quinta-feira, janeiro 04, 2018
Inglório
Empatámos
com a lagartada (1-1), continuamos a
três pontos deles, mas ficámos a cinco do CRAC que ganhou em Santa Maria da
Feira (2-1). Numa partida em que tínhamos de ganhar para os igualar na
classificação, acabámos por conseguir o empate muito perto do final,
minimizando assim aquilo que seria uma injustiça quase ao nível desta.
O Rui
Vitória apostou no regresso do Rúben Dias para colmatar a ausência do Luisão e
o resto da equipa foi a esperada. O jogo começou equilibrado, mas foi a lagartada a adiantar-se no marcador aos
19’ na sua primeira oportunidade de golo: lance pela esquerda, remate enrolado
do Coentrão, a bola sobe e o Gelson de cabeça bate o Bruno Varela. Até ao
intervalo, um remate desviado e defendido pelo Varela, e um lance do Gelson que
atirou por cima em boa posição constituíram os momentos de perigo para a nossa
baliza. Quanto a nós, a partir do golo sofrido fomos para cima deles
praticamente até final do jogo. O Jardel teve uma cabeçada na pequena-área
milagrosamente salva sobre a linha pelo Piccini, o Krovinovic atirou com
estrondo à barra e o Jonas teve um remate na sequência de uma boa combinação com
o Krovinovic que merecia melhor sorte. Já deveríamos a estar a ganhar e chegávamos
ao intervalo a perder...
Para a
2ª parte, tinha o receio de já termos tido o nosso melhor período, quando
criámos todas aquelas oportunidades no primeiro tempo. Puro engano! Poderíamos
bem ter substituído o Varela, porque a lagartada
praticamente não existiu em termos atacantes. O Rui Vitória começou a fazer
alterações mais cedo que o costume e o Jiménez entrou para o lugar do Pizzi aos
56’, o que nos balanceou ainda mais para o ataque. O Jonas teve dois remates interceptados,
que por pouco não enganaram o Patrício, o mesmo Jiménez teve um remate de
primeira em boa posição que saiu ao lado e outro que ia para a baliza, depois
de uma excelente jogada individual do Jonas, mas que foi também cortado por um
defesa, e o Coates ia fazendo autogolo ao cortar um centro do entretanto
entrado Rafa para o lugar do Fejsa aos 72’, numa opção de grande risco do Rui
Vitória. E o risco foi mesmo total aos 81’, quando o João Carvalho substituiu o
Rúben Dias e nos fez jogar com três defesas e sem trinco! O João Carvalho teve
um remate em arco de fora da área, que criou igualmente bastante perigo e aos
90’ chegávamos finalmente ao MERECIDÍSSIMO golo: penalty indiscutível do Battaglia,
que cortou com a mão um remate do Rafa e o Jonas não falhou, atirando rasteiro para
o lado esquerdo do Rui Patrício (que não se mexeu, esperando uma bola ao centro
da baliza, como o Jonas vinha marcando muitos dos penalties ultimamente). Apesar
de ter consultado o VAR mais do que uma vez e das substituições todas, o Sr.
Hugo Miguel só deu quatro minutos(!) de compensação, mas mesmo assim ainda
criámos perigo por mais duas vezes, num remate de bicicleta do Jiménez que saiu
um pouco ao lado e num centro do Rafa que passou o Patrício e foi cortado por
um adversário. O jogo terminava com um enorme sentimento de injustiça, o que
aliado à nossa grande exibição fez com o público se despedisse dos jogadores
com um ensurdecedor aplauso e o pedido do 37.
Em
termos individuais, os extremos fizeram um jogão: tanto o Salvio como Cervi
foram incansáveis a defender e brilhantes a atacar. O Krovinovic abriu o livro
na 2ª parte, depois de na 1ª as coisas não terem estado perfeitas. O Jonas lá
quebrou a malapata de não marcar aos lagartos,
depois de meia dúzia de remates, e o Jiménez mexeu muito com o nosso ataque quando
entrou. O Pizzi voltou a passar muito ao lado do jogo e sinceramente acho que
precisava de passar uns tempitos no banco, até porque o João Carvalho entrou
bem e já merecia ser mais utilizado. Quem também entrou muito bem foi o Rafa e
pode ser que finalmente tenha decidido começar a justificar a sua (tão cara)
aquisição. Neste tipo de jogos, o André Almeida é sempre um pêndulo e a corda
nunca parte por ele, tal como o Fejsa, apesar de se perceber que este não está
na sua melhor forma. O resto da defesa não esteve mal, com o Rúben Dias e o
Jardel a controlarem bem o Bas Dost. O Grimaldo voltou a demonstrar as suas
virtudes a atacar e os defeitos a defender. O Bruno Varela teve muito menos trabalho
do que o esperado.
Nos dois
próximos jogos vamos fora (Moreira de Cónegos e Braga) e veremos se a melhor
exibição da época tem continuidade. É bom que tenha, porque assim estaremos
mais perto de ganhar e cinco pontos de atraso deixa-nos com pouca margem de
manobra para errar.
P.S. – Se
existe vídeo-árbitro é para assinar lances milimétricos e o golo da lagartada é precedido de um fora-de-jogo
do Acuña, muito difícil de ver no campo, mas que, peço imensa desculpa, tem que
ser assinalado pelo VAR! Assim não o fez o Sr. Tiago Martins e não se percebe porquê.
Houve três lances de grande dúvida na área da lagartada, de possível mão na bola, mas foram todos decididos para o
mesmo lado: no do Coentrão já vi imagens em que parece que bate na cabeça e
noutras no braço, no do Piccini a mesma coisa, mas com o peito, e no do William
o braço bate mesmo na bola. Como disse o Rui Vitória, veremos até final do
campeonato o nível de coerência neste tipo de decisões.
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