segunda-feira, agosto 07, 2017
Começo auspicioso
Uma rotura
muscular num jogo de futebol com amigos na passada 2ª feira atirou-me para duas
canadianas. Vi o caso mal parado nos primeiros dias (não conseguia mesmo
andar), mas a partir de meio da semana a coisa foi melhorando (de qualquer maneira, antes eu que o Jonas!). Como me disse o
meu amigo Bakero (um dos companheiros de viagem), quando soube disso pensou por
segundos que eu já não poderia ir, mas depois lembrou-se que era eu e eu só não
iria a um jogo do Benfica se estivesse mesmo a morrer! Confere. Gosto que os
meus amigos me conheçam bem…! :-) Isto tudo para dizer que lá fui para Aveiro apoiado
numa canadiana e em choque quando soube que o Júlio César não iria jogar. Quem tem
a paciência de seguir este blog habitualmente, já sabe que eu não acho que
qualquer Dudic ou Escalona sejam automaticamente génios só por vestir o manto
sagrado e claro que tive bastante receio do Bruno Varela, a quem ainda não vi
qualidades suficientes para ser uma opção válida para a nossa baliza. Aliás,
tendo o Ederson dito no relvado do Jamor, há mais de dois meses, que aquele
iria ser o último jogo dele pelo Benfica, custa-me muito aceitar que ainda não
tenhamos ido buscar um guarda-redes que pudesse competir com o Júlio César pela
titularidade. Ainda por cima, com os problemas físicos que o brasileiro tem
tido nos últimos tempos… Fizemos mais de 100 M€ em vendas e não há 10 M€ para
dar por um guarda-redes que dê garantias…?! Enfim, aguardemos, mas entretanto
começam as competições a sério e recordo que o affair Roberto nos custou uma série de pontos logo no início do
campeonato que depois nunca conseguimos recuperar. Espero que a história não se
repita. Isto tudo para dizer que o Bruno Varela, excepção ao golo do V.
Guimarães, até esteve em bom plano. Mas que é urgente que venha mais alguém é
incontestável.
Entrámos
muito fortes na partida e sufocámos o V. Guimarães durante a maior parte da
etapa inicial. Fizemos o 1-0 aos 6’ numa recarga do Jonas depois de um mau
alívio do Miguel Silva, guarda-redes contrário, a um cruzamento do Pizzi na
direita. Cinco minutos depois, aumentámos a vantagem pelo estreante Seferovic,
que foi isolado de maneira magistral pelo mesmo Pizzi e, perante o
guarda-redes, rematou cruzado por baixo do corpo dele. Grande jogada e grande
golo! A partida não poderia ter começado melhor. O V. Guimarães reduziu à beira
do intervalo, mas até lá tivemos quatro(!) oportunidades para matar de vez o
jogo: remate cruzado do André Almeida bem defendido pelo guarda-redes e três(!!!)
lances em que o Salvio está cara-a-cara com o Miguel Silva e permite sempre a
defesa deste. Incrível! Claro que se estava mesmo a ver o que iria acontecer:
aos 43’, o Varela fica aos papéis num cruzamento para a área, não afasta bem a
bola e o Raphinha marca de cabeça. Íamos para intervalo com o jogo em aberto,
quando deveria já estar mais que decidido a nosso favor!
A 2ª parte
foi completamente diferente. Não conseguimos manter o mesmo ritmo e, apesar de
o Seferovic ter chegado atrasado a um cruzamento do Jonas e ter rematado muito
torto quando até estava em boa posição, a melhor oportunidade foi sem dúvida do
V. Guimarães: aos 59’, o Hurtado ainda agora deve estar para perceber como é
que, só tendo que encostar depois de um centro da direita, conseguiu rematar
contra o seu próprio pé! Como disse logo na altura o Bakero, “volta Bryan Ruiz,
que estás perdoado!” Aos 65’, o Rui Vitória tirou o Salvio e colocou o Filipe
Augusto. Em teoria estava certo, porque estávamos claramente a perder o
meio-campo, mas dado que era o Filipe Augusto a entrar levei as mãos à cabeça…
No entanto, adoro quando a realidade me desmente de forma positiva e o
brasileiro, dado que não esteve horrível como durante a pré-temporada toda, acabou
por ter um rendimento aceitável. As coisas reequilibraram-se no meio-campo, o Grimaldo
voltou aos problemas físicos (mais do mesmo…), o que vale é que continuamos a
ter o grande Eliseu e o Pizzi permitiu a defesa do Miguel Silva, quando só
tinha pela frente, com o Seferovic a falhar a recarga. Aos 81’, entrou o
Jiménez para o lugar do esgotado Jonas e acabou com o jogo dois minutos depois:
falha de um adversário e assistência magistral do Pizzi para o mexicano marcar
um belo golo em arco. Foi o delírio! O Sr. Artur Soares Dias resolveu dar uns
inacreditáveis seis minutos de compensação, mas o resultado não se alterou.
Em termos
individuais, o Pizzi foi considerado o melhor em campo, porque esteve
directamente envolvido nos três golos. Estava a gostar bastante do Salvio, mas
não se podem falhar três oportunidades daquelas! O Jardel subiu imenso de
produção da 1ª para a 2ª parte e espero que não tenha os problemas físicos do
ano passado. O Cervi destacou-se sobretudo na ajuda à defesa, até porque o
Grimaldo está longe da condição ideal. Outro destaque indiscutível é o
Seferovic: possante, rápido para a envergadura física que tem, preocupa-se
sempre em dar a bola jogável, inclusivamente quando disputa lances de cabeça.
Marcou um grande golo e, com a entrada do Jiménez, ocupou a posição do Jonas,
coisa que eu não sabia que ele podia fazer. Assim sendo, é bom que não deixemos
sair nenhum dos outros dois avançados (até porque agora é o Mitroglou a estar
lesionado). Palavra final para o Grande Luisão que, com o seu 20º título,
passou a ser o jogador mais galardoado da história do Benfica! Parabéns, grande
capitão!
Com este
triunfo, atingimos os 82 títulos oficiais, tendo agora o CRAC a oito de distância
(74) e a lagartada a 35 (47)! Iniciaremos a tentativa da conquista do penta em
casa frente ao Braga já depois de amanhã. Espera-se que as boas indicações que
demos em Aveiro sejam mantidas. VIVA O BENFICA!
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