Com o amarelo que provocou frente ao Marítimo, o Pizzi foi substituído no onze pelo João Carvalho e o que se pode dizer é que, mesmo estando aquele a fazer uma época bem abaixo das expectativas, a diferença foi abissal. De tal maneira, que praticamente demos uma parte de avanço. Voltámos a entrar mal na partida e somente o Rafa, por duas vezes, esteve perto de marcar, mas no primeiro lance o remate de trivela saiu ao lado e no segundo o guarda-redes Adriano foi rápido a fazer a mancha. Na nossa baliza, um cabeceamento do Derley chegou a assustar e ainda vimos o Jardel a atirar também de cabeça contra o nosso próprio poste numa bola parada, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo.
Na 2ª parte, apesar de estarmos a jogar na prática com 10 (o João Carvalho fazia pouco mais do que figura de corpo presente), o Rui Vitória voltou a não fazer substituições no reinício. Convenhamos que não era difícil, mas entrámos melhor e criámos logo perigo pelo Zivkovic que, em óptima posição e só com o guarda-redes pela frente, rematou de primeira ao lado. Pouco depois, foi o Jonas a cruzar na esquerda para a cabeça do Rúben Dias, mas este acertou num defesa quando tinha a baliza praticamente à mercê. À passagem da hora de jogo, o Rui Vitória lá se decidiu finalmente pela entrada do Jiménez e é escusado dizer quem é que saiu... O Desp. Aves limitava-se a defender e nós continuávamos a ter oportunidades, com a André Almeida numa boa combinação com o Jiménez a ficar em boa posição, mas a ver o seu remate desviado para as malhas laterais. Só por uma vez o Desp. Aves criou perigo, com um remate do entretanto entrado Paulo Machado a sair muito por cima. Até que aos 71’ finamente surgiu o tão aguardado golo: jogada pela direita com o Zivkovic, Jiménez e Rafa a participarem, este centra atrasado para o mexicano, que não consegue dominar, mas a bola sobra para o Fejsa que remata forte de fora da área, o Adriano defende, a bola fica ao alcance do Cervi, que centra rasteiro para o Jonas só ter que encostar na pequena-área. Foi um enorme alívio na Luz! Quatro minutos depois, o jogo ficou praticamente decidido com o 2-0 pelo Rúben Dias: canto do Cervi na esquerda, remate do Jiménez na área que o Adriano voltou a defender com dificuldade, tendo a bola sobrado para o Rúben Dias que, muito concentrado, rematou de pé esquerdo para a baliza. Até final, ainda poderíamos ter marcado mais um, mas uma cabeçada do Jardel num canto foi muito bem defendida pelo guarda-redes.
Em termos individuais, o Rafa foi o melhor na 1ª parte, mas depois desceu um pouco de produção. O Cervi mostrou a actividade habitual na esquerda, bem secundado pelo Zivkovic, especialmente na 2ª parte. O Jonas voltou a picar o ponto e tem agora 31 golos em 26 jornadas. O Jiménez mexeu muito, como se esperava, com o nosso jogo e não se percebe porque é que não entrou mais cedo. Quanto aos de sinal menos, segunda oportunidade desperdiçada pelo João Carvalho: muito nervoso, com pouquíssima intensidade, parece que não se sabe colocar em campo (o Keaton Parks, que entrou perto do fim dá-lhe 15-0 em posicionamento) e é um corpo estranho na equipa. Ou isto dá uma grande volta ou temos aqui um típico jogador que é bom para os V. Setúbal ou Boavistas desta vida (não desfazendo), mas não serve para nós.
O campeonato está definitivamente relançado a oito jornadas do fim. Se ganharmos os jogos todos, seremos campeões. Esta derrota do CRAC foi muito importante, não só pela óbvia perda de pontos, como também ficar desde já definido que não vão acabar o campeonato sem derrotas e, acima de tudo, para (tendo sempre que lhes ganhar na Luz), estarem a apenas um empate de nos dar margem de manobra para errarmos num jogo. Com a motivação de voltarmos a depender apenas de nós, concentremo-nos já no jogo na Vila da Feira.
VIVA O BENFICA! RUMO AO PENTA!
1 comentário:
Importantíssimo ganhar em Vila da Feira. Para acontecer, não podem os nossos jogadores entrar no jogo a dormir, como fizeram com o Aves.
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