Sabendo que estávamos a uma vitória do sonho, tivemo-la na melhor exibição da época. De longe! Em relação à partida de Vila do Conde, o Rui Vitória manteve o Jiménez no onze e fez entrar o Salvio para o lugar do Rafa. Entrámos em campo a todo o gás, dando mostras de querermos resolver as coisas cedo. Ou seja, alguma ansiedade que houvesse ficou bem disfarçada, até porque inaugurámos o marcador logo aos 11’ através do Cervi na recarga a um remate rasteiro do Jonas defendido pelo Douglas. No ano passado, foi o Gaitán a começar a desbloquear o jogo do título, esta época foi o seu substituto. Até então, já tínhamos circundado a baliza vimaranense com perigo, principalmente através do Jiménez. Aos 16’, a vantagem aumentou quando o Ederson(!) assistiu o mesmo Jiménez para o 2-0, num pontapé de baliza que encontrou o mexicano, que não dominou a bola na perfeição, mas conseguiu passá-la por cima do Douglas e cabecear para a baliza, tendo ainda um defesa tocado nela antes de entrar. As coisas estava a correr bem e poderiam ter ficado melhor logo depois, com um remate de pé esquerdo do Nélson Semedo que passou perto do poste e principalmente dois falhanços incríveis do Jonas só com o guarda-redes pela frente. No entanto, aos 37’ fizemos finalmente o 3-0 numa excelente combinação do Jonas com o Pizzi, com o brasileiro a fazer a assistência para o nº 21 ensiná-lo como se marca isolado frente ao Douglas…! Se com 3-0 as coisas estavam muito bem encaminhadas (eu, como sou um pessimista por natureza, lembrei-me logo do jogo frente ao Besiktas para não começar a festejar prematuramente…), com o 4-0 aos 44’ até eu achei que o título estava garantido: foi o melhor golo da tarde, um chapéu magnífico do Jonas, que começou assim a sua redenção dos falhanços incríveis.
Na 2ª parte, continuámos com a mesma tendência embora em menor velocidade, obviamente, e tivemos oportunidades pelo Luisão (de cabeça) e duas vezes pelo Pizzi, na primeira um remate ao lado e noutra com um defesa a tirar mesmo sobre a linha de golo um remate em chapéu tão bom quanto o do Jonas. Aos 67’, fizemos o 5-0 através de um penalty indiscutível por empurrão do Marega ao Cervi, com o Jonas a rematar colocado e em força. Até final, ainda atirámos uma bola ao poste pelo Jiménez e vimos o Douglas defender remates do Jonas e Pizzi. Poderíamos ter construído um resultado ainda mais histórico…!
Com uma exibição tão perfeita, custa fazer destaques individuais, mas mesmo assim voltei a gostar do Jiménez, que surge muito confiante e em forma neste final de época, do Cervi, um pequeno-grande poço de energia, do Salvio, que fez a sua melhor exibição da época (foi pena ter-lhe faltado as forças para o remate num slalom que fez na 2ª parte… Teria sido um dos golos do campeonato), e do Pizzi por ter sido mais uma vez o cérebro da equipa. Quanto ao Jonas, dois golos são sempre de saudar, mas ficou a dever-nos outros dois (pagas na final da Taça e não se fala mais nisso, pode ser?).
Estamos em festejos merecidíssimos desde sábado e para a semana vamos ao Bessa fechar o campeonato. É muito provável que todos aqueles que ainda não jogaram nenhum minuto o possam fazer para poderem ser considerados também campeões nacionais. Ainda bem que resolvemos a questão do título duas semanas antes da ida ao Jamor, não só pelo que acabei de dizer, mas principalmente para podermos preparar a final com outra concentração. É que eu já tenho a minha dose de finais da Taça perdidas de forma inglória, portanto vamos lá atacar a dobradinha, sff!
VIVA O BENFICA! TETRACAMPEÃO NACIONAL!
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