O Rui Vitória manteve a mesma equipa que perdeu com o CRAC na semana passada, porque o Jonas continua a “recuperar de lesão” (infelizmente, estou cá desconfiado que não vai jogar mais esta época...). E não poderíamos ter entrado melhor, com um golo do Rafa logo aos 10’, num remate rasteiro cruzado depois de uma assistência brilhante do Zivkovic, o melhor em campo. Com o mais difícil a ser feito tão cedo, pensei ingenuamente que iríamos ter uma partida calma como resposta à desilusão da semana passada. Pura ilusão...! Na 1ª parte, ainda controlámos bem e tivemos algumas oportunidades para dilatar a vantagem, mas um remate do Rafa saiu ao lado e duas cabeçadas do Jiménez não tiveram o destino desejado, com o guarda-redes Renan Ribeiro a defender uma delas e na outra, já em cima do intervalo, mesmo com uma saída em falso deste fora da área, o nosso avançado atirou ao lado.
Na 2ª parte, devem ter-se esquecido de avisar os nossos jogadores (e treinador?) que não estávamos a jogar com o CRAC. É que, à semelhança daquele jogo, também neste não reentrámos em campo... O Estoril veio para cima de nós e inclusive até marcou aos 51’, mas o lance foi bem invalidado pelo VAR, por fora-de-jogo. Isto teve o condão de nos assustar e finalmente reentrámos em campo. O Rafa iniciou então a sua série de desperdício e, completamente isolado, permitiu uma defesa ao Renan meio com a cabeça. Como diz uma das máximas do futebol, não marcámos e sofremos o empate aos 63’ num livre para a área, com o André Almeida completamente a dormir e o Halliche a contorná-lo e a marcar por baixo das pernas do Bruno Varela. Pouco depois, livrámo-nos de boa, com uma bola do Lucas Evangelista, desviada pelo Rúben Dias, a bater no poste. Com o jogo completamente partido, o Rafa roubou a bola a um defesa, voltou a ficar isolado perante o Renan, mas tentou de trivela e a bola foi direitinha às suas mãos. Incrível...! Entretanto, entrou o Salvio, para o lugar do inoperante Cervi, que, a quinze minutos dos 90, centrou para o Jiménez fazer um remate à meia-volta de pé esquerdo, defesa do guarda-redes com o pé e ressalto para o Rafa, que não conseguiu voltar a rematar porque um defesa cortou a bola. Das três oportunidades do Rafa, foi a menos escandalosa. A partir daqui, deixámos inexplicavelmente de jogar. O Seferovic voltou a substituir o Pizzi, que pura e simplesmente não esteve em campo, mas nós perdemos o fio de jogo. Não conseguimos fazer dois passes seguidos, o Zivkovic bem tentava, mas ninguém o seguia, começámos a enviar bolas para a frente à maluca, com enorme vantagem dos centrais contrários e já com o Jardel a fazer companhia aos dois avançados, enfim, um desalento completo. Na única jogada de jeito nos últimos 22’ de jogo (o sr. Hugo Miguel deu, e bem, sete minutos de compensação, porque o Estoril, em especial o guarda-redes, abusou do antijogo), o Grimaldo centrou para a área e o Salvio teve uma brilhante entrada de cabeça, antecipou-se ao defesa e deu-nos a vitória. Foi uma mistura de delírio e alívio na Amoreira! Arrisco-me a dizer que, da maneira como estava o jogo, já ninguém contava com isto.
Em termos individuais, o Zivkovic foi de longe o melhor do Benfica. O Fejsa esteve igualmente em destaque a cortar algumas bolas no meio-campo, mas mesmo disfarçando bem não pode estar em todo o lado. O Rafa é dos poucos a imprimir velocidade no último terço do campo, mas definitivamente tem que treinar (e muito!) lances de um para um com o guarda-redes. É exasperante os golos que falha isolado. Todos os outros estiveram num nível muito mediano, para não dizer pior...
O sonho do penta esteve a poucos minutos de ter terminado, mas lá nos conseguimos manter ligados à máquina. No entanto, a jogar desta maneira não se está bem a ver como vamos ganhar ao WC daqui a duas jornadas. Principalmente se o Jonas não recuperar. Caímos a pique em termos exibicional desde a sua lesão e é algo que temos que rever para o ano. Eu gosto imenso do Jonas, mas não podemos ficar dependentes de um só jogador, especialmente quando o mesmo já tem 34 anos.
1 comentário:
Também penso que não podemos ficar dependentes do Jonas. Temos de ir ao mercado procurar um ponta de lança adequado ao Benfica.
Uma miséria de jogo, na segunda parte. Como é que é possível a equipa jogar tão desorganizada e ao sabor do jogo de um adversário chamado Estoril? E o pior é que já a vimos jogar assim vezes demais.
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