3-0 e tudo correu de feição antes de um jogo decisivo para a entrada na Champions. Já se sabe que estes jogos nacionais antes de compromissos europeus podem ser uma fonte escusada de stress, mas desta feita resolvemos as coisas da melhor maneira e ainda antes do intervalo.

O Bruno Lage rodou a equipa, mas só na baliza e defesa, dado que na frente a única alteração em relação a Istambul foi a entrada do Schjelderup e a saída do Aktürkoğlu. O Obrador estreou-se na lateral-esquerda, o Samuel Soares foi para a baliza e o Tomás Araújo voltou após lesão. A 1ª parte, apesar do nosso ritmo a espaços lento, foi um festival de oportunidades perdidas. Concretizámos duas, pelo Ivanović depois de uma jogada fantástica do Dedić aos 32’, e pelo Aursnes depois de uma brilhante assistência do Schjelderup aos 42’, mas tanto o Ivanović como o Pavlidis poderiam ter feito mais dois golos cada um, com o guarda-redes Bernardo Fontes a defender a maior parte dos remates, um dos quais com a cabeça! Do outro lado, o Tondela só se mostrou antes de sofrer o primeiro golo, mas o Samuel Soares resolveu a contento as (poucas) bolas que foram à baliza.

Com 2-0 ao intervalo, já se esperava que a 2ª parte fosse a uma rotação bastante mais baixa e isso aconteceu. De tal forma, que só voltámos a criar uma grande oportunidade já perto do final, quando uma bola picada pelo Pavlidis foi atirada para a barra por um cabeceamento de um defesa. Em termos defensivos, estivemos bastante bem com o Tondela a nunca conseguir chegar perto da baliza do Samuel Soares, excepção feita a um lance logo no reinício, em que o Obrador é batido por um defesa e fez falta no limite da área, com o Sr. Anzhony Rodrigues a assinalar penalty num primeiro momento e depois o VAR a corrigir, porque foi fora da área. Mas foi muito mal jogado pelo Obrador... Já na compensação, o entretanto entrado Prestianni fechou o marcador em 3-0, numa recarga a um remate seu, que tinha sido interceptado por um defesa.

Em termos individuais, e apesar de não ter feito os 90’, o Dedić foi quem mais sobressaiu, sendo um autêntico cavalo na direita e teve o extra nesta partida de fazer a assistência para o primeiro golo. O Ivanović estreou-se a marcar no campeonato e, não obstante revelar ainda alguns problemas no domínio de bola, é um perigo dentro da área, com um remate muito fácil. O Aursnes marcou um golo, jogou o que é costume nele (ou seja, bastante bem) e não percebi porque é que não foi poupado pelo Lage na altura das substituições, tendo acabado a lateral-direito. Por sua vez, o Obrador ainda tem de pedalar um bom bocado para chegar aos calcanhares do Dahl e o Tomás Araújo acusou um pouco a (natural) falta de ritmo. O Schjelderup fez uma boa assistência, mas jogue bem ou mal é sempre o primeiro a sair... Outro que acho que deveria ter sido poupado é o Barrenechea (e atenção que se exibiu em bom plano), porque ainda por cima o Florentino está castigado por causa do duplo amarelo, mas o entendimento do Lage foi outro.

Dois jogos no campeonato, duas vitórias era o que se pedia. Com ou sem brilhantismo. Mas teremos amanhã um dos momentos-chave da época, com a hipótese de chegar à Fase Liga da Champions. Porém, teremos de derrotar o Fenerbahçe. Haja competência para isso, se faz favor.