sábado, dezembro 14, 2024
Desperdício
Empatámos em casa frente ao Bolonha na passada 4ª feira (0-0) e desperdiçámos uma oportunidade de ouro de assegurarmos já o play-off da Champions. Perante uma equipa que só tinha um ponto em cinco jornadas e que, para além do mais, alinhou com muitos suplentes, o resultado não deixou de ser uma tremenda desilusão, até porque os dois jogos que faltam são contra Barcelona e Juventus...
Com a equipa-tipo de regresso, até entrámos bem e metemos a bola na baliza logo aos 2’ pelo Pavlidis, depois de uma assistência do Di María, mas o grego estava fora-de-jogo. Inexplicavelmente, a partir daqui tivemos um hiato que durou uma boa meia-hora, em que os italianos tiveram muito mais posse de bola, embora sem criar grande perigo, com excepção de uma saída aos pés de um adversário pelo Trubin, que salvou um golo quase certo. Nos últimos minutos da 1ª parte, chegámos por fim à baliza contrária e o Di María teve um grande remate de primeira, depois de uma boa iniciativa do Carreras na esquerda, defendido superiormente pelo guarda-redes polaco Skorupski.
A 2ª parte foi completamente diferente e totalmente nossa. O Bolonha praticamente deixou de existir em termos atacantes, com excepção de uma bola logo no reinício que foi rematada à figura do Trubin. Do nosso lado, tivemos oportunidades mais do que suficientes para ganhar não um, mas dois jogos! Numa boa combinação com o Di María, o Bah teve um remate já de ângulo difícil que criou bastante perigo, o Pavlidis falhou escandalosamente uma recarga, permitindo a defesa do guarda-redes ainda no chão(!), o Aursnes viu um remate seu que ia para a baliza ser interceptado no último momento por um defesa e o Amdouni, que entretanto entrou, teve dois remates colocados de pé esquerdo, ambos defendidos pelo guarda-redes Skorupski, que foi de longe o melhor homem em campo. Tanto desperdício que espero não nos saia muito caro no futuro...
Em termos individuais, o Carreras esteve muito bem na lateral-esquerda e o Di María, apesar de muito marcado na 1ª parte, conseguiu libertar-se na 2ª e muito do nosso jogo atacante passou por ele. Na defesa, o Tomás Araújo está de pedra e cal, o Otamendi, apesar de ter sempre uma ou outra falha comprometedora, conseguiu por vezes ser imperial pelo ar, e o Bah é sempre um comboio na direita. O Trubin foi igualmente essencial pelas poucas defesas que fez e que permitiram manter a nossa baliza a zeros. Ao invés, os dois turcos, Kökçü e o Aktürkoğlu, estiveram bastante abaixo do que já exibiram e a nossa produção ofensiva ressentiu-se disso. O Florentino já passou por uma fase mais exuberante do que agora, assim como o Aursnes, embora este tenha subido de produção na 2ª parte, e o Pavlidis continua a ser o rei dos golos anulados, mas falhou uma oportunidade clamorosa que não devia. Quanto aos substitutos, o Amdouni deu nas vistas por via de dois dos remates mais perigosos que fizemos.
A Champions só voltará daqui a mais de um mês, com a recepção ao Barcelona e a ida à Juventus na semana seguinte. Dez pontos podem ser suficientes para atingir o play-off, mas convinha pontuarmos em ambas as partidas, o que não irá ser nada fácil. Falhámos o primeiro match-point, convém não falharmos os próximos dois...
P.S. - Uma palavra final para o árbitro, o romeno Radu Petrescu, que foi dos piores que vimos nos últimos tempos. Muito complicativo, a encharcar-nos de cartões, enfim, parecia um árbitro português...
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