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segunda-feira, setembro 28, 2020

Perdulários

Vencemos o Moreirense no sábado na Luz por 2-0 e continuamos na frente e do campeonato, juntamente com o CRAC (5-0 no Bessa) e o Santa Clara. Se há jogos em que se costuma dizer que o resultado foi melhor do que a exibição, neste foi precisamente o contrário: a exibição foi (muito) melhor do que o resultado. Trocando por miúdos, acho que nem nos 10-0 ao Nacional tivemos tantas oportunidades como nesta partida!
 
Com a lesão do Taarabt, o Jesus apostou no Pizzi para o meio-campo. Quando a equipa entrou em campo, percebeu-se logo que seria o último jogo do Rúben Dias pelo Benfica, porque foi o capitão com o André Almeida e o Pizzi igualmente titulares. E a despedida não poderia ter corrido melhor, porque foi o próprio Rúben Dias a inaugurar o marcador de cabeça, na sequência de um canto, logo aos 20’. Já antes, o Darwin tinha falhado isolado perante o guarda-redes, atirando ao lado, e até ao intervalo criámos oportunidades suficientes para ganhar os próximos quatro jogos! Eu nem vou enumerá-las aqui, porque senão este postseria maior do que Os Maias. O Moreirense só tive uma chance na 1ª parte (quer serviu para o jogo inteiro), mas o Vlachodimos defendeu bem para canto um remate desviado.
 
Na 2ª parte,  criámos oportunidades para vencer os próximos dois jogos e a mais escandalosa de todas foi do Waldschmidt que permitiu a intercepção de um defesa depois de o Darwin lhe ter feito uma assistência à saída do guarda-redes. Inacreditável! O jogo ia decorrendo sem que o Moreirense conseguisse criar perigo, mas naturalmente uma vantagem de um só golo deixaria tudo em aberto até final. Pela maneira como a bola parecia não querer entrar, eu já estava a antecipar um sofrimento até ao apito do árbitro, quando, aos 80’ o Darwin se desmarcou pela direita e assistiu primorosamente o entretanto entrado Seferovic, que só teve de encostar. Finalmente podíamos respirar, mas ainda faltava a proverbial bola ao poste (que nunca falha em jogos como este) cortesia do André Almeida quase em cima dos 90’.
 
Em termos individuais, o Rafa foi dos melhores, porque, para além dos piques no ataque, também os fez a defender e recuperou pelo menos umas três bolas graças à sua velocidade. O Everton voltou a mostrar que temos ali um craque, mas infelizmente só deverá durar um ano com a nossa camisola. O Darwin continua sem marcar, mas compensa isso com assistências para golo. O Rúben Dias fica com um jogo para mais tarde recordar para a despedida e irá deixar saudades.
 
Para a semana, jogaremos novamente em casa frente ao Farense e espera-se que a melhoria exibicional se mantenha, porque estamos a jogar já um futebol bastante agradável. E não me venham dizer que é por ser o Famalicão e Moreirense, porque são (pelo menos) da valia do Tondela e Santa Clara e eu ainda me lembro muito bem das nossas exibições frente a eles na Luz na época passada...
 
P.S. – O Rúben Dias irá para o Manchester City por 53M€. Isto porque o Otamendi virá para o Benfica por 15M€. Portanto, os 68M€ não são bem 68M€, porque o Otamendi está claramente sobrevalorizado. Mesmo assim é uma boa verba por um central, ainda por cima nos tempos de pandemia que corremos, e o Jesus foi frontal ao vir dizer que esta venda também foi por causa dele, porque falhámos o acesso à Champions. No entanto, não sei se não teria sido à mesma vendido independentemente do resultado na Grécia, porque já se sabe que, entre resultados económicos e resultados desportivos, aqueles têm sempre primazia. Infelizmente.

1 comentário:

joão carlos disse...

Foi um festival de desperdício e isso até poderia não passar de um daqueles jogos que acontecem uma vez de tempos a tempos em que nada entra só que este já é o segundo em três jogos mas mais do que isso isto sempre foi uma tendência deste treinador, embora quer este quer o jogo da grecia tenham sido num volume maior, de as suas equipas produzirem muito jogo muitas oportunidades mas os níveis de eficácia serem muito baixos.
DE salientar duas coisa uma é um melhor desempenho nas bolas paradas ofensivas, mas para isso não deve ser alheio não ser um único jogador a executar os lance e mais não ser sempre o mesmo jogador como era nos últimos largos anos, depois nas bolas paradas defensivas não é que se tenha visto ainda grandes melhorias mas pelo menos para já deixamos de conceder cantos por tudo e por nada como era nosso habito.
O valor da venda do nosso central não sendo uma coisa extraordinária é bem aceitável sobretudo neste tempos que vivemos o que era escusado era a inflação do negocio que nos vai custar, cerca de dois milhões, em comissões excessivas na venda e na compra valor esse que até é bem considerável, dava para pagar quase um defesa lateral, e que era completamente evitável agora resta saber a quem interessou esse valor inflacionado, porque quem beneficiou sabemos quem foi, e quem ficou prejudicado também.