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quarta-feira, janeiro 13, 2021

Em frente

Goleámos ontem o Estrela na Reboleira (4-0) e qualificámo-nos para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Perante uma equipa do Campeonato de Portugal (o terceiro escalão do futebol português), tivemos muito mais dificuldades na 1ª parte do que na 2ª, em que o resultado se foi avolumando.
 
Com a ida a Mordor já nesta 6ª feira, o Jorge Jesus aproveitou para rodar a equipa e, dos titulares frente ao Tondela, só o Seferovic repetiu a dose. Com o Pedrinho em destaque na direita, tivemos um bom fogacho inicial que, infelizmente, foi apenas isso mesmo, um fogacho. A partir dos 10’, o Estrela equilibrou, os jogadores rápidos do ataque deram algum trabalho ao Jardel e ao estreante Todibo, mas as melhores ocasiões acabaram por ser nossas, com o Pedrinho (excelente toque de calcanhar do Gonçalo Ramos a desmarcá-lo) e o Seferovic a falharem-nas algo escandalosamente. Aos 42’, inaugurámos finalmente o marcador, através do Chiquinho, numa recarga a mais em enorme falhanço do Seferovic que conseguiuacertar no guarda-redes quando tinha a baliza escancarada, depois de uma óptima abertura do Pedrinho para o Diogo Gonçalves na direita centrar com a-propósito para a área.
 
Na 2ª parte, o Estrela ressentiu-se do esforço físico de nos condicionar os movimentos na 1ª e começou a abrir muitos buracos na sua defesa, também, obviamente, porque quis ir à procura do golo do empate. Nós entrámos muito fortes com uma cabeçada de raspão ao lado do Todibo e um remate algo displicente do Seferovic em óptima posição, que foi interceptado por um defesa, a darem o mote para o 2-0 que surgiu aos 51’ pelo suíço (finalmente!), depois de um centro atrasado do Diogo Gonçalves na direita. Mesmo assim a bola teve de ressaltar num defesa e pareceu-me que sem ele não entraria... Logo a seguir, o Estrela reduziu, mas o VAR anulou por fora-de-jogo de sensivelmente meio metro. O Waldschmidt entrou para o lugar do Gonçalo Ramos e terminámos com as (poucas) dúvidas que havia aos 62’, num bis do Chiquinho na área, depois de uma assistência do Pedrinho. Aos 66’, fechámos a contagem pelo Waldschmidt, a rematar ao ângulo depois de ser isolado pelo Pedrinho. Até final, ainda assistimos a dois falhanços incríveis do Waldschmidt (embora em fora-de-jogo, mas a fazer lembrar o Bryan Ruiz...) e do também entretanto entrado Ferreyra, que perdeu uma quase irrepetível oportunidade de voltar a marcar golos com a camisola principal do Benfica. O que se repetiu, à semelhança da eliminatória anterior frente ao Vilafranquense, foi a incompreensível decisão de o Jesus lançar titulares em campo com o jogo decidido, neste caso, o Rafa, Grimaldo e Weigl. Para quê...? Anda a fazer trapézio sem rede para ver se fica sem mais titulares, é isso?
 
Em termos individuais, o melhor em campo foi o Pedrinho, praticamente o único que emprestou algum dinamismo à equipa. Menção também obviamente para o Chiquinho, com um bis, apesar de ter jogado a maior parte do tempo a extremo-esquerdo. Aliás, acho-o bastante melhor e não percebo porque não joga mais vezes no lugar do Sr. Emperra, aka Taarabt, que não é por jogar contra uma equipa de um escalão inferior que vai deixar os seus créditos por mãos alheias...! Exasperante, mais uma vez... O Diogo Gonçalves acabou por fazer duas assistências, mas continua a não dar muitas garantias no lado direito da defesa. Gostei da estreia do Todibo, especialmente para quem vem de tantos meses parado, embora me pareça que tem o péssimo hábito de sair a fintar desde a defesa. De qualquer maneira, aparentemente cinco centrais não chegam para o Jesus e preparamo-nos para ir buscar um sexto...
 
Com a eliminação da lagartada na Madeira frente ao Marítimo (0-2), já não os iremos apanhar na meia-final e, portanto, com os quartos em casa e as meias a duas mãos será indesculpável que não cheguemos à final. A segunda competição nacional mais importante tem de voltar a ser nossa!

1 comentário:

joão carlos disse...

Não acho que seja tanto o senhor emperra ele é mais o senhor perde a bola a quantidade de bolas que ele perde sendo que a vasta maioria nem sequer é em passe de rotura, que a saírem poderiam resultar em perigo, mas em lance banais para os laterais ou extremos mas e basta ver que o lance em que eles marcaram resulta de uma falta cometida por ele já ela escusada e ridícula mas que só aparece por ele tinha perdido a bola no meio circulo não uma mas duas vezes seguidas.
Ter um ponta de lança que teve cinco oportunidades algumas delas escandalosas e só com o guarda redes pela frente e delas só conseguir finalizar uma com sucesso já era muito mal, alias era péssimo, ainda por cima quando essa oportunidade concretizada só o é porque a bola tabelou num adversário porque senão era mais um escandaloso falhanço é mau de mau principalmente quando emprestamos um muito melhor finalizador para ficar com isto.
Pelos vistos somos a equipa com a maior media de cantos conquistados no campeonato mas desse numero elevado temos para apresentar apenas uma misera finalização com sucesso e depois nem com uma equipa da terceira divisão conseguimos sequer num lance de bola parada nem digo finalizar com sucesso mas pelo menos ter alguma oportunidade de perigo mas nem isso é que o desenho das combinações roça o patético.