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segunda-feira, dezembro 20, 2021

Barriga cheia

Trucidámos o Marítimo por 7-1, mas mantém-se tudo igual na frente, connosco a quatro pontos dos primeiros, porque a lagartada foi ganhar 3-0 em Barcelos e o CRAC 4-0 em Vizela. Com o Jesus castigado e fora do banco, fizemos das exibições mais bem conseguidas dos últimos tempos. Se calhar, está aí o segredo...! :P
 
Com os titulares todos de volta em relação ao Covilhã, e o Yaremchuk na frente com o Rafa e Darwin, entrámos a todo o gás com o 1-0 a surgir logo aos 3’ através do mesmo Darwin, que se antecipou ao Rafa na sequência de uma boa combinação atacante em que também participou o Gilberto, que acabou por colocar ambos os jogadores em frente ao guarda-redes. Aos 18’, aumentámos para o 2-0 num bis do Darwin, que cabeceou por entre as pernas do guarda-redes Paulo Victor, depois de um cruzamento do João Mário, que aproveitou um erro na saída do Marítimo. Dois golos nas duas primeiras oportunidades não estava nada mal... O Marítimo tentava jogar positivo, mas acabava por nos dar muitos espaços nas costas e aos 34’ praticamente acabámos com o jogo com o 3-0 através do Gilberto, num remate forte depois de ser desmarcado pelo Rafa. Logo a seguir, foi a vez do Yaremchuk falhar um golo cantado ao rematar muito torto depois de uma assistência perfeita do Darwin. O Marítimo ia tentando, mas nunca colocou o Vlachodimos verdadeiramente à prova.
 
A 2ª parte começou, tal como em Famalicão, com um golo nosso: aos 48’, o Yaremchuk isolou o Rafa, que fez um chapéu sobre o guarda-redes, aumentando para 4-0. Jogos assim, por mim, poderiam ser todos: 3-0 ao intervalo e mais um logo a seguir ao intervalo para uma pessoa ver a bola descansada. Tão bom! Faltava o golo do Yaremchuk, que aconteceu aos 57’, assistido pelo Rafa, depois de um passe longo do Darwin para o nº 27. Alguns minutos volvidos, o mesmo Darwin falhou de forma incrível o seu terceiro golo, ao cabecear ao lado quando estava completamente isolado. Aos 66’, começámos a rodar a equipa com as entradas do Morato e Taarabt para os lugares do Grimaldo e João Mário, passando o André Almeida para lateral-esquerdo. Com a abécula marroquina no meio-campo, já se esperava que baixássemos o ritmo, não fosse ele um mestre a jogar para o lado e para trás. O único remate que o Vlachodimos teve de defender aconteceu aos 75’ e pouco depois entraram o Seferovic e Gonçalo Ramos para os lugares do Yaremchuk e Darwin. Nos últimos 10’, houve mais três golos. Era bem escusado, num jogo destes, sofrermos um golito, mas isso aconteceu aos 81’ numa cabeçada do Alipour num lance em que nos desconcentrámos com o Gilberto no chão com problemas físicos (o brasileiro foi substituído logo a seguir pelo Lázaro). Aos 86’, o Gonçalo Ramos FINALMENTE estreou-se a marcar esta temporada ao fazer o sexto golo, assistido pelo Seferovic, num golo parecido ao frente ao Covilhã, embora com os papéis invertidos. Mas o suíço também não ficaria a seco, ao fechar o resultado em 7-1, com uma cabeçada na sequência da quarta(!) assistência do Rafa.
 
Em termos individuais, o melhor em campo foi indiscutivelmente o Rafa: um golo e quatro assistências são números fantásticos, e tornam-no no nosso jogador mais valioso no momento. A veia goleadora do Darwin, com mais dois golos, também merece relevo e o uruguaio está a passar por uma fase de grande confiança. Confiança, essa, que espero que o Yaremchuk recupere com o golo que marcou (e ainda fez uma assistência). No meio-campo, o pêndulo Weigl mantém-se, mas o João Mário já me pareceu em melhor forma, sendo, porém, daqueles jogadores que não sabe jogar mal. O Gilberto está a atravessar a melhor fase desde que chegou ao Benfica e é a opção mais válida para a lateral-direita. Ontem foi aplaudido e espero que já tenha deixado de ser o patinho feio do plantel.
 
Foi um bom preâmbulo para os dois próximos jogos, que poderão definir muito do que será a nossa temporada. Dois resultados negativos em Mordor irão tornar a situação do treinador insustentável. Se forem positivos, poderão ser o ponto de viragem da temporada.

1 comentário:

joão carlos disse...

Mas já vimos que equipas que tentam disputar o jogo pelo jogo e que dão espaço entre a defesa e o guarda redes são o ideal para o nosso estilo de jogo e para as características dos nossos jogadores e se na finalização estivermos num dia bom então estamos próximos de resultados destes e pior continua a ser contra equipas que se fecham muito e até podem jogar os melhores que as dificuldades são imensas e a qualidade de jogo é sempre muito sofrível para não dizer outra coisa.
Sinceramente não percebi a demora nas substituições com o jogo feito cerdo na segunda parte tardar substituições e serem feitas a maioria nos últimos minutos não faz sentido nenhum até porque os jogadores que ficam em campo eles próprios abrandam o ritmo para não se desgastarem tanto, e não foi á toa que só depois de todas as substituições feita é que voltamos a ter um ritmo de jogo mais elevado e com isso apareceram as oportunidades.
Este sãos os jogos ideais para lançar nas substituições os jogadores jovens que com o jogo feito entram sem pressão podendo errar e se as coisas correrem bem até adquirir mais confiança para além dos minutos jogados mas o treinador preferiu em vez disso lançar um jogador feito que por isso este jogo nada adiantava para nada e isso seria valido mesmo que o jogador que entrou tivesse uma qualidade enorme, o que nem é o caso, mas pelos vistos estava a guardar o jovem jogador para entrar nos últimos cinco minutos jogo isso sim é que ele ia crescer naquele tempo todo em campo, mas nem isso aconteceu.