origem

segunda-feira, janeiro 15, 2018

A subir

Vencemos em Braga por sábado por 3-1 e continuamos na luta pelo penta. Mantemos os três pontos de desvantagem para os lagartos (3-0 em casa ao Aves) e cinco para o CRAC, que só joga hoje no Estoril (mas vai ganhar de certeza). Esta nossa partida era essencial, porque era um campo muito difícil e qualquer outro resultado que não a vitória tornaria as coisas muito complicadas, mas demos uma excelente resposta, fazendo uma exibição muito boa e demonstrando espírito de (tetra)campeão.

O regresso do Fejsa foi a única alteração na equipa-base e o sérvio voltou em grande forma sendo o melhor em campo. Começámos muito bem a partida, com uma pressão intensa sobre o Braga que mal conseguia passar de meio-campo. A excepção foi uma boa jogada do Danilo, que fintou dois ou três nossos no meio-campo e rematou à entrada da área para uma defesa a dois tempos do Bruno Varela. No entanto, foi ao mesmo Danilo que o Jonas roubou uma bola a meio-campo, sobrando para o Cervi que progrediu no terreno e fez uma assistência brilhante para o Salvio fazer o 0-1 aos 11’. Grande jogada de contra-ataque e grande golo! Controlávamos completamente a partida, mas poderíamos (e deveríamos) ter acelerado mais no último terço, porque o Braga estava muito abananado e era uma oportunidade para alargarmos a diferença no marcador. Tivemos remates do Jonas, Grimaldo e Krovinovic, mas os dois primeiros foram defendidos pelo Matheus e o último saiu muito ao lado.

Confesso que estava apreensivo para a 2ª parte, porque era expectável que o Braga subisse de produção e o jogo estava naturalmente em aberto. No entanto, voltámos a entrar bem e tivemos uma grande oportunidade pelo Jardel de cabeça ao poste num canto, na sequência de um lance em que o Jonas foi derrubado na área quando se preparava para saltar, mas nem o Sr. Artur Soares Dias, nem o VAR consideraram falta (não tivemos a sorte do Bas Dost frente ao V. Setúbal...). Pouco depois, fizemos um contra-ataque muito bom, com o Grimaldo a conduzir a bola desde o meio-campo, mas a ficar sem forças no final com um remate fraco e à figura. O Braga tinha mais posse de bola, mas não conseguia criar grandes oportunidades, exceptuando um remate cruzado do Ricardo Horta bem defendido pelo Varela. Aos 64’, alargámos finalmente a vantagem quando o Jonas abriu para o André Almeida na direita, que cruzou de volta para o Jonas marcar de cabeça. Outro golão! O jogo deveria ter ficado decidido, caso o Varela não desse um frango de todo o tamanho aos 75’, ao sair em falso e a não ter tempo de voltar para a baliza depois do cabeceamento em chapéu do Paulinho. No minuto anterior, o Jonas tinha dado lugar ao Jiménez, mas era o Braga quem estava por cima, com o André Almeida a cortar providencialmente uma jogada de perigo e um cabeceamento num canto a sair por cima. O Grimaldo marcou muito mal um livre e a dois minutos do fim tivemos uma oportunidade flagrante, com o Jiménez isolado a disparar um míssil que deve ter feito mais um buraco na lua. Falhanço inconcebível! No entanto, já em tempo de compensação (91’) demos o golpe de misericórdia, com nova assistência do Cervi na esquerda para o Jiménez marcar em pontapé de moinho outro golo muito bonito.

Em termos individuais, o Fejsa foi um gigante em campo e perdi o número às bolas que recuperou. Outro em grande destaque foi o Cervi com duas assistências para golo. O Jonas continua a picar o ponto em todos os jogos e a ser absolutamente essencial para toda a nossa manobra atacante. O André Almeida também fez uma assistência e foi praticamente inultrapassável na defesa. O Salvio marcou um golo numa bela jogada, esteve globalmente bem, mas num lance na 2ª parte, ainda com 0-1, falhou um centro muito fácil para o Jonas que só teria de encostar. Foi pena. O Krovinovic confirma-se como o motor do nosso meio-campo. O Jiménez não pode falhar isolado daquela maneira, mas compensou pouco depois com o golo. Quanto ao Bruno Varela, fez um par de defesas importantes, mas errou clamorosamente num lance que não pode acontecer. Eu tenho pena de dizer isto, porque até tenho simpatia por ele, mas temos de considerar seriamente a hipótese de contratação de um guarda-redes que seja consistente (se não nesta, para a próxima época), porque com ele estamos sempre sujeitos a um lance destes, que pode significar a diferença entre ganharmos ou não.

Demos uma resposta muito boa nestes dois jogos fora no Minho. Para a semana, na Luz, defrontaremos o Chaves, que não perde há uma série de jogos. Ainda por cima, não teremos o André Almeida, que levou o quinto amarelo. Toda a concentração é pouco, porque não temos margem de manobra.

Sem comentários: