segunda-feira, outubro 23, 2017
Regresso
Depois de dois meses e uma semana (14 de Agosto), voltámos finalmente às
vitórias fora de casa, ao derrotar o Aves por 3-1. Como seria de esperar, não
foi um jogo fácil, porque na nossa forma actual isso é simplesmente impossível,
mas fizemos uma exibição ligeiramente melhor do que as anteriores (também pior
era impossível), onde conseguimos não adormecer totalmente depois de nos
colocarmos em vantagem.
O Rui Vitória manteve a aposta no Svilar e Diogo Gonçalves,
mas colocou o Pizzi e o Jiménez no banco, alinhando com o Filipe Augusto e Seferovic.
O início da partida foi movimentado, com uma oportunidade para nós (grande remate
em arco do Diogo Gonçalves e defesa não menos vistosa do Quim) e para o
adversário (remate do Vítor Gomes com o Svilar quase a ser enganado pela
trajectória da bola, mas a corrigir a tempo – seria um novo frango...). O Salvio ainda teve dois
lances em que o Quim foi novamente protagonista, mas aos 28’ o Washington fez uma
falta tão escusada quanto evidente sobre o Diogo Gonçalves na área. No
respectivo penalty, o Jonas não perdoou e atirou com força para o meio da
baliza. Até ao intervalo, ainda tivemos uma oportunidade soberana pelo Salvio,
mas quando só tinha que encostar de cabeça num óptimo centro do André Almeida, conseguiu atirar a bola por cima... No
entanto, para não destoar, foi o Aves a vir para cima de nós, sem que
conseguíssemos manter a bola longe das imediações da nossa área: o Svilar andou aos papéis num centro e foi o
Rúben Dias a salvar, um remate em boa posição do Vítor Gomes saiu ao lado e uma
cabeçada do Defendi bateu na parte superior da barra. Felizmente, entretanto
veio o intervalo, porque mais um bocadinho e muito possivelmente sofreríamos um
golo.
Na 2ª parte, havia a curiosidade para saber se o Aves conseguiria
manter o ritmo, mas levou logo um balde
de água fria aos 50’ com o 0-2 pelo Seferovic, depois de um remate de longe
do Jonas bater no suíço e ressaltar para o Salvio na área, que rematou cruzado
em esforço, com o mesmo Seferovic a confirmar o golo sobre a linha. E ainda bem
que o fez, porque não sei se um defesa em
carrinho não teria conseguido cortá-la. O adversário sentiu bastante o golo
e não conseguiu, nem de perto nem de longe, criar o mesmo perigo da 1ª parte.
Ao invés, fomos nós que estivemos mais perto de aumentar o marcador, mas o
Jonas rematou muito fraco e à figura,
e o Seferovic num ressalto proporcionou nova magnífica intervenção do Quim.
Como muitas vezes sucede esta época, bastou ao adversário ir uma vez com perigo
à nossa área para marcar e isso aconteceu num pontapé de canto aos 76’, com uma
cabeçada ao primeiro poste do Defendi. Adivinhavam-se uns minutos finais
complicados, mas isso acabou por não acontecer, porque aos 80’ fizemos o 1-3.
Há uma falta do Jonas no meio-campo que o Sr. Nuno Almeida não assinalou e, na
sequência do lance, o entretanto entrado Pizzi foi derrubado na área. O Jonas
mais uma vez não perdoou, atirando a meia altura para o lado esquerdo da
baliza. Até final, ainda deu para o Seferovic ser derrubado na área num
contra-ataque nosso, sem ser marcada falta (claro que para os antis isto não vai compensar a falta do
Jonas a meio-campo, mas sinceramente já não tenho paciência para estas
discussões em que uma falta a meio-campo é equiparável a um penalty não
assinalado ou um golo mal anulado), para o Derley atirar ao nosso poste (como é
que nós permitimos nessa altura uma bola ao poste num contra-ataque?!), e para
o Krovinovic (que tinha substituído o Jonas) fazer o Quim brilhar novamente. O
jogo não terminou sem antes o Pizzi e o Fejsa terem visto dois escusados
amarelos.
Em termos individuais, destaque para o Jonas pelos golos (de
penalty, mas é preciso marcá-los) e para a 1ª parte do Diogo Gonçalves. Nota-se
que o miúdo ainda está verde (salvo
seja!), não consegue manter um rendimento constante nos 90’, mas tem definitivamente
qualidade. Outro que também está verde
é o Svilar, mas este é bom que amadureça depressa, porque joga numa posição em
que não pode mesmo falhar. O Filipe Augusto no meio-campo não esteve tão
horrível quanto em jogos anteriores, o que é sempre de saudar. O Fejsa anda
longe da sua melhor forma, assim como o Seferovic, embora este tenha melhorado
em relação a partidas anteriores e pode ser que o regresso aos golos lhe faça
bem. O Rúben Dias teve uma escorregadela comprometedora na 1ª parte, mas o
lugar é indiscutivelmente dele nesta altura.
Receberemos o Feirense na próxima 6ª feira e veremos se esta
relativa melhoria tem continuidade ou não. Como os outros dois golearam em casa
(o CRAC 6-1 ao Paços de Ferreira e a lagartada
5-1 ao Chaves), as distâncias mantêm-se e continuamos sem margem de manobra
para perder pontos.
P.S. - Estando ainda fora do país, quero aqui dizer uma
coisa: a VPN é a melhor invenção desde a roda! (E da internet, vá...)
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2 comentários:
Qual e a que usas e quanto pagas amigo?
Peço desculpa, mas só vi este comentário agora. Quanto ao VPN, é só fazer uma busca na net que há uma série deles. Fazes o download e abres o programa. Depois, só tens que ter o canal que transmite o jogo (neste caso, a Sport TV) e acedes a ele normalmente através da aplicação do operador de cabo. O VPN cria-te um IP virtual como se estivesses em Portugal e, portanto, podes entrar na aplicação do teu operador de cabo mesmo estando no estrangeiro.
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