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segunda-feira, março 20, 2023

Dez pontos

Goleámos o V. Guimarães no sábado por 5-1 e, com o empate ontem na Pedreira entre o Braga e o CRAC (0-0), aumentámos a vantagem para 10 pontos para o 2º lugar (e 12 para o 3º). Foi obviamente um fim-de-semana de luxo (roubando a expressão ao nosso treinador)!
 
Em relação ao onze anterior, saiu o castigado Aursnes e reentrou o recuperado da gripe, Rafa. Mesmo estando a defrontar o 5º classificado, entrámos a todo o gás e praticamente resolvemos o jogo na 1ª parte. Inaugurámos o marcador logo aos 13’ numa cabeçada à ponta-de-lança do Gonçalo Ramos a corresponder muito bem a uma assistência também de cabeça do Rafa, depois de um centro do David Neres na esquerda. Pouco depois, uma abertura brilhante do Chiquinho desmarcou o Rafa que, perante a saída do guarda-redes Celton Biai, rematou em arco, mas a bola saiu ao lado da baliza. Logo a seguir, foi o Gonçalo Ramos a não conseguir aproveitar um alívio de cabeça do guarda-redes de fora da área, com um balão pouco depois do meio-campo que saiu ao lado. Mas aos 28’ fizemos finalmente o 2-0 através de um penalty do João Mário a castigar derrube pelas costas ao Rafa. O terceiro golo esteve próximo numa bola parada, mas a cabeçada do Otamendi foi ao poste e o António Silva no desenrolar da jogada atirou também de cabeça à figura do guarda-redes praticamente na pequena-área. No entanto, o 3-0 surgiu mesmo aos 36’ na melhor jogada da partida, com um contra-ataque venenoso desde a defesa em que participaram o David Neres, Rafa e Gonçalo Ramos, que assistiu o João Mário para picar a bola sobre o guarda-redes à sua saída. Um golão!
 
A 2ª parte foi muito mais calma, porque nós abrandámos o ritmo e o V. Guimarães não teve grande arte para nos colocar problemas na defesa, apesar de logo no recomeço um remate cruzado ter colocado o Vlachodimos finalmente à prova. Nós respondemos igualmente com perigo num livre lateral do Grimaldo, em que um defesa desvia quase para golo antecipando-se ao Gonçalo Ramos. No entanto, só fizemos o 4-0 aos 69’ num autogolo do Dani Silva depois de uma jogada em que participaram o Rafa e o João Mário, que centrou para a bola ressaltar neste jogador, indo na direcção da baliza, sendo cortada sobre a linha por um defesa para voltar a bater no Dani Silva e entrar! Incrível! A 15’ do fim, o Roger Schmidt começou a rodar a equipa e a saída do Florentino notou-se logo, porque o V. Guimarães reduziu aos 79’ através do André Silva, depois de um cruzamento da esquerda. Mas ainda fomos a tempo da mão-cheia de golos, num cruzamento do David Neres depois de um canto, em que o Musa tenta cabecear para a baliza, mas a bola sai tortíssima e transforma-se numa assistência para o António Silva também de cabeça atirar lá para dentro.
 
Em termos individuais, destaque para o João Mário, com novo bis, para o Gonçalo Ramos, com um golo e uma assistência, para o Florentino, que foi a vassoura do costume no meio-campo (e salvou-se do amarelo, mas terá de ter cuidado em Vila do Conde para não ficar de fora contra o CRAC) e para o David Neres, que apesar de não ter feita uma exibição de encher o olho, também participou em dois golos.
 
Iremos ter agora a pausa para as selecções, em que fico sempre com o coração pequenino por causa de eventuais lesões. Claro que fiquei contente com o alargamento da vantagem, mas aquele falhanço do Pizzi na Pedreira no último lance do jogo tirou-me a euforia que teria, caso o CRAC tivesse perdido. Faltam nove jogos e precisamos de ganhar seis para sermos campeões. É aquilo que tem de estar na nossa cabeça, porque nesta altura ninguém mais pode ganhar o campeonato. Só nós o poderemos perder...
 
P.S. – Realizou-se na passada 6ª feira o sorteio para os quartos-de-final e meias-finais da Liga do Campeões. Iremos defrontar o Inter Milão e, se passarmos, o vencedor do Milan – Nápoles. Está esparramado por este blog inteiro o meu crónico pessimismo (só com 3-0 a 5’ do fim é que eu acho que temos algumas possibilidades de ganhar o jogo...), mas até tremo só de pensar nisto, com medo que dê azar. Em termos teóricos é muito simples: com os tubarões Real Madrid, Manchester City e Bayern Munique do outro lado do sorteio e com o que estamos a jogar este ano, será difícil termos no futuro tão boas condições para voltarmos a uma final da Liga dos Campeões. Há só um pequeno pormenor: temos de o provar em campo.

1 comentário:

joão carlos disse...

Neste jogo ao contrario do que tem sido habitual noutros jogos nem tivemos muitas oportunidades a diferença é que foram quase todas flagrantes e que por isso acabaram por resultar numa eficácia bastante assinalável e se comparada a eficácia com a que temos tido nalguns jogos foi desta vez até fenomenal.
Mas parece evidente a necessidade que temos de arranjar quem alterne na marcação das grandes penalidades é que quem as tem executados nas ultimas sete que executou seis foram mal batidas duas foram falhadas e as outras quatro em todas elas os guarda redes conseguiram sempre tocar na bola era de todo importante dar algum descanso a quem as tem sempre executado e proporcionar alguma imprevisibilidade.
Desde o início da época que não temos nenhuma alternativa direta ao nosso trinco titular, não é à toa que é o único jogador que até agora jogou os jogos todos, coisa que também de forma incompreensível também não foi corrigida no mercado de inverno e como se viu não é lançando outros médios, que não são trincos, que ainda por cima tem falta de maturidade competitiva devido à idade que se consegue resolver a questão.