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sexta-feira, dezembro 08, 2023

Mediocridade

Empatámos com o Moreirense em Moreira de Cónegos no passado domingo (0-0) e obviamente deixámos escapar a liderança para a lagartada (3-1 em casa ao Gil Vicente), que tem agora dois pontos a mais do que nós, com o CRAC (3-0 em Famalicão) um ponto atrás. Depois de termos ganho aos dois rivais em casa, algo que já não acontecia há muito tempo, termos agora esta diferença pontual para ambos não é nada tranquilizadora.
 
Quando as exibições são muito fracas, o resultado prático pode demorar a aparecer, mas inevitavelmente acaba sempre por surgir. Ganhámos à lagartada na Luz na jornada anterior com aquela exibição e logo no jogo a seguir as coisas voltaram à normalidade desta época, tendo acontecido o expectável: escorregámos, claro. A sorte que tivemos naquele encontro não se repetirá muitas vezes, se continuarmos a jogar de um modo lento, previsível e sem qualquer tipo de rasgo. De facto, é uma incógnita para mim a razão pela qual as coisas mudaram tanto de um ano para outro. De um futebol intenso, avassalador, alegre, passámos para isto. Nesta partida, demorámos a entrar no jogo, os primeiro 15’ foram totalmente do adversário e devemos à falta de pontaria adversária (e à trave...) ter mantido a baliza a zeros. Tivemos uma grande ocasião num canto, mas o Florentino na pequena-área e completamente à vontade falhou o cabeceamento! Um remate do Di María com a parte de fora do pé esbarrou no guarda-redes contrário e foram estas as duas únicas vezes em que colocámos a baliza contrária em perigo. Pouco, muito pouco.
 
Para a 2ª parte, o Roger Schmidt colocou o Kökçü e o Chiquinho nos lugares do João Neves e Florentino. Se a saída do Florentino ainda se poderia justificar (errou uma série de passes e não estava a ser o tampão do costume), a saída do João Neves, apesar de não estar a fazer uma exibição deslumbrante, é um pouco difícil de entender. Especialmente para entrar o Chiquinho. Não tenho nada contra o Chiquinho, acho até que foi muito útil no ano passado, mas ficámos claramente a perder. Um remate do Di María por cima e outro do Kökçü defendido pelo Kewin foi tudo o que conseguimos fazer na 2ª parte. Tivemos um golo do João Mário anulado por fora-de-jogo do jogador que fez a assistência, mas mais nada que se visse. O Schmidt colocou o Arthur Cabral no lugar do Tengstedt a 20’ do fim, mas o brasileiro teve o condão de, no último lance da partida, tentar marcar de calcanhar de costas para a baliza(!) quando poderia ter rematado normalmente de frente. Aos 88’, o nosso treinador voltou a mexer na equipa, fazendo entrar o Gonçalo Guedes e o João Victor(?!)... Voltámos à questão destas substituições nos últimos 5’... Porquê...?!?! E o Tiago Gouveia a manter-se no banco, connosco sem ter ninguém para romper as defesas contrárias...! Se era para jogar na parte final da partida, não poderia ter entrado o Tiago Gouveia em vez do João Victor para a lateral-direita...?!
 
Não vou destacar ninguém individualmente, porque a exibição foi paupérrima. Jogadores influentes e desequilibradores como o Rafa e o Di María estão totalmente fora de forma. O João Mário é outro que parece que tem lugar cativo, o Musa ficou no banco e entrou o Arthur Cabral(!!), o Tiago Gouveia nem sequer conta para o Totobola, a questão das substituições no final dos jogos é toda uma panóplia de decisões incompreensíveis do Roger Schmidt.
 
Iremos defrontar o Farense hoje antes de irmos a Salzburgo jogar a continuidade nas provas europeias. Estes próximos dois jogos podem definir muito do que será a nossa época, mas as coisas estão muito longe de estar famosas...

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