sexta-feira, fevereiro 19, 2021
Lisonjeiro
Empatámos, na casa emprestada de Roma, frente ao Arsenal (1-1) e estamos em desvantagem para a 2ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa, na casa emprestada do Arsenal em Atenas. Perante o futebol que apresentámos e o que tentámos tirar deste jogo (claramente não perder), foi um óptimo resultado.
O Jesus voltou a inovar com os três centrais, promovendo a estreia absoluta do Lucas Veríssimo. No meio-campo, alinharam o Weigl, Pizzi e Taarabt, e, na frente, o Waldschmidt fez companhia ao Darwin. Os primeiros 30’ da 1ª parte foram um suplício, em que praticamente não passámos do meio-campo, fomos esmagados na posse de bola, mas, facto positivo, defendemos relativamente bem e o Arsenal só teve uma grande ocasião pelo Aubameyang, que atirou ao lado só com o Helton Leite pela frente. A partir da meia-hora, reequilibrámos um pouco, o Darwin teve um remate que poderia ter sido com mais força e tivemos a grande oportunidade mesmo em cima do intervalo, quando o Grimaldo roubou bem uma bola à saída da grande-área adversária, mas depois centrou pessimamente e a bola foi cortada para canto.
Na 2ª parte, a tendência do jogo não foi tão vincadamente inglesa, embora continuassem a ser do Arsenal as melhores (poucas) oportunidades. O Rafa (que ficou no banco certamente para poder ver o resumo alargado do Arsenal – Benfica de 1991, que infelizmente ainda não teve oportunidade de ver nos cinco anos que leva de Benfica...!) entrou para o lugar do muito apagado Waldschmidt e as coisas melhoraram um bocado. Aos 55’, como não estávamos num jogo do campeonato nacional, uma clara mão na bola na área do Arsenal deu penalty a nosso favor (como me relembrou o D’Arcy, temos 4 penalty em 7 jogos na Liga Europa contra 0 em 19 na nossa Liga...!). O Pizzi não tremeu e, mesmo com aquele saltinho que me tira do sério, conseguiu desfeitear o guarda-redes Leno. No entanto, mal tivemos tempo de saborear a vantagem, porque o Arsenal igualou logo dois minutos depois através do Saka com assistência do Cédric, num lance em que beneficiou de alguma sorte num corte de um jogador nosso que fez a bola bater noutro jogador nosso(!) e ressaltar para o adversário. O Everton entrou por volta dos 65’ e teve um remate bastante perigoso, com a bola a rasar o poste, mas já antes, do outro lado, felizmente o Aubameyang não estava nos seus dias e teve mais uma ocasião em que atirou ao lado em boa posição. Até final, as equipas conseguiram anular-se mutuamente e pareceram satisfeitas com o resultado.
Em termos individuais, toda a defesa esteve bem com menção especial para o Lucas Veríssimo, que teve uma estreia promissora perante um adversário difícil. Gostei igualmente do Diogo Gonçalves sobre a direita, que vem evoluindo de jogo para jogo. Perante um adversário de outro calibre (apesar de estar em 10º na Premier League), confirma-se que o Weigl é um dos poucos jogadores de categoria internacional do nosso plantel, que aguenta o embate com eles. Continua a substituí-lo frequentemente, Jesus, não te esqueças...! O Pizzi esteve fraco e o Taarabt inenarrável, como quase sempre.
Deixo para o final algo que me esfrangalhou os nervos durante praticamente o jogo todo, mas em especial na 2ª parte: eu até compreendo a táctica mais cautelosa, com menor pendor ofensivo, etc. e tal, agora, por favor, alguém me explique PORQUE RAIO DE CARGA DE ÁGUA é que nós sucessivamente desacelerávamos no ataque, até quando tínhamos praticamente igualmente numérica? A sério, porque é que chegávamos em relativa boa posição ao meio-campo adversário e inevitavelmente travávamos a corrida, pisávamos a bola e voltávamos para trás? É que não aconteceu só uma ou duas vezes. Deve certamente haver uma boa explicação para tanta falta de ambição. Digo eu. Obrigado pela atenção.
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4 comentários:
"confirma-se que o Weigl é um dos poucos jogadores de categoria internacional do nosso plantel, que aguenta o embate com eles"..ahahahahahahahahahahhahahahahahahhahahahahah
Não achei falta de ambição e a explicação do Caneira na transmissão faz todo o sentido.....
para mim grande jogo do weigl.
Mais uma vez num jogo das competições europeias só ficamos em vantagem por escassos minutos já o ano passado tinha sucedido mesmo o ano passado e só demonstra a falta de estofo e de concentração de determinados jogadores que fazem parte do plantel mais quem vem com uma estratégia como nós viemos depois de estar em vantagem nunca, por nunca ser, a poderíamos ter deixado escapar.
Não sou grande apologistas dos três centrais, que invariavelmente são cinco defesas, para isso prefiro três médios centro, onde alias estão os nosso grandes problemas e onde se poderia assim estancar o jogo adversário e já não ser necessário jogar com três centrais, mas a jogar com três centrais temos de ter sempre três no ataque jogar só com dois é uma nulidade atacante completa, alias como ficou demonstrado neste jogo embora a diferença no segundo tempo não tenha sido só por isso, mas também foi por isso.
Pelos vistos a equipa gosta mesmo é de ter uma equipa fechada em frente à sua área pelos vistos igualdade numérica ou superioridade numérica isso é para meninos para jogadores tem de se ter o adversário completo isso é que dá luta, mas também pelas ultimas amostras varias e em vários jogos sempre que tivemos superioridade numérica invariavelmente decidimos mal e nem uma oportunidade criamos por isso se calhar o melhor é parar o jogo assim sempre se evitam umas vergonhas.
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