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terça-feira, setembro 21, 2021

Convincente

Vencemos ontem na Luz o Boavista por 3-1 e temos pela primeira vez o pleno de vitórias nas primeiras seis jornadas do campeonato, desde a saudosa temporada de estreia do grande Sven-Goran Eriksson (1982/83). Foi um triunfo justo, numa partida em que os axadrezados deram boa réplica ou não fossem treinados pelo João Pedro Sousa, um treinador que não usa o autocarro e tenta colocar as suas equipas a jogar futebol.
 
Com um tridente atacante formado pelo Rafa, Yaremchuk e Darwin, entrámos bem no jogo e o uruguaio teve uma boa oportunidade num centro do ucraniano, mas o remate de primeira saiu ao lado. No entanto, não demorou muito até chegarmos à vantagem, pelo mesmo Darwin, num óptimo cabeceamento a um cruzamento teleguiado do Diogo Gonçalves aos 14’. O Boavista reagiu bem e proporcionou ao Vlachodimos uma boa defesa num remate fora da área. E foi também de fora da área, depois de uma perda de bola comprometedora do Weigl, que chegou à igualdade aos 32’ através do Sauer, com um golão sem hipóteses para o nosso guarda-redes. No entanto, o Weigl redimiu-se, e bem, logo a seguir (34’) ao fazer de cabeça o 2-1, depois de um cruzamento largo do João Mário para área e assistência também de cabeça do Otamendi para o alemão.
 
Ao intervalo, o Diogo Gonçalves ficou no balneário, aparentemente por problemas físicos, e entrou o Lazaro. Não melhorámos, antes pelo contrário. O Boavista entrou bem e colocou o Vlachodimos em sentido, mas do outro lado também o Yaremchuk num remate forte de primeira obrigou o Bracali a defender para canto. Num canto, o Lucas Veríssimo deveria ter tido melhor direcção no cabeceamento, mas aos 61’ conseguimos aumentar a vantagem num bis do Darwin, depois de assistência do Rafa, isolado num passe em profundidade do Lucas Veríssimo. A meio da 2ª parte, o Jesus resolveu dar descanso ao Yaremuck e dar a enésima oportunidade ao Everton, mas foi o Darwin a falhar o seu terceiro golo, ao permitir a defesa do Bracali com o pé, quando estava isolado perante ele depois de um passe a rasgar do Grimaldo. O mesmo Bracali defendeu para canto um cabeceamento do Everton que iria lá para dentro, mas o Boavista também nunca deixou de tentar marcar, tendo o Vlachodimos revelado a sua segurança habitual.
 
Em termos individuais, destaque para o Darwin com novo bis depois dos Açores. É o tipo de jogador que fica bastante confiante quando marca golos e o facto de ter tido o Yaremchuk ao lado faz com que os centrais contrários tenham de dividir atenções, o que nos favoreceu. O ucraniano não marcou, mas percebe-se a milhas que é bom jogador. O Rafa é outro a passar um belo momento de forma, com acelerações que desestabilizam as defesas contrárias, só tendo de melhorar no último passe (tal como fez no terceiro golo). Os três centrais (Lucas Veríssimo, Otamendi e Vertonghen) estiveram imperiais e o nosso meio-campo dá gosto de ver com o Weigl e João Mário sempre a simplificar processos e dar fluidez ao nosso jogo. Que diferença em relação ao ano passado...!
 
Teremos no próximo sábado a saída sempre complicada a Guimarães antes do regresso da Champions. Será o jogo doméstico mais difícil até agora, mas a equipa tem vindo a subir de forma de jogo para jogo e espera-se naturalmente mais uma vitória.

1 comentário:

joão carlos disse...

A questão é mesmo essa quando apanhamos equipas que jogam subidas e que dão espaço entre a defesa e o guarda redes, mesmo que defendam com muitos, as coisas ficam menos complicadas para nós já que temos muitos jogadores que se sentem confortáveis, gostam, tem qualidades e tiram partido do ataque à profundidade quando as equipas se fecham muito é que é pior já que esses mesmos jogadores sentem muitas dificuldades e depois não temos no plantel muitas opção no ataque de características diferentes.
O treinador veio se queixar que no fim não controlamos o jogo como o deveríamos fazer mas ele também deveria perceber que com jogadores com as tais características de ataque à profundidade que depois não tem as características para outro tipo de jogo se queria mudar tinha de fazer mais substituições e meter mais gente de características diferentes, aquelas duas substituições mesmo a terminar, que não serviram para nada, feitas mais cedo poderiam ter alterado alguma coisa, para além de que a equipa continua a querer controlar o jogo à entrada da nossa área em vez de no meio campo adversário e depois adormece em vez de adormecer o adversário como se viu no lance em que eles acabaram por marcar.
Já temos pelo menos dois jogadores, penso que haverá ainda outro caso, que tem duas lesões num curto espaço de tempo resta saber se por mero acaso ou se por terem sido considerados curados cedo de mais é que com um plantel tão extenso estar a arriscar meter jogadores vindo de lesões cedo de mais é um risco que não faz muito sentido.