origem

terça-feira, abril 09, 2024

Finito

Perdemos no WC no passado sábado (1-2) e será praticamente impossível voltarmos a ser campeões, dado que estamos com potencialmente sete pontos de desvantagem, com seis jornadas para jogar. O que nos valeu foi que o V. Guimarães foi ganhar a Mordor (2-1) e manteve o CRAC a nove pontos de nós.

Depois da boa exibição na Taça de Portugal, o Roger Schmidt repetiu a equipa, mas não poderíamos ter começado pior, com um golo sofrido ainda antes do primeiro minuto! Passe de risco do António Silva para o Bah, este e o Florentino a serem comidos pelo Pedro Gonçalves, que centrou para o Trubin voltar a aliviar mal a bola (tal como na Taça...) e o Catamo rematar com sucesso. Impensável! Não reagimos mal e dominámos a 1ª parte, sem, no entanto, ter grandes oportunidades de golo, dado que o Rafa rematou por cima quando estava em boa posição e, em mais do que uma ocasião, o último passe ou não saía ou saía mal. No entanto, já em tempo de compensação, conseguimos chegar à igualdade numa óptima cabeçada do Bah a um livre do Di María. Era importantíssimo chegarmos ao intervalo sem estarmos em desvantagem, dado que só a vitória nos interessava.

Na 2ª parte, a posse de bola foi mais equilibrada e houve oportunidades dos dois lados: a lagartada atirou uma bola à barra pelo suspeito do costume, Gyökeres, enquanto nós tivemos duas soberanas ocasiões pelo David Neres, cortada pelo Coate quase sobre a linha, depois de uma abertura magistral do Di María, e por este num remate que o Israel desviou para a barra e que deu canto. Estávamos já nos dez minutos finais e, mais uma vez, não tivemos a sorte do jogo. Pouco depois, foi o João Neves a ver um remate seu, que ia com boa direcção, ser interceptado por um defesa. Do nosso banco, já se sabe, nunca vem nenhum rasgo para alterar o rumo dos acontecimentos e só houve a entrada do Arthur Cabral para o lugar do Tengstedt a 20’ do fim. A lagartada claro que fez as cinco substituições, uma das quais a saída do Hjulmand, cujo segundo amarelo foi poupado pelo Sr. Artur Soares Dias. Se o empate já favorecia a lagartada, o campeonato ficou decidido no início da compensação com o 1-2 novamente pelo Catamo, que se converteu no Kelvin lagarto: canto da esquerda, alívio de cabeça na área e remate do moçambicano de pé direito de primeira ao ângulo da baliza do Trubin. De um jogador que é canhoto! Se isto não é karma, não sei o que é... O Schmidt lá se lembrou que havia mais jogadores no banco e ainda fez entrar o Kökçü e o Marcos Leonardo, e este ainda teve uma última ocasião, mas o remate em carrinho embateu no Diomande, depois de uma insistência fantástica do João Neves na sequência de um livre para a área. Até final, ainda deu para o Aursnes ver o segundo amarelo e desfalcar-nos perante o Moreirense.

Em termos individuais, o Di María esteve em praticamente todos os nossos lances de perigo (mas tem de ter cuidado com as reacções intempestivas, porque colocou-se à mercê do árbitro para um vermelho por ter atingido o Pedro Gonçalves, apesar de este fazer jus aos últimos números 8 lagartos, sempre a exagerarem nas suas atitudes...), o João Neves foi o monstro do costume, especialmente na 2ª parte, o Florentino, apesar de não ter estado bem no primeiro golo, cada vez prova mais que é uma das maiores razões para a época estar a ser a desilusão que está a ser (não ele, obviamente, mas a sua parca utilização). Ao invés, o Rafa esteve completamente desaparecido, o Tengstedt, lá está, dá luta, mas finalizar não é com ele e o David Neres poderia ter sido melhor a definir alguns lances. Menção também para o bom jogo do Bah, com a excepção do primeiro golo sofrido.

Temos, de longe, o melhor plantel e não vamos ser campeões, nem ganhar a Taça de Portugal. Portanto, ou ganhamos a Liga Europa (pausa para assimilar a improbabilidade da ideia....) ou alguém tem de assumir as responsabilidades pelo enorme fracasso desta temporada.

1 comentário:

joão carlos disse...

Foi mais um jogo que foi um resumo do que foi toda a época desconcentrações coletivas em momentos chaves, inícios de partida, recomeços de partida e aqui temos de incluir recomeços após termos marcado e desta vez até juntamos outro que foi desconcentração no fim da partida.
Mas para se ter sorte também é preciso que se faça por ela e o treinador parece fazer pouco por ela, coletivo nunca existiu e que é agravado por escolhas de alguns jogadores muito duvidosa e para lugares para os quais não tem a mínima capacidade depois para se ter sorte é preciso que se tire de campo que não está a produzir nada e quem mesmo tendo produzido já esta a produzir muito menos por evidente desgaste e nenhuma desta coisas o treinador faz.
Pois supostamente temos melhor plantel e mais opções, no entanto, eles fizeram cinco alterações entre jogos e cinco em cada um deles durante o jogo e relativamente cedo nos dois, nós não alteramos de um jogo para o outro jogo e substituições com tempo que se diga relevante tivemos uma em cada um dos jogos de nada serve termos mais opções, ou melhores, se depois não se usam é como não as ter.