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segunda-feira, março 13, 2023

Poderoso

Vencemos o Marítimo no Funchal por 3-0 e manteve-se tudo igual na frente, porque os outros três também ganharam (o CRAC 3-2 em casa frente ao Estoril, o Braga 4-0 em Vizela e a lagartada 3-0 em casa ao Boavista). Para a semana, haverá um Braga – CRAC que inevitavelmente irá trazer alterações à classificação.
 
Sem o Rafa, com gripe, e o Gonçalo Gudes, que teve de ter operado ao joelho (que sorte a nossa...!), e com um adversário temível, como é o Sr. Fábio Veríssimo, confesso que estava bastante apreensivo com este jogo. O Roger Schmidt fez o óbvio, que foi colocar o David Neres no lugar do nº 27. Durante os primeiros 10’, o Marítimo ainda conseguiu passar do meio-campo, mas daí até final o jogo foi todo nosso. O João Mário começou por se evidenciar pela negativa, com dois falhanços incríveis, sozinho na área, a atirar a bola por cima da barra em ambos os casos. Mas o maior falhanço do João Mário viria à passagem da meia-hora, com um penalty, a castigar falta sobre o Aursnes, a ser atirado também para as nuvens. Pouco depois, foi o David Neres a ver um remate seu na pequena-área ser defendido(!) pelo guarda-redes Marcelo Carné. Depois de uma 1ª parte deste calibre, seria muito frustrante ir para o intervalo a zeros, mas felizmente já em tempo de compensação inaugurámos o marcador através do David Neres, a desviar para a baliza um centro da direita do João Mário, depois de uma jogada de insistência da sua parte. Pela maneira com o nosso banco festejou este 1-0, percebeu-se bem a importância de irmos para o intervalo na frente do marcador. E a vantagem até poderia ter sido maior, porque o Marcelo Carné conseguiu ir buscar uma bola rematada pelo Grimaldo ao canto da baliza, mesmo antes do apito para o intervalo.
 
Na 2ª parte, não abrandámos o ritmo e conseguimos resolver a partida em pouco tempo. Aos 50’, fizemos o 2-0 numa jogada colectiva com o Aursnes a abrir na esquerda no Grimaldo, este a centrar largo, o Gonçalo Ramos e o guarda-redes a não conseguirem chegar, e a bola a sobrar para o João Mário marcar, já de ângulo difícil. Sete minutos depois, a partida ficou fechada com o 3-0 num bis do David Neres, depois de um contra-ataque maravilhoso com a participação do Aursnes, Grimaldo e Neres, com o brasileiro a marcar de pé direito, depois de uma assistência de calcanhar do espanhol. A partir daqui, com o jogo praticamente decidido, baixámos o ritmo e o Marítimo cresceu um pouco, até por causa das substituições. No entanto, acabaram por nunca colocar o Vlachodimos verdadeiramente à prova. Quanto a nós, só começámos a mexer na equipa dentro dos últimos 10’ minutos e os dois nórdicos (Tengstedt e Schjelderup) estrearam-se finalmente. Poderíamos ter conseguido uma goleada, mas o também entretanto entrado João Neves permitiu a mancha do guarda-redes, quando estava isolado, e o Schjelderup perdeu muito tempo de remate, quando só tinha um defesa pela frente.
 
Em termos individuais, se é certo que o David Neres marcou um bis e qualquer destaque não pode deixar de passar por ele, o Aursnes encheu o campo e esteve em muitos dos nossos lances perigosos, com assistências que só não deram golo devido a alguma inépcia do João Mário & Cia. João Mário, esse, que apesar de três falhanços clamorosos, conseguiu entrar na ficha do jogo com um golo e uma assistência. Mixed feelings acerca disto. O Gonçalo Ramos não marcou, mas nunca pára quieto durante o jogo. A defesa não teve muito trabalho e resolveu quando foi preciso. Quanto aos nórdicos, estiveram muito pouco tempo em campo, mas deu para ver que o Schjelderup ainda está um pouco verde (salvo seja!).
 
Foi uma resposta categórica num campo complicado e depois de saber que o 2º e 3º classificado tinham ganho. Não nos desconcentrámos com a quantidade de falhanços no início, nem com o penalty para as nuvens. E até ao apito final fomos tentando aumentar a vantagem, naquilo que tem sido a nossa imagem de marca esta época. Iremos receber o V. Guimarães no próximo sábado, sem o Aursnes que viu o 5º amarelo. Será uma baixa de peso, mas espero que a consigamos ultrapassar.

1 comentário:

joão carlos disse...

Jogo muito bem conseguido, mas á semelhança de outros anteriores com um desperdício enorme desta vez com uma inovação ainda mais grave que para além das oportunidades desperdiçadas até foi a forma escandalosa como as desperdiçamos que foi mais evidente desta vez, depois valem que no espaço de um quarto de hora tivemos uma eficácia praticamente absoluta em contrate com o inverso até aí, esta bipolaridade continua a ser um enigma para mim.
As lesões são a coisa mais natural que existe num plantel e é por isso, mas não só, que eles são compostos por mais de vinte jogadores em vez de quinze o problema não é esse o problema é termos no plantel jogadores que já estão há dois meses no plantel e que ainda não tem capacidade para ser opções, por questões de ritmo e de qualidade, quando estamos a aproximar da reta final da época isso é que não faz sentido nenhum, com a agravante de não ser apenas um mas mais.
Desta vez dado a falta de opções validas no banco percebi porque as substituições só foram feitas já tão tarde, ainda assim a frescura que trouxeram foi o suficiente para voltarmos a ser mais perigosos, não percebo depois foi as últimas três não terem sido fitas todas ao mesmo tempo em vez de ser em dois momentos com pouco tempo de intervalo que em nada nos trouxe vantagem naquele contexto.